quinta-feira, 5 de julho de 2018

Mudanças a vista na UE

A Europa não está fora do mundo, e dentro desse está muito próxima a zonas de conflito e interesses internacionais e nacionais poderosos. Se próxima a tais interesses, eles também se apresentam dentro da própria UE, o que não se poderia esperar diferente. E dentro da Europa essas forças são frequentemente antagônicas.Pois bem, tantas forças políticas e sociais se contrapõem num jogo de pesos e balanços, interesses e objetivos.

Bom lembrar que o chamado Estado de Bem-estar Social difere de país a país dentro da própria Europa. Além disso, Alamanha e França representam dois dos mais relevantes interesses, devido ao tamanho de seus países e economias, mas outras vozes estatais também se levantam, além das vozes sempre presentes de movimentos sociais e trabalhistas.

No meio de tudo isso procura-se novo ponto de equilíbrio que permita o continente seguir em frente unida, que hoje é, sem dúvida, o maior motor de seu desenvolvimento.

Abaixo alguns dos temas que estão em debate atualmente no Velho Mundo.


Internacional

União Europeia

As ideias de Macron e Merkel para reformar a Europa

por Deutsche Welle — publicado 06/06/2018 00h10, última modificação 05/06/2018 16h51
França e Alemanha divergem em várias áreas. Entenda ponto a ponto o que será discutido na próxima cúpula regional
Montagem/Ludovic Marin/Miguel Riopa/AFP
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Meses após Macron, Merkel apresentou suas propostas para revitalizar a União Europeia



Por Daniel Heinrich 
A três semanas de uma cúpula cercada por expectativas, sobre os rumos futuros da União Europeia, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, respondeu às propostas do presidente francês, Emmanuel Macron, para reformar o bloco econômico e político formado por 28 países.
Em editorial, o diário francês Le Monde avaliou as declarações de Merkel, publicadas em longa entrevista ao diário alemão Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung (FAZ) no domingo 3, como pouco ambiciosas para a "nova fundação da Europa", se comparadas às propostas do chefe de Estado francês apresentadas em setembro último, em discurso na Universidade Sorbonne, em Paris. "Fiel a sua reputação, Merkel deu uma de Merkel: ela avança, mas a passos pequenos."
As respostas da premiê alemã vêm sendo esperadas há meses, e, de acordo com o Le Monde, demonstraram a cautela de Merkel no cenário internacional, depois que duas medidas "audaciosas" lhe custaram capital político interno, fazendo com que seu quarto mandato se revelasse "mais árduo que os anteriores": o abandono da energia nuclear e o acolhimento maciço de refugiados em 2015.
"Evidentemente é a sua resposta sobre a reforma da zona do euro que será considerada a mais decepcionante em Paris. [...] essa prudência não está mais à altura do jogo", critica o jornal francês. Por outro lado, é no contexto da defesa e da segurança que Merkel mais se aproxima de Macron. "É uma aproximação positiva, que prova o engajamento europeu da chanceler federal e de seu governo", comentou o governo francês, em declaração publicada após a entrevista.
Veja abaixo quais são os principais pontos de concordância e de dissensão entre os dois países:
Política de imigração e refugiados
No âmbito da crise migratória, Merkel e Macron concordam em integrar sistemas de armazenamento de dados dos Estados-membros da UE, além de intensificar a cooperação com os países de origem dos imigrantes. Ambos consideram necessário melhorar principalmente as perspectivas de futuro para os jovens nesses países.
Eles enfocam principalmente o continente africano, para o qual está sendo elaborado uma espécie de "plano Marshall", nos moldes da reconstrução dos países aliados europeus após a Segunda Guerra Mundial. Os vizinhos mais próximos da UE ou às margens da zona do euro, assim como os países de trânsito, também precisam ser mais envolvidos nas políticas de imigração e para refugiados.

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