domingo, 27 de outubro de 2019

Servidores são fundamentais

O ataque ao funcionalismo público é mais uma obra covarde desse governo desastroso. Certo que existem maus funcionários públicos, como também os temos no setor privado, ou entre profissionais liberais, mas a verdade é que a maioria trabalha sério, tem responsabilidade, e busca realizar suas tarefas de forma profissional e eficiente.

Como o texto de Fernando Nogueira deixa claro, não há país grande e desenvolvido que não conte com um funcionalismo público altamente qualificado, tendo inclusive seu treinamento de ponta sendo bancado pelo próprio Estado.

No Brasil o desqualificado governo que foi eleito, com o mais que desqualificado Ministro Paulo Guedes, quer acabar com isso, transformando o funcionalismo público em carreira de segunda, a ser usado como massa de manobra para ganhos políticos.

Vergonhoso, mas quase tudo que se faz no Brasil nos últimos anos é vergonhoso.


Servidor Público, por Fernando Nogueira da Costa

Desde a volta dos neoliberais ao Poder Executivo, devido ao golpe de 2016, os servidores públicos têm sido tratados como fossem “privilegiados”

por Fernando Nogueira da Costa

Desde a volta dos neoliberais ao Poder Executivo, devido ao golpe de 2016, os servidores públicos têm sido tratados como fossem “privilegiados”. Atacam as carreiras de Estado. A perseguição política, apelidada de “despetização” por um ex-deputado do baixo clero e ministro no governo do capitão, visa em última análise levar todos ao regime de capitalização. Desestimulará o futuro ingresso de talentos, via concursos públicos, para uma carreira antes promissora em termos de mobilidade social e de estabilidade no emprego, justamente, para evitar demissões motivadas por alternâncias de poder.
Aliás, graças a esses servidores a máquina pública continua a funcionar, apesar dos incompetentes eleitos ou nomeados para cargos políticos de representação. Eles têm know-how (“sabem como”), isto é, um conjunto de conhecimentos práticos adquiridos por formação qualificada e experiência profissional. Mas possuem também o “know-why” (“sabem o porquê”), isto é, conhecem o motivo porque as ações públicas, inclusive fiscais e diplomáticas, são feitas de determinada maneira. Não à toa a ESAF (Escola de Administração Fazendária) e o Instituto Rio Branco se destacam na formação de quadros de excelência, no Brasil, embora o atual ministro de Relações Exteriores seja um “cisne negro” para falsear essa impressão. Ou ele é uma “ovelha negra”?



https://jornalggn.com.br/analise/servidor-publico-por-fernando-nogueira-da-costa/

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