sábado, 30 de janeiro de 2021

Nine Inch Nails - Head Like A Hole (Violet Orlandi COVER)

Violet Orlandi apresenta ótima versão de Head Like a Hole do Nine Inch Nails. E é versão mesmo, porque ela deu nova roupagem à música.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Imagens fantásticas do Universo

A revista National Geographic publicou uma série de fotos do espaço tiradas pelas lentes do telescópio espacial Hubble. A imensidão do Cosmos é realmente acachapante. Clique aqui para vê-las. Detalhe que todas têm comentários, como a foto abaixo.



UM CAMPO DE VISÃO ULTRAPROFUNDO Em setembro de 2012, vimos pela primeira vez a imagem conhecida como “Campo Ultraprofundo do Hubble”, uma imagem que resulta da junção de fotografias tiradas pelo telescópio espacial Hubble ao longo de dez anos de um pequeno espaço de céu do hemisfério sul. Capturando a pouca luz disponível, ao longo de várias horas de observação, o Hubble revelou-nos milhares de galáxias, umas relativamente perto outra extremamente afastadas, sendo esta a fotografia com a maior profundidade de campo de sempre até ao momento em que foi feita. O universo tem cerca de 13,7 mil milhões de anos, e esta fotografia mostra-nos galáxias cuja idade deverá rondar os 13,2 mil milhões de anos.
FOTOGRAFIA DE NASA, ESA, G. ILLINGWORTH, D. MAGEE, AND P. OESCH (UNIVERSITY OF CALIFORNIA, SANTA CRUZ), R. BOUWENS (LEIDEN UNIVERSITY), AND THE HUDF09 TEAM


quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Pandemia longe do fim

Não é a primeira posição que vejo, e que afirma que esse ano ainda não serão resolvidos os problemas diretos da Pandemia, ou seja, a propagação da doença em si. E isso tem sido dito em países que não negaram o problema, que ao menos tentaram agir no sentido de minimizar os danos à suas populações, e que estiveram sempre atentos para a aquisição das vacinas necessárias para seus cidadãos.

Agora imaginem o que acontecerá num país que segue negando a pandemia, segue insistindo em tratamentos alternativos e alucinados (quando vejo isso lembro dos charlatões que querem tratar câncer com água), que passou os últimos dois anos se aliando ideologicamente a um irresponsável do Norte, que passou esses mesmos anos atacando parceiros comerciais e nações com as quais temos boas relações históricas, e que volta a ameaçar um golpe de estado?

Vocês acreditam que esse país voltará a reativar sua economia, sua vida normal, ter sua população novamente voltada a trazer o progresso desse país ainda esse ano?

A mim parece que a resposta a essas perguntas é não.


Presidente dos imunologistas espanhóis: "Temos que mudar o nosso chip de vida. Pandemia vai durar"

Presidente da Sociedade Espanhola de Imunologia, Marcos López Hoyos alertou que este ano deve-se novamente evitar celebrar a Páscoa devido à pandemia do novo coronavírus.

Numa altura em que o mundo enfrenta mais desafios com o aparecimento de novas variantes do vírus responsável pela covid-19, o presidente da Sociedade Espanhola de Imunologia, Marcos López Hoyos, alerta que esta pandemia é "crónica" e "vai durar".

O especialista espanhol, que é também diretor científico do Instituto de Pesquisas Marqués de Valdecilla, considera que novo coronavírus vai perdurar no tempo e as pessoas vão ter de se adaptar a uma nova realidade. "Temos que mudar o nosso chip de vida", defende.

López Hoyos, em declarações neste domingo à rádio RNE, recolhidas pela Europa Press, alertou ainda que vai ser necessário evitar novamente as celebrações da Semana Santa, que se assinala dentro de pouco mais de um mês ."Devemos esquecer a Páscoa este ano. Devemos esquecer e devemos ser já claros sobre isso", defende o imunologista.

O presidente da Sociedade Espanhola de Imunologia sublinha que esta é "uma pandemia crónica, que vai durar".

Os gastos do governo em comida

Vamos lá ao que interessa. Após fazer uma piada numa postagem do Governador Requião, a verdade é que os gastos foram feitos com alimentação de acordo com vários Ministérios e órgãos governamentais. Ao levarmos em conta que essas instituições têm, histórica e obrigatoriamente, que fornecer a alimentação a seus servidores e agregados, então os gastos se justificam, e também se justifica o aumento de cerca de 20%, que é absolutamente compatível com a inflação que todos observaram nos alimentos no último ano, e talvez tal aumento esteja até abaixo da inflação desses produtos.

