sexta-feira, 15 de julho de 2011

Façam o que eu digo, não façam o que eu faço?

As tendências políticas na Europa são preocupantes. Não tanto pela atuação da Direita, que já se sabe exatamente qual será, mas sim pela não atuação da chamada Esquerda, que se aproximou demais da Direita, principalmente no que se refere à política econômica, e não foi capaz de prever, deter, ou mesmo controlar a crise financeira que se abateu no mundo em 1998 (lá a coisa continua muito complicada).

O texto publicado no UOL (veja trecho abaixo), somente para assinante, sintetiza bem esta situação, mas principalmente a falta de rumo em que se encontram os europeus, que também vêm rejeitando a Direita.

E dessa desorientação se aproveitam os defensores do liberalismo econômico, que mesmo depois de todo o problema causado a partir de 98, continuam avançando e fazendo valer suas posições altamente favoráveis a grandes conglomerados econômicos e contrário aos interesses dos trabalhadores e da população em geral.

E porque isso é importante para nós? Simples: porque cedo ou tarde, essas tendências aterrissam por aqui, agora a bordo de alguma companhia de aviação estrangeira, já que o governo brasileiro vem se posicionando a deixar o mercado de aviação civil se alto regular, coisa que os governos europeus e norte-americano insistem em subsidiar.

Estou ficando louco ou é o “façam o que digo, não façam o que faço”?

Leiam um trecho abaixo. Para ler na íntegra (assinantes do UOL) clique aqui.

Tida como "confiável", a direita surge como refúgio na Europa

Andrea Rizzi

Os partidos social-democratas europeus são desgastados por votos de castigo à sua gestão e à pouca credibilidade de suas propostas. Os conservadores são considerados administradores mais confiáveis. A crise desgasta as formações clássicas

No outono de 2008, enquanto o sistema financeiro mundial tremia pavorosamente depois da quebra do Lehman Brothers, o presságio de uma grande onda de expansão política e de conquista do poder deve ter percorrido as secretarias gerais dos partidos social-democratas europeus. O raciocínio era simples: uma crise incubada nos meandros mais obscuros de um capitalismo desenfreado, pensaram muitos, levaria inevitavelmente os eleitores para os braços da centro-esquerda, de propostas políticas teoricamente mais propensas a regulamentar os mercados.

Menos de três anos depois, só cinco dos 27 governos da UE têm um líder progressista: Espanha, Grécia, Eslovênia, Chipre e Áustria (neste caso, em coalizão com os democratas cristãos). O que aconteceu? (...)"

Nenhum comentário:

Postar um comentário