Essa da notícia não é alta. Essa conta é política, e está absolutamente de acordo quando um partido é tão ligado a uma central sindical como é o caso do Solidariedade, mesmo sendo uma central sindical de direita.
Mas isso não significa que não tenha uma conta à frente. Mas essa conta o PSDB paga com gosto, que é o fisiologismo intrínseco dos partidos de direita que compõem o chamado Centrão. Cargos e comissões serão disputados a tapa, e o PSDB terá que se curvar a tudo isso. Mas ele já fez isso com gosto, faz isso no seu principal estado, São Paulo, e seguirá fazendo, porque esse é o modo direita de governar.
Não que não se possa negociar, não que não se possa chegar a acordos, mas reformas e mudanças têm que, antes de tudo, serem benéficas à sociedade como um todo, não apenas a uma parcela mínima da população, principalmente quando essa parcela da população é a que menos necessita de proteção do Estado.
Vote nesse conglomerado, seja para presidente, seja para o legislativo, e você estará avalizando tudo isso.
Pense bem.
Geraldo Alckmin já devia saber que a fatura do apoio do Centrão, cujo apoio lhe confere tempo de propaganda eleitoral de TV e capilaridade bem acima de seus adversários, chegaria. Mas ela veio cedo.
Alckmin tem se apresentado como candidato de uma agenda reformista. E tem defendido as mudanças na legislação trabalhista –aprovada, inclusive, pelas bancadas do PSDB. Mas para ter o Solidariedade no barco já está claro que terá de aceitar alguma inflexão na defesa do fim do imposto sindical (pauta, aliás, apoiada pelo conjunto da sociedade). Resta saber quais serão as próximas concessões que terá de fazer para os vários integrantes de seu heterogêneo condomínio partidário. / V.M.
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