As atitudes de Trump são claramente por domínio e primazia na corrida tecnológica. Isso se dá por dois motivos básicos. O primeiro é que quando se abre espaço para a aquisição de empresas de alta tecnologia por empresas estrangeiras, imediatamente também se abre espaço para que os segredos tecnológicos sejam acessíveis a esses governos e a outras empresas.
Lá esses segredos são guardados e protegidos, porque são eles que dão aos americanos seu protagonismo mundial.
Algo que o PT fez timidamente, e que Ciro quer implementar aqui, mas que pessoas intoxicadas por propaganda (porque como se vê não se aplica lá), são radicalmente contra.
Ou o Brasil se torna um país sério e briga com as regras que são aplicadas mundo afora, ou será eternamente quintal e fazenda dos outros.
Estados Unidos estão na defensiva diante do poder econômico chinês
Isto é evidenciado pelo relatório do centro analítico chinês Rhodium Groups, publicado em Pequim na quinta-feira (19). Entrevistados pela Sputnik China, especialistas chineses acreditam que os investimentos da China não absorvidos pelo mercado norte-americano podem ser efetivamente investidos na própria China, na Europa e em mais de 60 países no âmbito do novo projeto da Rota da Seda.
Especialistas do Rhodium Group acreditam que a política norte-americana de dissuasão da China se estende aos planos de investimento chineses. No final do primeiro trimestre de 2018, o volume de fusões e aquisições chinesas no mercado dos EUA, na espera de uma decisão final, era inferior a US$ 5 bilhões (R$ 17 bilhões). Esta é a taxa mais baixa nos últimos três anos, segundo o estudo. Em 2017, as operações chinesas concluídas com investimento estrangeiro direto nos EUA caíram mais de um terço, para US$ 29 bilhões (R$ 99 bilhões). Trata-se da "primeira grande correção em uma década".
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Mei Xinyu, especialista do Instituto de Comércio Internacional e Cooperação Econômica do Ministério do Comércio da China, explicou que esta tendência contraria a atividade da China no mercado dos EUA e o controle de Pequim sobre o fluxo de capital.
Por um lado, a China aplicou medidas restritivas no ano passado, bloqueando o caminho para uma série de investimentos irracionais nos Estados Unidos. No entanto, atualmente a China já começou a afrouxar as medidas às quais recorreu no ano passado, como resultado o volume de investimento direto da China no exterior retomou o crescimento. Por outro lado, a restrição do governo dos EUA ao investimento de empresas chinesas e operações para a absorção e fusão de empresas de alta tecnologia está afetada. Sob essas condições, as empresas que planejam investir nos EUA podem aumentar o investimento na China.
Além disso, de acordo com a atual estratégia dos EUA, eles limitam as operações para fundir e absorver as empresas de alta tecnologia da China. No entanto, se você seguir o princípio de "gato escaldado tem medo de água fria", então essa tendência pode se espalhar para outras empresas. Além disso, companhias chinesas que anteriormente investiram nos EUA não receberam direitos iguais aos das empresas locais.
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Xu Feibiao, especialista do Centro para o Estudo da Economia Mundial do Instituto Chinês de Relações Internacionais Contemporâneas, prevê a possibilidade de reduzir ainda mais o investimento chinês nos EUA, mas sem comprometer seriamente a eficiência do investimento.
O pico do investimento chinês nos EUA caiu em 2016, superando a marca sem precedentes de US$ 40 bilhões (R$ 136,3 bilhões). No entanto, devido a muitos problemas no mercado financeiro da China, o governo adotou medidas para regular os investimentos a fim de gerenciar riscos e estabilizar a economia interna. Como resultado, em 2017, os fundos da China investidos em fusões e aquisições no mercado dos EUA caíram para US$ 20 bilhões (R$ 68 bilhões) e os investimentos nos Estados Unidos foram simplificados.
Nos próximos três anos, medidas para prevenir riscos serão uma das principais tarefas da China, a regulamentação dos investimentos também pode ser continuada e, portanto, a partir de 2018, haverá uma tendência de redução do investimento nos EUA. Além disso, uma das principais razões para essa tendência é o atrito comercial sino-americano. O governo dos EUA impõe muitas barreiras aos investidores chineses em fusões e aquisições de empresas de alta tecnologia. Não só os EUA, mas os países europeus também reduzem as chances de investimento chinês nesse segmento. A UE chegou ao ponto de aplicar um novo marco regulamentando o investimento estrangeiro. As ações de Trump afetaram recentemente a atividade de investimento da China nos Estados Unidos.
As restrições norte-americanas estão relacionadas à alta tecnologia e a outras esferas sensíveis. Ao mesmo tempo, os EUA ainda recebem investimentos chineses em energia e manufatura. As empresas chinesas que fracassam nos EUA também podem optar por investir em mais de 60 países no projeto do Cinturão Econômico da Rota da Seda. Nesses países, há uma necessidade urgente de investimento de empresas chinesas. Além disso, as necessidades dos mercados de infraestrutura e energia são enormes. Quanto aos investimentos na fusão e absorção de empresas de alta tecnologia, o interesse na possibilidade de atrair fundos chineses ainda é grande na Europa. O investimento chinês em ativos de empresas europeias pode crescer à medida que a confiança dos europeus no protecionismo dos Estados Unidos é enfraquecida.
O estreitamento da atividade comercial da China nos EUA está prejudicando os interesses dos próprios norte-americanos.
"Não podemos permitir isso", disse empreendedor norte-americano tentando convencer seus oponentes que a política de Trump em relação à China não pode dar bons resultados para as empresas e para os consumidores norte-americanos.
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