terça-feira, 26 de agosto de 2025

Movimentações no Cáucaso buscam expulsar a presença do EUA na região

Pessoal, o encontro entre Trump e Putin no Alasca chamou e ainda chama a atenção mundial. As negociações entre as duas superpotências são cruciais para o futuro do planeta, mas essas negociações não são o único ponto crucial nas movimentações geopolíticas no momento. Eu jà fiz falei aqui no Blog dos Mercantes sobre o Corredor Zangezur, que agora chama-se Trump, e está incluído no acordo de paz entre o Azerbaijão e a Armênia. O corredor será operado pelo EUA, e o problema é que há rumores de que o Tio San irá instalar uma base militar para controlar o corredor, só que ele fica na fronteira com o Irã. 

Além disso ameaça diretamente a Rússia pelo Sul, no Cáucaso, e um importante nó das chamadas Novas Rotas da Seda. A simples presença de empresas estadunidenses pode ser uma ameaça a tudo isso. 

O Irã ameaçou usar de força para impedir uma base estadunidense por lá. Nessa intenção o presidente do país persa, Mazoud Pezeshkian, viajou à Yerevan, Capital da Armênia. Além de participar de um fórum empresarial entre os dois países, Pezeshkian levou na bagagem perguntas e pedidos de explicação a Nikol Pashinyan, Primeiro Ministro armênio. 

Já a Rússia vem pressionando o Azerbaijão. Nos últimos 10 dias o gigante euroasiático já atacou algumas instalações petrolíferas azeris na Ucrânia, e fala-se em 15% da capacidade de refino e exportação azeri afetados com esses ataques. Lembrando que após o conflito entre Israel e Irã, os israelenses tiveram sua capacidade de refino extremamente debilitada, e o Azerbaijão fornece 40% do petróleo e produtos derivados importados por Israel. Essas instalações serviriam a esse propósito. 

Apesar do discurso Trump de distensão nas relações com os russos, isso parece se referir apenas em relação a Ucrânia, enquanto as tensões seguem altas em outras regiões do globo, inclusive ameaçando diretamente a Rússia e outros membros dos BRICS, como o Brasil, China e índia. A disputa entre Ocidente e BRICS está longe de estar resolvida, porque é exatamente isso que essas movimentações significam

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