O Presidente da República convocou, desconvocou e acabou por participar, incentivar, e divulgar manifestações com caráter golpista, e que tinham como alvo o Congresso Nacional e o STF. Isso não é uma questão de opinião, isso é crime de responsabilidade, e muito grave, porque atenta contra o equilíbrio dos Poderes da República, e contra o entendimento da própria Democracia, como instituição capitalista.
Sou eu quem digo? Não, mas a própria Constituíção da República, em seu Art. 85 Inciso II.
Já passou da hora de a sociedade cobrar seriamente a possibilidade de um impeachment de Bolsonaro. Isso já começa, mesmo que timidamente, pois alguns colunistas já falam nisso abertamente, mas é pouco. Com muita sinceridade, não gosto do remédio, mas gosto ainda menos da doença, e da rapinagem e destruição que estão aplicando no país. Fora que a inação política quanto ao atual Presidente da República tem aberto espaço para que seus arroubos totalitários cresçam no tom a cada dia que passa. De ataques a grupos minoritários, e à imprensa, passou a ataques a Congressistas, e às próprias Instituições.
Se alguém acha que é alucinação, aí estão as palavras do próprio Bolsonaro, e ele sempre as endossou. De quebra ainda tenta eliminar sua oposição fisicamente. Algo que ele também já afirmou que faria.
As manifestações em si foram pífias e alucinadas, com têm sido as manifestações que apoiam o Presidente, e que ocorrem desde o começo de seu mandato, mas o problema aqui não é o tamanho das manifestações, mas o tamanho da reação a elas. Quanto menos e mais fracamente se reage, mais espaço se cria para os sonhos totalitários alojados no Planalto.
Não há necessidade de grande ação, se a reação é ainda menor. Assim, o sucesso ou o desastre, dependem não das manifestações alucinadas pelo totalitarismo, mas da inação das forças que dizem defender os princípios democráticos.
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