Mas isso não significa que não se possa discutir alguns gastos, como o com chicletes ou batata fritas, e a necessidade de se descricionar os gastos por Ministério e por órgão. Porque uma coisa é fornecer comida a tropas, universidades, ou postos governamentais que apresentem difícil acesso, outra é oferecer mordomias a algumas castas de servidores públicos.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

A polêmica da Vacina da Pfizer

O Ministério da Saúde soltou a nota oficial abaixo. Nela há a confirmação de que houve contato entre o Governo Brasileiro e a farmacêutica Pfizer, no sentido de fornecimento de doses da vacina contra a Covid, que poderia ser desenvolvida pela indústria farmacêutica, e que foi recusado pelo Governo Brasileiro.

Não temos informações suficientes para afirmar que todas as informações abaixo são verdadeiras, ou que são falsas. Mas temos informações paralelas que nos levam a afirmar que, mesmo que todas as situações abaixo sejam corretas, ainda assim houve erro e displicência do Governo Brasileiro nas tratativas com o laboratório. Vamos a elas.

1- Propostas, ainda mais em nível governamental, são negociáveis. Então cabia ao Governo Brasileiro negociar com o laboratório sobre as cláusulas que se considerassem abusivas ou inapropriadas;

2- A afirmação das poucas doses, e do efeito de frustração que causaria na população não se sustentam, porque um país tão populoso como o Brasil não pode se fiar em apenas um fornecedor. Isso se comprova com as aquisições da Coronavac, Astrazeneca, e da Sputnik V (feita pelo consórcio do NE). A composição de todas elas atenderiam a população brasileira, e a vacina da Pfizer seria mais uma.

3- Jurisdição das disputas. Ora, as cláusulas tentadas pela farmacêutica estão de acordo com o que reza a legislação americana. Cabia ao Brasil buscar outra jurisdição para resolver disputas. Isso foi tentado?

4- Diferente do que afirma a nota, o Presidente da República, ele mesmo, desdenhou da vacina em questão, afirmou que não tomaria, e ainda por cima levantou suspeitas infundadas sobre a mesma. Se é verdade que a farmacêutica pode ter tentado se eximir de responsabilidades por efeitos colaterais, é ainda mais verdade que foram levantadas suspeitas infundadas sobre a eficácia da droga, e possíveis efeitos colaterais. Talvez fosse engraçado numa mesa de boteco, mas vindo do Presidente da República é, no mínimo, irresponsável.

5- Falta de penalização no atraso não é desculpa para a não assinatura. Porque se há atraso, não há pagamento.

6- O Brasil abrir mão da soberania de seus ativos no exterior faz sentido, mas como todo o resto, é negociável.

7- O Governo Brasileiro diz esperar um posicionamento diferente do laboratório. Isso foi tentado? Foi pedido? Foram feitas contrapropostas?

8 - A questão da logística é algo a ser preparado. Nenhum, ou quase nenhum país do mundo está preparado para lidar com tantas doses de uma vacina que exige tantos cuidados, mas vários buscaram soluções para isso. Diferente do que afirma a nota, ou o próprio Presidente da República, isso não é apenas responsabilidade da farmacêutica, mas também do Governo Brasileiro, já que há interesse mútuo.

9- Por fim a desculpa esfarrapada de não haver uma minuta do contrato. Mas como haver uma minuta para ser estudada e proposta, se tantos pontos fundamentais de um possível acordo estão totalmente a descoberto, e longe de qualquer definição?


NOTA

Publicado em 23/01/2021 18h51 Atualizado em 23/01/2021 21h15

O Governo Federal/Ministério da Saúde informa que recebeu, sim, a carta do CEO da Pfizer, assim como reuniu-se várias vezes com os seus representantes. Porém, apesar de todo o poder midiático promovido pelo laboratório, as doses iniciais oferecidas ao Brasil seriam mais uma conquista de marketing, branding e growth para a produtora de vacina, como já vem acontecendo em outros países. Já para o Brasil, causaria frustração em todos os brasileiros, pois teríamos, com poucas doses, que escolher, num país continental com mais de 212 milhões de habitantes, quem seriam os eleitos a receberem a vacina.

Entretanto, não somente a frustração que a empresa Pfizer causaria aos brasileiros, as cláusulas leoninas e abusivas que foram estabelecidas pelo laboratório criam uma barreira de negociação e compra. Como exemplo, citamos cinco trechos das cláusulas do pré-contrato, que já foram amplamente divulgadas pela imprensa:

1) Que o Brasil renuncie à soberania de seus ativos nos exterior em benefício da Pfizer como garantia de pagamento, bem como constitua um fundo garantidor com valores depositados em uma conta no exterior;

2) O afastamento da jurisdição e das leis brasileiras com a instituição de convenção de arbitragem sob a égide das leis de Nova York, nos Estados Unidos;

3) Que o primeiro e segundo lotes de vacinas seja de 500 mil doses e o terceiro de um milhão, totalizando 2 milhões no primeiro trimestre, com possibilidade de atraso na entrega (número considerado insuficiente pelo Brasil);

4) que havendo atraso na entrega, não haja penalização; e

5) Que seja assinado um termo de responsabilidade por eventuais efeitos colaterais da vacina, isentando a Pfizer de qualquer responsabilidade civil por efeitos colaterais graves decorrentes do uso da vacina, indefinidamente.

