Ontem as manifestações convocadas por Bolsonaro foram às ruas. Tirando São Paulo, e com o Rio um pouco mais atrás, os ajuntamentos foram grandes fiascos. Em São Paulo, apertando, ainda dava umas 4 quadras ocupadas na Av. Paulista. No Rio, aparentemente teríamos umas 2 ou 3 quadras da Av. Atlântica. Em todas as outras cidades que vi, as aglomerações foram pífias, claramente frequentadas por pessoas completamente alucinadas, com palavras de ordem contra as Instituições, com palavras de ordem contra procedimentos democráticos, e que em algumas vezes chegaram a absurdos, como defender que Bolsonaro faria uma passagem entre a República e a volta da Monarquia.
Se tirássemos por base as aglomerações de Rio e São Paulo, poderíamos dizer que Bolsonaro regrediu a sua base original, absolutamente insuficiente para chegar ao segundo turno de uma campanha presidencial, ainda que lhe pudesse garantir uma boa votação para a Câmara, e talvez até para o Senado.
O problema de tudo isso é que Rio e São Paulo deram a deixa para que os alucinados que compõem o atual governo possam ter uma sobrevida, uma gás a mais para que possam continuar a falar e fazer as bobagens que fazem quase que diariamente a frente do comando do país.
Mas isso tudo pode mudar, porque dia 30/05 estão convocadas manifestações contra a destruição da Previdência, a favor da Educação, por políticas de criação de empregos, e contra a destruição de vários setores econômicos e sociais que o atual governo vem realizando a toque de caixa.
Basta que se encham realmente as ruas e imprensa, políticos, empresários, sindicatos, e toda uma parcela muito importante da sociedade, que se vêm acuados desde que começou o processo de deposição de Dilma Roussef, possam voltar a se organizar e agir em prol dos reais interesses do Brasil e da construção de uma Nação mais justa e soberana.
Mas como eu disse, para isso as ruas precisam ser ocupadas.
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