A matéria abaixo é de maio de
2014, mas continua fresquinha, dado a lentidão com que acontecem as coisas no
setor de navegação. Com isso em mente podemos afirmar que o caminho para se
estabelecer tal caminho para escoamento de bens e produtos está relativamente
correto. É certo que estudos técnicos devem ser feitos, é certo que a sociedade
deve ser consultada quanto às expectativas sobre a hidrovia, e é necessária a
participação e observar os anseios do empresariado.
Um ponto interessante do texto abaixo é que, no seu final, mostra a importância de se focar no transporte aquaviário (no caso hidrovia), mas não esquece de citar outros modais como importantes para que a economia possa se expandir de forma uniforme pelo país e, de quebra, o transporte aquaviário possa ser melhor aproveitado. Nada que o Blog dos Mercantes não venha falando desde seu início.
Mas, apesar de apoiarmos todas as
ações que visem estabelecer novas opções de transporte aquaviário, como forma
de catapultar a economia brasileira de forma inteligente e racional, só que uma
parte da população, que é diretamente interessada em expansões desse tipo, que
tem conhecimento e experiência em operações e que, por isso mesmo, tem muito a
oferecer de ideias e informações para esse tipo de projeto, nem ao menos é
citada no texto do artigo abaixo.
Essa parcela da sociedade são os
trabalhadores, que mais uma vez são deixados de lado propositalmente, como se
não fizessem parte do processo.
Mais uma vez vemos um projeto no
país, que nasce de forma capenga e desequilibrada. Poderá dar certo? Claro,
muito provavelmente! Mas isso poderia ocorrer de forma mais rápida e menos
truculenta, se todos fossem envolvidos no projeto e respeitados desde o início.
Hidrovia está perto de se tornar
realidade no Tocantins
O Estudo de Viabilidade Técnico Econômico
Ambiental (Evtea) dos Rios Tocantins e Araguaia iniciou-se na manhã desta
quinta-feira, 29. A apresentação técnica aconteceu no auditório da Câmara dos
Dirigentes Lojistas de Palmas (CDL) e foi ministrada pelo gerente do projeto
Fábio Esperança. O Evtea é uma solicitação da Companhia Docas do Maranhão
(Codomar), responsável pelas hidrovias brasileiras.
Questionado sobre prazos, o gerente
do projeto falou que o estudo será feito ao longo de um ano. “São 345 dias de
estudo, pesquisa e levantamento de campo, mais 15 dias de apresentação pra
comunidade”. Ele ainda explicou a diferença desse estudo para os demais. “Esse
estudo é diferenciado porque trabalha com a comunidade. Ele ouve os anseios e é
desenvolvido para a comunidade. Outra diferença é que ele se preocupa com o
meio ambiente. Ele foca, estuda, analisa os impactos e os riscos para meio
ambiente”.
Esse primeiro contato com o público
se faz necessário para que os responsáveis pelo estudo coletem informações. O
engenheiro civil Silvio Romano, diretor de engenharia e operações da Codomar,
explicou a importância deste contato. “O trabalho prevê, acima de tudo, que as
informações sejam colhidas de fontes primárias, ou seja, é fundamental que a
comunidade participe”, convocou o engenheiro. “Não esperamos apenas informações
técnicas, mas também as necessidades, anseios e expectativas com relação à
hidrovia”, disse.
O presidente da Associação Comercial
e Industrial de Palmas (Acipa), Fabiano do Vale, comentou o quanto a classe
empresarial de Palmas ganhará com esse projeto. “Devemos perceber como podemos
nos enquadrar nisso. Como podemos participar, não só do estudo técnico, mas no
desenvolvimento da hidrovia, de fato. Irá gerar muitos trabalhos, em vários
segmentos. Muitos serviços serão ofertados”, disse.
Em 1995 o presidente da CDL de
Palmas, Sr. Davi Goveia, já navegou as águas do Araguaia num primeiro teste de
escoamento na produção de soja de Mato Grosso para o Tocantins por vias
fluviais. “Saiu várias barcaças em comboio, com carregamento de soja”,
relembrou. “É importante que empresários de Palmas e região participem dessas
apresentações, pois é uma oportunidade de parcerias”.
“Apesar de focar na hidrovia, O Evtea
perceberá também os demais modais de rodovia e ferrovia, pois os rios não margeiam
todas as áreas de produção”, finalizou o gerente do projeto Fábio Esperança.
(Ascom Acipa)
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