Após o Governo Federal ter adquirido toda a produção inicial da vacina do Butantan (da Sinovac) - 46 milhões de doses -, com opção de compra de mais 54 milhões, ter recebido da Índia 2 milhões de doses da Astrazeneca / Oxford, com opção de importação de mais doses, além da produção dessa vacina pela Fiocruz de 100,4 milhões de doses no primeiro semestre e mais 110 milhões de doses no segundo semestre, considerando também a possibilidade de aquisição de 42,5 milhões de doses pelo mecanismo Covax Facility, representantes da Pfizer tentam desconstruir um trabalho de imunização que já está acontecendo em todo o País. Criando situações constrangedoras para o Governo Brasileiro, que não aceitarão imposições de mercado - o que também não será aceito pelos brasileiros.

Em nenhum momento, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde fechou as portas para a Pfizer. Em todas as tratativas, aguardamos um posicionamento diferente do laboratório, que contemple uma entrega viável e satisfatória, atendendo as estratégias do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, uma ação de valores mercadológicos e aplicação jurídica justa que atenda ambas as partes.

Além da Pfizer,  com a qual o Governo Brasileiro continua em negociação, outros laboratórios já estão em fase avançada de negociações com o Brasil, dentro dos princípios e normas estabelecidas.

Merece destaque o fato de que, além dos aspectos já citados, é a única vacina que precisa ser armazenada e transportada entre -70°C e -80°C, prevendo um intervalo de três semanas entre primeira e segunda doses.

Além disso, o laboratório não disponibiliza o diluente para cada dose - que ficaria a cargo do comprador.

Embora o laboratório tenha criado uma solução para a conservação das doses durante o transporte (uma caixa de isopor revestida por um papelão não impermeável, que nos foi apresentada ao final de novembro, naquela oportunidade com a informação de conservação por 15 dias) e tenha oferecido fazer a logística desde a chegada dos EUA até o ponto designado pelo Ministério da Saúde, junto ao CONASS e CONASEMS, a Pfizer não se responsabilizaria pela substituição do refil de gelo seco - que deverá ser reposto a cada cinco dias (informaram que a conservação seria de 30 dias no mês de dezembro). Nos contatos de agosto, setembro e outubro, não havia ainda nos sido apresentada a alternativa da caixa térmica.

Além disso, a Pfizer ainda não apresentou sequer a minuta do seu contrato - conforme solicitado em oportunidades anteriores e, em particular na reunião ocorrida na manhã de 19 de janeiro – e tampouco tem uma data de previsão de protocolo da solicitação de autorização para uso emergencial ou mesmo o registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ministério da Saúde

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Farinha pouco meu pirão primeiro

Vamos ser bastante claros: o problema abaixo já era mais do que esperado. No início do ano passado já era dito que a indústria farmacêutica não teria capacidade de fornecer as bilhões de doses necessárias de uma eventual vacina, no curto prazo que as diversas sociedades nacionais demandariam, e que era muito provável que os países que desenvolvessem a droga iriam exigir primazia no recebimento.

Pois é exatamente o que está acontecendo. EUA, Europa, e até a China (em certa medida) estão decidindo quem recebe, e quem não recebe a vacina neste exato momento.

Agora talvez alguns prestem mais atenção ao PND de Ciro Gomes, que prevê incentivo a indústrias nacionais do complexo da saúde, tanto na produção de insumos, quanto de fármacos. Se tivéssemos esse setor mais desenvolvido, não apenas não estaríamos gastando milhões de dólares com a importação de insumos e de drogas, como estaríamos produzindo nossa própria vacina, e ainda exportando o excedente.

O Brasil precisa voltar a se industrializar. A utilização de setores que nos ofereçam melhor condições para isso é o começo, mas de forma alguma é o final desse processo.


UE ameaça barrar exportação de doses da AstraZeneca e emergentes protestam

A Europa subiu o tom contra a AstraZeneca e ameaça impedir as exportações de vacinas contra a covid-19 da empresa britânica enquanto não for cumprido o contrato de fornecer as doses à UE (União Europeia). A iniciativa abriu uma crise entre a UE e países em desenvolvimento e explicitou a guerra pelos imunizantes no mercado internacional.

Diante do gesto europeu, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, usou um discurso nesta terça-feira no Fórum Econômico Mundial para denunciar o "nacionalismo de vacinas" e alertar aos países ricos que não abandonem mais da metade do mundo.

