terça-feira, 8 de outubro de 2019

Bolsonaro é fakenews

Foi falado, foi avisado, mas ninguém acreditou.

Bolsonaro é engodo.

Bolsonaro é nota de R$ 3,00.

Bolsonaro é fakenews.

Precisaram levar na testa para entender.

Mas eu entendo, porque mais uma vez foram dois farsantes ao segundo turno.

Infelizmente.

Como sempre o link para a reportagem completa está no título abaixo.


O BOLSONARISMO ARREPENDIDO JÁ COMEÇOU NAS CLASSES POPULARES



16 de Abril de 2019, 3h02

A LUA DE MEL não durou 100 dias. Uma recente pesquisa do DataFolha mostrou que, após três meses, Bolsonaro tem a pior avaliação entre presidentes no primeiro mandato, confirmando algo que estava na cara: o fenômeno do bolsonarismo arrependido chegaria muito rápido.
Vale retomar o que escrevi em minha coluna de 29 de outubro, logo após a vitória de Bolsonaro:
Os eleitores de Bolsonaro foram seduzidos pela mobilização política populista, movidos por onda de contágio que foi espalhando medo e uma esperança de mudança radical. É muita expectativa popular para pouco projeto, pouca equipe e pouca experiência. Isso não pode funcionar. Isso não dará certo.
De novembro de 2016 a novembro de 2018, eu e a antropóloga Lucia Scalco fizemos uma pesquisa etnográfica, baseada em observação participante e grupos focais, sobre eleitores de Bolsonaro entre eleitores de baixa renda na zona leste de Porto Alegre. Nós percebemos que, conforme a eleição se aproximava, a adesão a Bolsonaro se transformava em um movimento emocional. Havia uma esperança crescente dos eleitores, inclusive entre aqueles que outrora desprezavam o candidato.
Até poucos meses antes da eleição, era possível identificar um padrão de eleitores de baixa renda: eram jovens desempregados que se sentiam ameaçados pelo feminismo emergente na escola; ou homens brancos, dos 30 aos 50 anos, com trabalho precário (como motoristas de aplicativos ou vigilantes terceirizados). Nas motivações de voto, o desalento econômico se misturava a uma narrativa que apontava também uma crise na masculinidade. Homens estavam desempregados e/ou com emprego precário, endividados, com pressão alta, sofrendo assaltos e tendo seu papel de provedor ameaçado. Em comum, todos eles tinham um desejo íntimo de portar uma arma para se proteger das muitas ameaças — reais e imaginárias — que desestabilizam a ordem do mundo.



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