Embora este blogueiro não goste muito de comentar a política intra-partidária, por acreditar que poucos aglomerados desses políticos podem ser realmente chamados de partidos, resolvi fazer essa postagem para deixar bem clara minha posição.
Após o fatídico episódio que afastou a legítima Presidente eleita, a sra. Dilma Roussef, tivemos também a renúncia do presidente afastado da Câmara dos Deputados, sr. Eduardo Cunha. Como a vaga não pode ficar aberta, e como o processo é um pouco diferente do da Presidência da República, foram convocadas eleições para a presidência dessa Casa. Imediatamente se tornaram nítidas, as articulações que já deveriam estar ocorrendo nos bastidores, com os habituais jogos de interesses e pressões por liberações de verbas e aprovações de emendas.
Pois bem, entre os muitos candidato à vaga, a maioria não tem a menor condição ético-moral de assumi-la, ainda mais em um momento em que o povo brasileiro clama justamente por esses dois pilares na política.
Mas alguns, mesmo que isoladamente preencham os requisitos para o cargo, estão por demais atrelados a esquemas e partidos que têm atuado muito mal nos últimos anos.
Parece ser o caso de Sílvio Costa, do PSB.
Da mesma forma que achei absurda a primeira informação de que o PT apoiaria Rodrigo Maia para a presidência da Casa, um político que articulou declarada e fortemente pelo golpe parlamentar sobre a legítima Presidente, também estaria totalmente em desacordo com o bom senso qualquer tipo de acordo com o PSB, um partido que traiu suas raízes, sua militância, e apoiou e trabalhou descaradamente pelo golpe.
Dois dos principais motivos que derrubaram (ao menos momentaneamente) a Presidente eleita, foram o fisiologismo exacerbado, e o clientelismo com critérios muito frouxos, típica de politiqueiros baratos, que nortearam a forma de o PT fazer política nos últimos anos, e que afastaram muitos de seus correligionários históricos.
Após uma escorregada inicial com a história do absurdo apoio a Rodrigo Maia, finalmente parece que o PT está entrando em um rumo de política séria.
Não que apoios não possam ser feitos, afinal de contas essa é a base da política, mas eles precisam ser pensados, costurados, e celebrados por e com quem se tenha o mínimo de ideais comuns e lealdade, ou por motivos que levem a um avanço significativo para a Nação.
A eleição para um mandato de pouco mais de 2 anos na Câmara dos Deputados, com gente que já se mostrou inconfiável, não atende a nenhuma das premissas.
O Brasil não precisa de projeto de poder, precisa de projeto de Nação.
SILVIO COSTA PEDE QUE OPOSIÇÃO A TEMER NÃO
VOTE EM CANDIDATO DO PSB
"Tenho uma relação pessoal com o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), porém, defendo junto aos líderes da oposição ao governo provisório de Michel Temer que não podemos premiar traidores", afirmou o deputado do PTdoB-PE; "Historicamente, o PSB participava do nosso campo político. Na hora em que a presidente Dilma e o ex-presidente Lula mais precisaram de apoio, os socialistas do PSB fizeram uma traição histórica e vergonhosa", lembrou ainda o deputado
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