domingo, 31 de agosto de 2025

Países europeus buscam o FMI?

Pessoal, estamos realmente vivendo tempos que há pouquíssimo tempo atrás seriam totalmente inimagináveis. Países que há até pouco tempo eram considerados exemplos de avanço civilizacional, prosperidade, distribuição de renda, exemplos a serem perseguidos por outros países do globo hoje enfrentam situações completamente estranhas ao arcabouço geopolítico que emergiu da WWII. Alemanha, França e Reino Unido apresentam situações econômico-financeiro extremamente complicadas. 

No até pouco tempo atrás poderoso Estado Alemão, chamado a Locomotiva da Europa, a quantidade de empresas fechadas nos últimos anos, e a previsão de fechamento de outras empresas assustam, debilitam o país, e seu Chanceler, Friedrich Merz, veio a público anunciar o fim do Estado Social alemão. 

No Reino Unido já há relatos de que o outrora orgulhoso sistema de saúde público que era o legado e real orgulho de quando os Trabalhistas mereciam esse título está se esfacelando, junto com as finanças públicas e os cortes em outros gastos sociais. A França não está muito diferente, e os cortes em gastos sociais já se intensificam. 

Tanto britânicos como franceses têm estado em contato com o FMI, que tem receitado o bom e velho receituário neoliberal, que inclui aumentar impostos, cortar gastos, e “melhorar” esses gastos, o que no fundo significa tirá-los do povo e colocá-los para a oligarquia ou algo em que essa oligarquia esteja mais interessada. No caso europeu é a preparação de uma guerra contra a Rússia. 

Em nenhum lugar do mundo esse receituário deu certo, mas é assim que ambos os países pretendem sair do aperto em que se auto impuseram. E mais, isso não dá certo porque são os gastos do governo que impulsionam a própria economia, e o corte apenas aprofunda a crise. Seja como for vemos os governos da França e do Reino Unido com sérios riscos de caírem novamente, e o Estado Social Europeu desmoronar, não porque ele seja insustentável, mas pelo simples fato de que ele não interessa a sua oligarquia retrógrada e belicosa. Não, a culpa não é da Rússia, mas é interna a governos.

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