Aprofundamento da crise à vista

A crise do Coronavírus segue sem a menor previsão de solução no Brasil, as indústrias deixam o país de forma ainda mais acelerada, as relações internacionais, que eram ruins, azedaram de vez, e tendem a piorara ainda mais com a assunção de Biden nos EUA, fim do auxílio emergencial, o Presidente volta a fazer ameaças ao processo democrático, instituições inertes, omissas, a política econômica do governo é de espólio, onde grandes grupos privados nacionais e internacionais brigam pelas partes interessantes do que resta do patrimônio público, mas nada se faz para que a economia, a geração de empregos, ou a melhora da renda aconteçam, ao contrário, todas as ações são no sentido de deteriorar ainda mais os já fragilíssimos indicadores econônicos do país.

Tudo isso pode ser revertido, não sem sangue, suor e lágrimas. Isso não aconteceria porque seria necessário piorar ainda mais para depois melhorar um pouquinho (como prega a atual política econômica), mas porque seria necessário mexer em interesses poderosíssimos de "castas" entrincheiradas no serviço público, e dos grandes grupos que disputam os restos mortais de nossa infraestrutura produtiva.

Você acredita que esse governo irá contrariar esses interesses, após passar mais de dois anos apoiando e incentivando essas aberrações, e dizendo ser isso um direito?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

População acelera suas ações pró-impeachment

Esta semana as ações a favor do impeachment do Presidente Jair Bolsonaro começaram a crescer. A imprensa tradicional passou a ostentar a palavra impeachment em suas páginas, as redes sociais aumentaram as críticas e os pedidos de impeachment, panelaços com gritos de "Fora Bolsonaro" foram organizados, e este final de semana aconteceram carreatas como forma de protesto e pressão contra o Presidente. As ações aconteceram por todo o país, e tendem a aumentar, porque existe planejamento de novas ações para a próxima semana.

Mas elas têm que aumentar de tom, têm que aumentar a participação da população, e têm que aumentar o alcance, porque é a única forma de mobilizar o até agora inerte Congresso.


Boletim da pesquisa Direitos na Pandemia - Mapeamento e análise das Normas Jurídicas de Resposta à Covid-19 no Brasil. O estudo é feito pela Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário da Faculdade de Saúde Pública da USP, e pela organização Conectas Direitos Humanos. No Boletim foram analisadas ações e medidas tomadas durante a pandemia, e ficou nítida a busca do Governo Federal em favorecer interesses econômicos, em detrimento da saúde da população.

Bom, sem querer desrespeitar o trabalho, até porque estão sendo recolhidos inúmeros dados do período, mas essa conclusão era mais do que óbvia, porque o próprio Presidente Bolsonaro disse inúmeras vezes que sua ordem era dar atenção à economia, e em diversas ocasiões disse que não faria nada em relação a crise sanitária, "porque não era coveiro, porque todos morrem, porque é coisa de bicha, e outras tantas". Também cansou de indicar medicamentos sem nenhuma comprovação científica de eficácia, tomar atitudes que incentivavam o ajuntamento de pessoas, a quebra das regras de isolamento, etc.

Claro que o estudo é importante, até porque baseará em fatos coletados toda essa responsabilidade, que no fim das contas recai sobre o Presidente e seus apoiadores mais próximos, porque quem não se alinhou com essa política caiu (menos o Moro, este caiu por outros motivos).


Segundo relatos conseguidos pela revista Carta Capital, o Presidente Bolsonaro proibiu seus colaboradores, e o próprio Governo Federal, de atender solicitações do Governo de São Paulo, comandado por João Doria. Bolsonaro já tinha feito isso em relação ao Nordeste, e a alguns estados que são comandados por partidos de oposição, notadamente os do campo progressista.

Isso é crime de responsabilidade, mas dependendo de seus desdobramentos pode dar origem a outros crimes, como a falta de atenção à saúde pública em Manaus, na atual crise da falta de oxigênio medicinal.

Tal atitude deve levar o estado do sudeste a se mobilizar de forma mais contundente contra o Presidente. 

Bolsonaro cava a própria cova. A dúvida é se vão jogá-lo nela ou não?

domingo, 24 de janeiro de 2021

Aprovação de Bolsonaro cai

Os índices de aprovação caíram de 37% para 26%, algo que já era esperado, e por vários motivos. A péssima lida com a pandemia, a insistência em mentir, a desastrosa gestão econômica, o total desprezo pelo povo, mas principalmente o fim do auxílio emergencial. Se fosse um ou outro o problema, até poderia passar, mas quando se junta tudo no mesmo saco, não tem como manter a popularidade.

