Um governo interino, em que seu chefe já está envolvido diretamente em várias denúncias de desvios, corrupção e propinas. Esse governo já perdeu alguns de seus ministros, pois os mesmos também são acusados das mesmas coisas que seu chefe (no caso ex-chefe?). Vários outros de seus ministros também são acusados dos mesmos crimes.
As ligações desse governo com situações e pessoas representativas do mais lamentável em nossa sociedade não param por aí, pois esse governo interino também tem se mostrado racista, sexista e ainda apoia a violência, a truculência, e talvez até mesmo crimes de tortura, já que seu ministro da justiça já chegou ameaçando movimentos sociais e sindicatos, e ainda tem indicado para cargos chaves da administração pública, pessoas diretamente ligadas à ditadura militar, ou que apoiam seus métodos de persuasão e controle social.
E se não fosse suficiente, ainda se recusa a cortar suas amarras com aquele que hoje é representativo de tudo que há de mais corrupto e retrógrado na política brasileira, alguém que é execrado pela esmagadora maioria da população brasileira, mesmo por boa parte daqueles que apoiam o golpe: Eduardo Cunha.
Explicações sobre o que foi tratado é pouco, muito pouco. Temer tinha que dar explicações do porquê, depois de tudo que já se sabe, e de todas as acusações que pairam sobre si e seu frágil e pouco apoiado governo, ele ainda mantém contato e ligações com figura tão pouco crível e aceita pela sociedade brasileira em geral?
O PSOL enviou um requerimento ao ministro da Secretaria da
Presidência com perguntas sobre a reunião do interino com o deputado
afastado. Encontro, que teria sido feito na noite do último domingo, não
estava na agenda oficial da presidência
Por Redação
Depois da reunião “clandestina” entre o presidente interino Michel
Temer e o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que aconteceu no
último domingo (26), parlamentares do PSOL abriram um requerimento
cobrando explicações.
A assessoria da presidência confirmou a reunião, informando que o
assunto tratado foi o “cenário político” do país, embora ela não
estivesse na agenda oficial do presidente interino. Cunha, por sua vez,
negou. O deputado afastado disse que embora se reúna frequentemente com
Temer, a reunião do dia 26 não teria acontecido.
Os psolistas Chico Alencar (RJ), Glauber Braga (RJ) e Ivan Valente
(SP), então, assinaram um requerimento que será enviado ao ministro da
Secretaria da Presidência, Gedel Vieira lima (PMDB-BA). O requerimento
possui cinco pontos:
1) se ocorreu mesmo a reunião entre Temer e Cunha no domingo (26);
2) se o encontro estava previsto na agenda de Temer e, em caso negativo, por qual razão não estava;
3) qual o objetivo do encontro e sobre o que trataram;
4) se Temer está ciente de que Cunha teve o mandato parlamentar suspenso em 5 de maio pelo Supremo;
5) se Temer está ciente de que Cunha teve o pedido de cassação de seu mandato aprovado no Conselho de Ética.
O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), ainda
precisa elaborar um relatório sobre o documento do PSOL e colocá-lo em
votação na Mesa Diretora da Casa. À Mesa, por sua vez, cabe a decisão se
o requerimento será enviado ou não ao órgão competente. Se aprovado o
envio, a Secretaria da Presidência tem até 30 dias para responder.
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
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