terça-feira, 31 de março de 2020

Gabriela Prioli e a TV americana

Após duas semanas de um programa absolutamente estúpido, que marcaram a estreia de uma rede de TV de notícias a cabo dos EUA no Brasil, a Mestre em Direito Gabriela Prioli pediu para deixar a grade de programação da emissora. Apesar de alguns nomes interessantes do jornalismo brasileiro, a verdade é que a TV estrangeira baseou sua programação no que há de pior na área.  Isso já mostra a que veio essa TV.

Nomes como Caio Copolla, Tomé Abduch, e o "mediador" Reinaldo Gotino eram tidos como estrelas da programação, e eram espancados diariamente pela jovem advogada, que tentavam as mais diferentes técnicas para impedir e/ou acuar a debatedora, mas sempre sem efeito, até que aquele que deveria simplesmente mediar o debate, toma partido e deixa de ser um debate para virar uma disputa de dois contra uma.

Acontece que eram dois desqualificados, contra uma altamente qualificada.

E é aqui que entra o fundamental de todo esse problema, que foi a pergunta feita por Gotino a Prioli: "A pessoa não pode ter uma opinião sem ser técnica?". E a resposta é óbvia: "pode". A questão é que isso pode acontecer no boteco, no churrasco de domingo, na bebedeira de fim de semana. Mas é absolutamente inapropriado que esse tipo de posicionamento tenha espaço num debate que se propõe sério e elucidativo.

Não sei se Gabriela Prioli é de direita, de esquerda, ou ela é genial, mas seguramente ela parece buscar seguir as Leis, seguir o processo, e isso é fundamental numa democracia. Se ela é tudo isso, o tempo poderá dizer, ainda é muito cedo para tê-la como guia, até porque para bater nos três que eu citei acima não é muito difícil, precisa apenas de um conhecimento básico e bom-senso. Ela tem muito mais do que isso.

Observemos. Logo, logo ela arruma outra telinha ou microfone para se expressar.


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