Mas o Presidente é tinhoso, e está fazendo aquilo que os politiqueiros brasileiros mais gostam que aconteça: os está comprando. E o faz tão bem, que pode eleger as Presidências da Câmara e do Senado. Claro, isso pode ocorrer com a providencial ajuda de alguns que se acham políticos puros, que não se maculam fazendo acordos, etc. Ao não fazerem esses acordos podem aumentar o poder de um cadáver político.

O problema é que quem sofre com isso não são eles, que seguirão com seus gordos salários, em suas cruzadas contra moinhos de vento. Quem sofre todos nós sabemos quem são.

E não enxergam que podem abrir espaços para coisas ainda piores, porque o cadáver político pode ressurgir como zumbi, e zumbi come cérebros humanos. 

Os índices, e boa parte da sociedade quer o impeachment. Diria até que a maior parte da sociedade o quer, mas parece que nossos políticos têm outros planos, que passam longe daqueles que disseram representar.

Diminui o orçamento para o Meio Ambiente

Seria um enorme desastre se o Ministério que cuida do Meio Ambiente brasileiro fosse realmente ativo em sua defesa, na aplicação da boa legislação que temos para o setor, e na busca de novas soluções de desenvolvimento sustentável.

Acontece que já está mais que provado que a Pasta faz exatamente o contrário disso tudo aí de cima, então realmente não vejo com maus olhos essa diminuição de recursos.

-Ah, mas e o teto de gastos?

Ora meus caros, o teto de gastos precisará ser revogado pelo próximo presidente, porque não é apenas a máquina pública que estará em risco de colapso com ele, mas também os bilionários repasses que o Governo faz de forma direta para alguns setores.



sábado, 23 de janeiro de 2021

Concerto para Flauta de Vivaldi

A flauta doce me irritava profundamente quando minha irmã resolveu aprender a tocá-la na adolescência. Mas aí eu ouvi isso, e a antipatia pelo instrumento passou.





 



sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Começam articulações pelo impeachment

Ainda é cedo para dizer que os dias de Bolsonaro e os filhos estão contados na política, mas é fato que  já começaram as articulações para afastar o Presidente do cargo, o que provavelmente afetaria diretamente os 3 filhos com cargos públicos. Caciques políticos de vários partidos e correntes ideológicas começam a se mover, a imprensa tradicional aumenta a pressão, e a população começa a se articular, todos no sentido de afastar o atual Presidente.

Mas se isso tudo resultará em êxito da empreitada é outra história, porque no momento o Presidente tem o apoio de pouco mais de 1/3 da Câmara, e talvez mais de 50% do Senado. Para essa equação tomar tendência para seu afastamento a pressão precisará ser grande.

Só que no caso de Bolsonaro não basta afastá-lo, porque foram muitos os crimes cometidos até o momento, e ele e os filhos precisam pagar por esses crimes, não só criminalmente, mas também civilmente, com indenizações pesadas, porque é a única forma de se mostrar que o caminho adotado pela família não é adequado.

Um dia o país precisa tomar um rumo realmente positivo, e esse é um momento muito propício para isso começar.


Nova ofensiva pró-impeachment de Bolsonaro inclui Haddad, Amoêdo, Vem Pra Rua e MBL

Movimentos, artistas e juristas intensificam campanha por crime de responsabilidade na falta de combate à pandemia

SÃO PAULO

Opositores do governo Jair Bolsonaro (sem partido) intensificaram campanhas pelo impeachment do presidente e afirmam que a mobilização social ganhou corpo nos últimos dias, impulsionada pelo colapso da saúde em Manaus e pela reação negativa em relação ao início da vacinação no país.

Movimentos como o Vem Pra Rua e o MBL (Movimento Brasil Livre), que encabeçaram as manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), agora exercem pressão pela saída de Bolsonaro.

Nomes da política à direita e à esquerda, como João Amoêdo (Novo) e Fernando Haddad (PT), também aderiram à campanha pelo impeachment nas redes sociais. Em entrevista à Folha publicada nesta segunda (18), o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Ayres Britto defendeu o afastamento de Bolsonaro.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Confusões na sucessão na Câmara?

A pouco mais de uma semana tivemos uma grande confusão sobre a sucessão da Presidência da Câmara dos Deputados. Uma fala equivocada de Baleia Rossi sobre os acordos com a oposição fizeram com que o PT pulasse, mas não só ele, outros partidos e líderes da oposição também.

Acontece que ninguém atentou ainda que não há disputa acirrada pela Presidência da Casa que representa o povo, mas apenas uma disputa entre alas da mesma corrente política. A grande verdade é que essa turma que compõem esses partidos do chamado centrão não estão seriamente preocupados com a população brasileira, e se dividem entre os que estão ali por interesses próprios e pessoais, e os que defendem interesses da elite econômico-financeira vigente.

Nada que não se pudesse esperar.

