No dia 22 de maio o Deputado Federal Rodrigo Maia disse que "o setor privado não investe em ditaduras". Para basear isso apontou a Venezuela como exemplo. Isso ocorreu em palestra durante o evento "Seminário Previdência", organizado pelo Correio Brasiliense. Na oportunidade Maia também rompeu com o Líder do Governo na Câmara, após o mesmo ter levado charge que ligariam os integrantes do Poder Legislativo a propinas e interesses próprios.
Maia volta a se por em "oposição" à forma como o Governo Bolsonaro se porta frente aos outros poderes, frente a democracia, e frente aos interesses do próprio Governo. Em política nada pode ser sacramentado como definitivo, mas a situação dificilmente irá se reverter, porque apesar de estar sempre tentando amenizar as rusgas que se criam entre o Planalto e os outros poderes da República, a insistência em termos sempre os mesmos problemas demonstram que não há interesse real do Governo e seus apoiadores em manterem uma relação cordial, respeitosa, e democrática com outros Poderes da República.
Isso tudo indica aquilo que Bolsonaro sempre deixou claro em toda a sua carreira política (já são cerca de 30 anos), de que ele é a favor de uma ditadura, da eliminação sumária de milhares de pessoas, e até de uma guerra civil. Muito disso já está sendo aplicado, ou parece estar em gestação por seu governo. Ora, quem acompanha sabe que ao menos 2 ex-presidentes foram a extremos exatamente para evitar tais derramamentos de sangue, e que isso seria um desastre incomensurável ao país, principalmente num momento em que o mundo dispara em avanços tecnológicos e em tensões entre blocos econômicos, políticos e geopolíticos.
Se as pesquisas iniciais indicavam o derretimento do limitado apoio popular que o governo tinha ainda antes de começar, agora já apontam clara rejeição, uma vez que esta ultrapassou o apoio, e os restantes das pesquisas indicam insatisfação com as atitudes.
Enquanto o Bolsonaro, seu clã, e seus seguidores brincam de tentar uma ditadura de cunho fascista, o país vê sua economia regredir, já que índices de desemprego, inflação (nos produtos alimentares e já, já no índice geral), desalento, desinvestimento, falta de perspectivas, etc, apenas apresentam pioras.
Enquanto Governo e país derretem a olhos vistos a população sofre. Mas por mais que se queira, ninguém sofre calado ad eternum.
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