No mundo temos 13 federações internacionais de sindicatos ou sindicatos globais, como são modernamente conhecidos. A Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes é um desses sindicatos globais. E é aquele que integra e representa os trabalhadores da área de transportes no mundo todo. Uma das mais atuantes global unions, está sempre buscando melhorar e intensificar as relações entre sindicatos de trabalhadores do setor de transportes no mundo inteiro.
Assim como descrito abaixo, essa foi a forma que a ITF (e os outros sindicatos globais) encontrou de minimizar os efeitos danosos da globalização sobre os trabalhadores. E isso se dá por um motivo simples: hoje em dia, excetuando-se alguns casos pontuais, os sindicatos não se embatem mais com empresas nacionais, de alcance e poderes limitados. O embate hoje se dá com empresas que têm poder e alcance em nível mundial.
Esse processo é bem claro em nosso setor, quando tivemos a quebra das empresas brasileiras de navegação, e sua substituição por grandes conglomerados internacionais, que exercem atividades também na navegação. A maior e mais representativa dessas é a Maersk, que tem negócios na aviação, supermercados, linhas férreas, portos, só para ficar no mais conhecido.
Nessa nova ordem implantada no Brasil, aonde os armadores nacionais são minoria absoluta e vão a reboque dos estrangeiros, é pena vermos o papel subserviente que algumas empresas genuinamente brasileiras representam nesse processo, na tentativa absurda e despropositada de acabarem com as nrs 70 e 80, tentando implantar em nossa casa, relações que são abomináveis e levam frequentemente a distorções nas relações de trabalho, sempre danosas ao trabalhador.
Esse método utilizado pelos sindicatos costuma ser bastante eficaz, e é frequentemente utilizado pela ITF em apoio a seus afiliados. Mas o blog espera que nós brasileiros sejamos capazes de resolvermos nossos próprios problemas, através da mobilização maciça de nossas bases e da ação e liderança eficientes e organizados de nossos sindicatos.
Para mais informações sobre os sindicatos globais, clique aqui.
Leia o que foi publicado no "Mundo Sindical":
Globalização obriga sindicatos a se organizar de forma mundial
Com a globalização das empresas, o movimento sindical sentiu a necessidade de se organizar também desta forma. Nasce assim as redes sindicais, tema abordado no visão trabalhista em debate desta semana, que conta com a participação de Everaldo dos Santos, diretor do sindicato e integrante da rede de trabalhadores da Arcelormittal.
Com a globalização das empresas, o movimento sindical sentiu a necessidade de se organizar também desta forma. Nasce assim as redes sindicais, tema abordado no visão trabalhista em debate desta semana, que conta com a participação de Everaldo dos Santos, diretor do sindicato e integrante da rede de trabalhadores da Arcelormittal.
O representante da categoria explica que a ideia deste tipo de mobilização é garantir a todos os funcionários, seja de uma multinacional ou transnacional, igualdade de direitos. “senão, a mesma empresa está gerando disparidade entre os trabalhadores”, explica.
Tendo isso como ponto de partida, a rede de trabalhadores de uma determinada empresa é constituída por dirigentes sindicais situados onde há uma fábrica da mesma. “De preferência, que esses representantes sejam também funcionários”, avalia.
Para se comunicar, esses sindicalistas utilizam a internet. “A informação flui de uma forma tão eficaz, que determinada ocorrência numa unidade na Europa, em poucas horas a gente já tem conhecimento aqui”, conta. É na web que acontece as discussões que geram encaminhamentos de articulações que podem ser, por exemplo, uma manifestação ocorrida em uma planta da empresa.
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