Baleia Rossi ameniza fala sobre impeachment que causou tensões com a oposição

'Vou honrar cada compromisso firmado com os partidos de oposição. Antecipar juízos agora não ajuda'

Na tentativa de amenizar tensões com o PT e garantir votos do partido para sua candidatura à presidência da Câmara, o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) procurou a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann (PT-PR), para esclarecer sua declaração contrária à abertura de um processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, feita ao jornal Folha de S. Paulo, e prometeu honrar compromissos firmados com a oposição. Nesta manhã, Gleisi cobrou publicamente o emedebista sobre a fala.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Ultimo obstáculo para o Socialismo?

Após mais uma afirmação falsa e mentirosa, o Presidente da República voltou a aludir algo totalmente anacrônico para ameaçar a população brasileira, e sutilmente, incentivar as Forças Armadas a aplicar um golpe no país. De quebra ainda voltou a atacar desnecessariamente o presidente de um país vizinho.

Até quando a população brasileira e nossas autoridades irão aturar os excessos e crimes desse senhor que ocupa a cadeira da Presidência da República?

Como sempre o título leva ao artigo completo.

Bolsonaro: ‘Nós, militares, somos o último obstáculo para o socialismo’

Criticado pela demora do governo federal na construção de um plano nacional de vacinação contra a Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro recorreu a um discurso ‘ideológico’ nesta segunda-feira 18, ao conversar com apoiadores na porta do Palácio da Alvorada.

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Irresponsável politiza a vacina

Um irresponsável começa por lamentar a aprovação das vacinas Coronavac e da Astrazeneca, se corrige, mas insiste em politizar a única alternativa viável como prevenção à catástrofe humana que é a atual pandemia. O ar de tristeza não esconde sua decepção.

Lamentável que essa pessoa seja o Presidente do Brasil.

Por sinal, já passou da hora de ele ser destituído das funções que ele tanto reclama que atrapalham sua vida.

E na sequência pague por seus crimes.






segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Parabéns Corpo Técnico

Após muitas idas e vindas, confusões desnecessárias, e tentativas fúteis e vãs de tentar impedir a aprovação das vacinas, a ANVISA finalmente aprovou a Coronavac e a Astrazeneca.

A população brasileira lamenta, e não se esquecerá, de toda a trapalhada e politização irresponsável e criminosa promovida por parte importante do governo e da cúpula política indicada para o órgão regulador do setor de saúde.

E a população brasileira agradece a todo o Corpo Técnico da Anvisa e do SUS pelo trabalho prestado na liberação das vacinas, e na imunização das pessoas, que começa agora. Lembrando que esse pessoal é imprescindível na manutenção da saúde de todos que residem, ou transitam no Brasil.

Todo apoio ao SUS!

E vacine-se. É a única prevenção à doença.

Veja o vídeo de Mônica de Bolle, que responde a uma série de perguntas, e dá muitas informações sobre as vacinas.



domingo, 17 de janeiro de 2021

Aproximação UE e Ásia

Enquanto a União Europeia, os asiáticos, e até mesmo africanos (estes orientados pela China), aumentam seus entendimentos, sua aproximação, e tornam o mundo um lugar cada vez mais global (tudo sem abrir mão de suas nacionalidades e autodeterminações), o Brasil segue a contra-mão dessa tendênica, e nem mesmo o pífio acordo assinado entre a UE e o MERCOSUL, que tem enormes chances de não ser ratificado nem pelos parlamentos nacionais europeus, e mesmo dos sulamericanos, mudam essa perspectiva. 

O Brasil tem conseguido a proeza de, com todo seu tamanho e importância, estar perdendo o respeito, a liderança, e a posição de destaque dentro do próprio MERCOSUL, porque tem promovido uma política externa desastrosa, baseada em ideologia que foi abandonada há mais de um século, e que apenas reemerge em regimes de exceção, e que comumente terminam em desastre para os que a seguem. 

Por isso o país deveria buscar novos rumos urgentemente, algo que foi feito ao longo do último século, mas que foi estupidamente abandonado nos últimos dois anos, quando um posicionamento subserviente para alguns atores internacionais, e agressivo injustificavelmente agressivo para com outros, fez com que o país caísse de vez em descrédito, algo que já acontecia de forma mais sutil, quando da usurpação do poder por um grupo irresponsável em 2016.

Mas se o Brasil deve buscar novos rumos com urgência, isso não será feito com esse (des)governo, até porque ele já deixou muito claro que, de uma forma ou de outra, buscará sempre o caos, a desunião, e atingir objetivos pessoais, independentemente dos interesses do país, e de seu povo. E temos solução, porque se no caso de Dilma houve um impeachment sem crime, o que acaba por se configurar num golpe, na atualidade não faltam crimes, e dos mais variados possíveis, abrangidos por crimes comuns, de responsabilidade e constitucionais, que vão desde ataques à soberania nacional, a tentativa de intervenção em outros poderes, armar e sublevar a população, ataques a grupos, etc, etc, etc. A verdade é que todos estão descritos, e na mesa do Pres. da Câmara dos Deputados repousam ao menos 50 deles,  com os respectivos pedidos de impeachment, que seguirão lá, seja qual for o eleito para suceder Maia, porque também estarão, ou diretamente aliados ao originador desses crimes, ou taticamente aliado ele.

