Abaixo a reportagem da Rádio 87, que indica a prévia do Banco Central em que a economia se retraiu mais 0,68%. A notícia é ruim, mas mais do que esperada, porque tudo que o atual governo fez até o momento foi retirar ainda mais "gás" da economia.
E vocês querem saber duas coisas. Quando consolidarem o PIB do trimestre a tendência é piorar ainda mais, e a tendência é a economia se contrair ainda mais durante o ano.
Pessimismo? Torcer contra? O famoso "quanto pior melhor"?
Nada disso, e nada parecido com isso.
A situação é assim. O país entrou em recessão, ou seja, as empresas privadas travaram seus investimentos, e em alguns casos até desinvestiram, porque há uma onda de pessimismo, ou porque a demanda diminui, e isso pode ter muitos motivos. Ou seja, é como se a economia passasse a ter um pouco de fome (queda da demanda), e você dá um pouco de veneno para ela (travar investimentos, etc.). Aí o governo deveria entrar com o antídoto, para que a economia melhorasse e voltasse a crescer. Não, no Brasil eles entram com mais veneno (desinvestimento, cortes, etc.) e a tendência é a coisa só piorar. As únicas atitudes que esse governo tomou até agora foram aplicações de veneno, então não há como a economia melhorar.
Mas e as reformas (destruição de direitos) Trabalhista e Previdenciária, não deveriam gerar empregos?
Na verdade não. Porque ninguém contrata empregado por estar barato, mas porque existe demanda por um determinado produto ou serviço. Mas a demanda só diminui, e todas as medidas são para diminui-la ainda mais, então o que deve aumentar é o desemprego.
A propósito, a única coisa que essas "reformas" podem propiciar é o aumento da margem de lucros dos empresários, sem aumentar em nada investimentos ou contratações. Ou seja, propiciam a acumulação de capital, não o investimento e a criação de empregos.
A economia brasileira registrou retração de 0,13% no primeiro trimestre de 2018, indica o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), uma espécie de “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira (16).
O recuo de 0,13% entre janeiro e março deste ano foi verificado na comparação com o quarto trimestre de 2017 (outubro a dezembro). O número foi calculado após ajuste sazonal, uma espécie de “compensação” para comparar períodos diferentes de um ano.
Quando a comparação é feita com o resultado do primeiro trimestre de 2017, porém, o IBC-Br do primeiro trimestre de 2018 indica alta de 0,86% (sem ajuste sazonal).
A retração registrada no primeiro trimestre de 2018 é a primeira desde o quarto trimestre de 2016, quando o IBC-Br apontou recuo de 0,78% na economia.
O IBC-BR é um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números oficiais do PIB do primeiro trimestre serão divulgados no dia 30 de maio.
O cálculo do IBC-Br é um pouco diferente do usado no PIB. O indicador do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Os resultados do IBC-Br, porém, nem sempre mostraram proximidade com os dados oficiais divulgados pelo IBGE.
Além disso, o IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros (Selic) do país. O crescimento ou desaceleração da economia influenciam na inflação, que o Banco Central busca controlar por meio da taxa Selic.
Ano de 2017 e expectativas
O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia. Em 2017, o PIB teve uma alta de 1%, após dois anos consecutivos de retração.
Os indicadores do primeiro trimestre de 2018, porém, indicaram um desempenho da economia pior que o esperado. Por conta disso, economistas baixaram suas projeções para o desempenho do PIB no período.
Para todo este ano, o governo ainda mantém a estimativa de alta de 3% para o PIB, mas pode revisar para baixo este número na próxima semana, quando será divulgado o relatório de receitas e despesas do Orçamento.
Devido à piora nos indicadores, o mercado já tem baixado sistematicamente sua previsão para o crescimento da economia em 2018. Na mais recente consulta feita pelo Banco Central, os economistas de instituições financeiras revisaram de 2,70% para 2,51% a estimativa de alta do PIB neste ano.
Março e resultado em 12 meses
Os dados do BC mostram que, somente em março, o IBC-Br registrou queda de 0,74%, contra fevereiro. Neste caso, a comparação foi feita após ajuste sazonal, considerada mais apropriada por analistas.
Quando a comparação é feita com março do ano passado (sem ajuste sazonal, pois são períodos iguais), houve uma queda de 0,66%, de acordo com o Banco Central.
Na parcial de 12 meses até março, a prévia do PIB do Banco Central registrou crescimento de 1,05%. O Banco Central divulga esse indicador somente sem ajuste sazonal.
É bem o que está acontecendo.
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