Hoje tem uma manifestação convocada pela direita. Apesar de Bolsonaro ter mais uma vez retrocedido, após afirmar que estaria presente em pelo menos um dos atos. Também orientou seus ministros a não participarem. O discurso atual é de que a manifestação seria em apoio ao governo e seus atos, mas a verdade é que ela segue sendo contra o STF e o Congresso - motivo oficial inicial da convocação.
Afirmamos essas coisas porque Bolsonaro já colocou todas as suas digitais na manifestação, assim como seus filhos e vários apoiadores e membros de seu governo, que não apenas convocam para os atos, como afirmam que participarão dos mesmos.
Da mesma forma o grupo de 200 empresários que participaram diretamente da campanha bolsonarista, que deram apoio a manifestação e retrocederam quando as críticas pesadas vieram pelo viés anti-democrática da mesma, agora retornam seu apoio pela suposta mudança de viés dos atos. Ora, apoiavam por uma coisa, que despois deixam de apoiar por essa coisa, e mudam o discurso para voltar a apoiar.
Que estranho!
Por último temos parte considerável dessa direita tacanha contra as manifestações, e que continuam afirmando que nada mudou, entre eles o MBL, o Vem pra Rua, FESP, e até alguns como a "musa do impeachment" Janaína Pascoal, e o ex-roqueiro Lobão.
De qualquer forma Bolsonaro já tem dois discursos preparados. O primeiro é de êxito frente a manifestações volumosas, que será o de vitimismo frente aos outros poderes, e de que o povo quer mudanças. Muitos dizem que isso abre espaço para um autogolpe, com fechamento do Congresso e STF, ou ao menos intervenções sérias nesses poderes.
A segunda opção é o esvaziamento das manifestações, e ele tentará sair pela tangente, dizendo que as manifestações são de "idiotas úteis", que o governo não tem nada a ver com elas, etc.
Com todo esse quadro, e as últimas pesquisas já apontando clara rejeição ao governo, temos que esperar para sabermos como serão as manifestações.
Amanhã comento o resultado.
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