Enquanto isso o Brasil empobrece, seu povo vê as perspectivas de melhoria e de ascensão se distanciarem cada vez mais, o país se isola, e apenas uma minúscula (cada vez mais) elite se refastela nesse lodaçal.

Ou o país muda, ou os mais terríveis pesadelos de seu povo se tornarão ainda mais comuns. A propósito, isso já está acontecendo.


A parceria estratégica entre a Europa e o Sudeste Asiático


Nesta semana realizou-se a 23.ª Reunião Ministerial de Negócios Estrangeiros entre a União Europeia (UE) e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), cujo principal resultado foi a elevação do diálogo entre as duas organizações ao nível de parceria estratégica. É uma decisão muito importante, porque significa aprofundar o relacionamento e estendê-lo a áreas-chave como o ambiente, a economia e a segurança. A UE já dispõe de parcerias estratégicas com países como o Brasil ou a Índia, e será agora muito útil desenvolver estoutra com essa parte tão relevante da Ásia. Por várias razões.

A primeira é uma questão de dimensão. A ASEAN é composta por dez países do Sudeste Asiático, representando 650 milhões de pessoas e mais de um décimo do produto mundial. Entre esses países encontram-se alguns dos mais populosos do globo, como a Indonésia (270 milhões de habitantes), as Filipinas (108 milhões) ou o Vietname (96 milhões), ou um entreposto comercial e financeiro tão relevante como Singapura. Acresce que Timor-Leste é candidato à organização.








quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Desastre humanitário?

A colouna de Mônica Bergamo denunciou, e o assunto está sendo debatido com paixão pelos opositores ao (des)Governo Bolsonaro.

Antes de tudo, minha solidariedade e sentimentos às famílias de todos aqueles que faleceram devido o descaso.

Agora vamos entender que isso não foi um acaso, não foi um erro, não foi um acidente. O que se passou em Manaus, e que segundo Mônica Bergamo, matou muitas pessoas, inclusive uma ala inteira de um hospital na Capital do Amazonas, é fruto da irresponsabilidade, ineficiência, e é um crime. Se a total falta de ação, que poderia ter evitado a tragédia, foi dolosa ou culposa é algo que se precisa investigar e definir, mas não resta dúvidas que isso é um crime.

O Impeachment já passou muito da hora, e não só o Governo Federal é culpado, ele tem muitos cúmplices nas Casas Legislativas.

Com certeza é um Desastre Humanitário, mas também é um Crime, e precisa ser punido com severidade.

Oxigênio acaba em hospitais de Manaus; pesquisador diz que leitos viraram câmara de asfixia

Pacientes estão sendo transferidos para o Piauí e outros estados



segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

A esquerda se articula sem o PT?

A nota abaixo saiu na Veja. Mas esse tema não vem sendo tratado apenas pela revista, que de expoente, se tornou excedente. Outros veículos também já falam disso. E isso era algo plausível de ocorrer, mais cedo ou mais tarde, pelo projeto petista de poder, que se sobrepõem a qualquer projeto de país. Então era natural que, ou os outros partidos se articulavam sem PT - e dessa vez num projeto mais democrático - ou eles sucumbiriam ao projeto petista. Parecem estar optando pela segunda opção. Pelas últimas eleições municipais isso pode funcionar, acontece que, se eleições municipais dão ideia de rumo, essa ideia é pálida e absolutamente etérea. 

Vejamos, Bolsonaro faz um (des)governo desastroso e, ao mesmo tempo que consome o país, também o destrói, numa composição que nos leva diretamente à hegemonia das forças que fizeram a independência política com Portugal, baseada principalmente no agronegócio exportador. A essas forças hoje acrescemos o chamado "mercado financeiro". Ambos são absolutamente imbricados e subservientes a forças externas, que os norteiam. O atual Presidente, para estar no poder, se submete aos dois, mas não de bom grado, já que seu projeto pessoal seria de uma ditadura muito mais sanguinária do que sua inação e a pandemia oportunista lhe permitiram.

Nesse quadro dificilmente Bolsonaro se reelege, mas ele deverá estar no segundo turno. A questão é contra quem? A ideia desses setores é colocarem dois representantes seus, Bolsonaro, e Moro ou Huck. O ideal deles é que as opções batam o atual Presidente, mas Bolsonaro, serve. Até mesmo um candidato petista serviria, afinal de contas, em que os petistas realmente mexeram em seus 14 anos de poder?

