quinta-feira, 4 de junho de 2020

Volta da oposição às ruas e Anonymous

No último final de semana a oposição voltou a ocupar as ruas, e tivemos alguns problemas pelo Brasil, mas os maiores foram observados em São Paulo e Rio de Janeiro. Nas duas cidades tivemos ataques da polícia aos manifestantes da oposição, e nítida proteção aos que se manifestavam em favor do governo. Já estão sendo tomadas medidas para afastar os dois grupos, que não poderão se manifestar nos mesmos lugares simultaneamente.

Já era hora, e ao mesmo tempo não era, porque se a oposição, ou seja, os 70% precisavam voltar às ruas, infelizmente não era hora de reuniões, porque a epidemia apresenta números cada vez mais altos de contaminação e mortalidade, e isso com toda a subnotificação, e com ações de alguns estados no sentido de diminuir artificialmente o número de mortes.

Anonymous

O grupo que não é grupo voltou a atuar nessa última problemática e violenta semana. Informações pessoais do Presidente Bolsonaro, e alguns membros do governo foram divulgadas, além de supostos crimes, como tráfico humano, sequestro de crianças, fraude em reembolso do Congresso, etc. Alguns desses crimes teriam sido compartilhados entre Jair Bolsonaro e Donald Trump, presidente dos EUA. Também nos EUA tivemos violência nos últimos dias - já comentei rapidamente aqui no Blog dos Mercantes - só que em níveis muitos mais altos que no Brasil, e o presidente americano chegou a ser levado para um bunker como medida de proteção, tal o nível da selvageria que tem sido observada nas ruas de muitas cidades americanas.

Com tudo isso, com uma pandemia em curso, e com a volta de vazamento de informações, e acusações muito sérias contra altas autoridades de países que trilharam um caminho mais à extrema-drieita nos últimos anos, e temos um belíssimo coquetel para dias ainda mais complicados e tenebrosos.

Após os últimos acontecimentos nos EUA, somados aos problemas econômicos que o país enfrenta, arrisco dizer que Trump não se reelege.

No Brasil a situação é mais grave e complicada. Mais grave porque a economia já vinha claudicante há pelo menos 5 anos, e mais complicada porque a situação política é extremamente confusa, com tentativas de golpe, de impeachmente, de cassação da chapa eleita em 2018, com um país ainda rachado (não é mais 50/50, mas o 70-30 ainda preocupa), com instituições cooptadas pelos lados, e com muita incerteza no ar. Mas uma coisa parece cada vez mais certo: se chegar a 2022, dificilmente Bolsonaro se reelege.

Nenhum comentário:

Postar um comentário