Não vou nem comentar...
A propósito, foi divulgado por Luís Nassif, no GGN.
Juiz diz que pastor eletrônico é religião e cultos afro não são
sex, 16/05/2014 - 09:18
Do GNotícias
por Tiago Chagas
A Justiça Federal no Rio de Janeiro emitiu uma sentença na qual
considera que os “cultos afro-brasileiros não constituem religião” e que
“manifestações religiosas não contêm traços necessários de uma
religião”.
A definição aconteceu em resposta a uma ação do Ministério Público Federal (MPF) que pedia a retirada de vídeos de cultos evangélicos que foram considerados intolerantes e discriminatórios contra as práticas religiosas de matriz africana do YouTube.
O juiz responsável entendeu que, para uma crença ser considerada religião, é preciso seguir um texto base – como a Bíblia Sagrada, Torá, ou o Alcorão, por exemplo – e ter uma estrutura hierárquica, além de um deus a ser venerado.
A ação do MPF visava a retirada dos vídeos por considerar que o material continha apologia, incitação, disseminação de discursos de ódio, preconceito, intolerância e discriminação contra os praticantes de umbanda, candomblé e outras religiões afro-brasileiras. “Para se ter uma ideia dos conteúdos, em um dos vídeos, um pastor diz aos presentes que eles podem fechar os terreiros de macumba do bairro”, disse o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jaime Mitropoulos.
A definição aconteceu em resposta a uma ação do Ministério Público Federal (MPF) que pedia a retirada de vídeos de cultos evangélicos que foram considerados intolerantes e discriminatórios contra as práticas religiosas de matriz africana do YouTube.
O juiz responsável entendeu que, para uma crença ser considerada religião, é preciso seguir um texto base – como a Bíblia Sagrada, Torá, ou o Alcorão, por exemplo – e ter uma estrutura hierárquica, além de um deus a ser venerado.
A ação do MPF visava a retirada dos vídeos por considerar que o material continha apologia, incitação, disseminação de discursos de ódio, preconceito, intolerância e discriminação contra os praticantes de umbanda, candomblé e outras religiões afro-brasileiras. “Para se ter uma ideia dos conteúdos, em um dos vídeos, um pastor diz aos presentes que eles podem fechar os terreiros de macumba do bairro”, disse o procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jaime Mitropoulos.
De acordo com o site Justiça em Foco, o MPF vai
recorrer da decisão em primeira instância da Justiça Federal para
continuar tentando remover os vídeos da plataforma de streaming do
Google.
“A decisão causa perplexidade, pois ao invés de conceder a tutela
jurisdicional pretendida, optou-se pela definição do que seria religião,
negando os diversos diplomas internacionais que tratam da matéria
(Pacto Internacional Sobre os Direitos Civis e Políticos, Pacto de São
José da Costa Rica, etc.), a Constituição Federal, bem como a Lei
12.288/10. Além disso, o ato nega a história e os fatos sociais acerca
da existência das religiões e das perseguições que elas sofreram ao
longo da história, desconsiderando por completo a noção de que as
religiões de matizes africanas estão ancoradas nos princípios da
oralidade, temporalidade, senioridade, na ancestralidade, não
necessitando de um texto básico para defini-las”, argumentou
Mitropoulos.
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