Mais uma vez o Blog dos Mercantes afirma que, segundo informações e pesquisas da própria IMO, o transporte marítimo é o menos poluente do mundo, e ainda que todos devam pagar seu quinhão na busca de uma solução para o problema do aquecimento global, não podemos esquecer que uma redução na velocidade das embarcações que trafegam pela Europa traria o problema de mudar toda a programação de escalas em portos e, consequentemente, no fluxo do comércio com aquele continente.
Mudanças profundas como essas têm que ser pensadas com critério e seriedade, não podendo ser tomadas no calor de uma situação, ou cedendo a pressão de grupos ambientalistas extremistas. O provável aumento de custos devido ao maior tempo que as mercadorias levarão para atingir seus destinos, e uma possível mudança em toda a logística de transporte de mercadorias e produção da indústria, não podem ser descartados.
Talvez a solução como a encontrada para o setor automobilístico, que dá prazos e metas para a redução das emissões, fosse uma decisão mais inteligente e menos impactante à já problemática economia mundial.
Abaixo a íntegra da reportagem publicada no Guia Marítimo.
União Européia quer limite de velocidade nos mares
Objetivo é reduzir emissão de dióxido de carbono.
Diante do panorama ambiental cada vez mais complicado, a União Européia vem estudando estabelecer um limite de velocidade aos navios adentrarem seus territórios em direção a qualquer porto da região. O objetivo da entidade é reforçar medidas elaboradas pela IMO (International Maritime Organization), órgão regulador internacional da indústria marítima. Em encontro realizado nesta semana, os países membros da entidade já sentem a pressão de não falharem em concordar com as medidas.
Até 2030, os Estados que compõem a União Européia precisam reduzir as emissões de poluentes em até 30%, em comparação aos níveis registrados pela indústria em 1990.
Detalhes do papel de reforço que deverá ser prestado pela UE ainda não foram delimitados e a Comissão Européia espera que a IMO surja com novas soluções que de fato apressem as companhias a se adequarem às medidas de eficiência energética. No entanto, a redução de velocidade tem sido apontada como uma dessas soluções, já que ela vem sendo bem sucedida em poupar combustível das embarcações, o que reduz, de maneira eficaz, a emissão de dióxido de carbono.
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