segunda-feira, 4 de julho de 2016

Muitos já falaram, mas é inaceitável

Um governo interino, em que seu chefe já está envolvido diretamente em várias denúncias de desvios, corrupção e propinas. Esse governo já perdeu alguns de seus ministros, pois os mesmos também são acusados das mesmas coisas que seu chefe (no caso ex-chefe?). Vários outros de seus ministros também são acusados dos mesmos crimes.

As ligações desse governo com situações e pessoas representativas do mais lamentável em nossa sociedade não param por aí, pois esse governo interino também tem se mostrado racista, sexista e ainda apoia a violência, a truculência, e talvez até mesmo crimes de tortura, já que seu ministro da justiça já chegou ameaçando movimentos sociais e sindicatos, e ainda tem indicado para cargos chaves da administração pública, pessoas diretamente ligadas à ditadura militar, ou que apoiam seus métodos de persuasão e controle social.

E se não fosse suficiente, ainda se recusa a cortar suas amarras com aquele que hoje é representativo de tudo que há de mais corrupto e retrógrado na política brasileira, alguém que é execrado pela esmagadora maioria da população brasileira, mesmo por boa parte daqueles que apoiam o golpe: Eduardo Cunha.

Explicações sobre o que foi tratado é pouco, muito pouco. Temer tinha que dar explicações do porquê, depois de tudo que já se sabe, e de todas as acusações que pairam sobre si e seu frágil e pouco apoiado governo, ele ainda mantém contato e ligações com figura tão pouco crível e aceita pela sociedade brasileira em geral?

O PSOL enviou um requerimento ao ministro da Secretaria da Presidência com perguntas sobre a reunião do interino com o deputado afastado. Encontro, que teria sido feito na noite do último domingo, não estava na agenda oficial da presidência

Por Redação
Brasília - O vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, durante solenidade de entrega da Medalha do Mérito Legislativo 2015 (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Depois da reunião “clandestina” entre o presidente interino Michel Temer e o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ),  que aconteceu no último domingo (26), parlamentares do PSOL abriram um requerimento cobrando explicações.
A assessoria da presidência confirmou a reunião, informando que o assunto tratado foi o “cenário político” do país, embora ela não estivesse na agenda oficial do presidente interino. Cunha, por sua vez, negou. O deputado afastado disse que embora se reúna frequentemente com Temer, a reunião do dia 26 não teria acontecido.
Os psolistas Chico Alencar (RJ), Glauber Braga (RJ) e Ivan Valente (SP), então, assinaram um requerimento que será enviado ao ministro da Secretaria da Presidência, Gedel Vieira lima (PMDB-BA). O requerimento possui cinco pontos:
1) se ocorreu mesmo a reunião entre Temer e Cunha no domingo (26);
2) se o encontro estava previsto na agenda de Temer e, em caso negativo, por qual razão não estava;
3) qual o objetivo do encontro e sobre o que trataram;
4) se Temer está ciente de que Cunha teve o mandato parlamentar suspenso em 5 de maio pelo Supremo;
5) se Temer está ciente de que Cunha teve o pedido de cassação de seu mandato aprovado no Conselho de Ética.
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), ainda precisa elaborar um relatório sobre o documento do PSOL e colocá-lo em votação na Mesa Diretora da Casa. À Mesa, por sua vez, cabe a decisão se o requerimento será enviado ou não ao órgão competente. Se aprovado o envio, a Secretaria da Presidência tem até 30 dias para responder.
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

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