Mas a esquerda (?) que se articula sem o PT é seu verdadeiro adversário. Com um projeto de país, de reindustrializar, de incentivar pesquisa, produção, incluir classes médias e trabalhadoras de forma ativa, e não passiva, nos destinos do país, esses são os verdadeiros adversários do projeto de neocolônia encabeçado por essas forças reacionárias descritas acima.

Se a frente ampla de centro-esquerda conseguir se articular e levar sua mensagem à população, aí ela terá chances reais de colocar um candidato no segundo turno, sobrepujando até mesmo o PT, que mingua a cada eleição, como suas ações tresloucadas e pouco críticas indicavam que aconteceria.

Mas esta frente precisa ultrapassar a barreira que se autoimpôs até o momento, que é estar falando para uma parcela, sem dúvida alguma importante da população, mas insuficiente para levar seu projeto ao segundo turno.

Essa frente também precisará ultrapassar a barreira do PT, que mesmo minguando, ainda pode impor muitas dificuldades dentro do próprio campo do chamado progressismo.

Em segundo, essa frente precisa ultrapassar a barreira do boicote, imposto pelo hegemonismo econômico-midiático do país, que quer ver o capeta (até o fazem constantemente), mas não querem ver um projeto como o desse campo eleito e sendo implementado.

Por último, a união é o primeiro passo, mas está longe de ser suficiente. A frente também precisará ultrapassar a barreira do próprio campo, que tem condições de colocar um candidato no segundo turno, mas não fracionada. Para isso serão necessários votos da chamada centro-direita. Isso vem sendo construído.

Como os partidos de esquerda planejam abandonar o PT em 2022

Articulação de uma frente progressista que isole o petismo é a vingança encontrada por siglas de esquerda após traições do partido de Lula

Por Robson Bonin Atualizado em 7 jan 2021, 16h18 - Publicado em 8 jan 2021, 10h29 

Caciques de partidos de esquerda passaram os últimos dias do ano avaliando como costurar uma frente ampla de forças progressistas de modo a colocar de pé um projeto competitivo para as eleições de 2022. 

Articulado entre PDT, PSB e PCdoB, o movimento tenta atrair o PSOL. O PT? Para os caciques envolvidos na conversa, é hora de abandonar o petismo. As eleições de 2020 uniram as forças de esquerda contra o projeto hegemônico petista, que nada constrói, e a ninguém é capaz de apoiar. 



domingo, 10 de janeiro de 2021

Sexta-feira foram batidas metas fúnebres

No Brasil duas metas absolutamente fúnebres e tétricas foram ultrapassadas. Na verdade, a primeira foi na quinta-feira, e a segunda na sexta-feira. A primeira foi a casa de 200.000 mortos oficiais pelo Covid-19. Um número muito alto, ainda mais se levarmos em conta projeções moderadas de cientistas e médicos, de que os números da Covid-19 estão ao menos 50% defasados. Ou seja, as mortes já teriam ultrapassado os 300.000.

A outra só foi ultrapassada na sexta-feira, e foi a casa de 8.000.000 de infectados pelo Covid-19. Levando em conta o mesmo tipo de projeção, esse número estaria na casa dos 12.000.000 de infectados.

São números muito altos, e se você não consegue mensurar isso, os mortos e infectados oficiais seriam respectivamente equivalentes a três Maracanãs lotados, ao estado de Santa Catarina. Se juntarmos as mortes, às pessoas que ficaram com sequelas sérias, então esse número é ainda pior.

Voltando ao golpe nos EUA

Vi alguns falando em golpe, outros em tentativa de golpe frustrados, mas sempre tendo como alvo as ações de Trump, e nunca as reações. Pois vamos fazer uma análise rápida, mas um pouco mais abrangente dos acontecimentos de 06/01/21 em Washington D.C.

Houve a manifestação, com direito a invasão do Congresso Americano (Capitólio), e 5 mortos até o momento (que tenho notícia). Pois bem, Trump até podia não ter em vista um golpe (o que duvido), e buscar apenas confusão e preparação para uma oposição raivosa a Biden. O problema é que as ações tinham potencial golpista (e um golpe não necessita de tanques nas ruas - vide a Turquia de Erdogam).

Aqui temos que levar em conta duas condições. A primeira é que Trump incentivou e apoiou os atos antes, durante, e depois de acontecidos. A segunda é que seu discurso, mesmo quando pediu "calma" inflamava os ânimos ao repetir as mentiras de sempre, sobre fraude, golpe, etc. Ou seja, o Presidente Americano, está diretamente envolvido em tudo que aconteceu. Tanto é que, apesar de suas mensagens pedindo não violência, nada fez de efetivo para proteger o patrimônio público, vidas e o processo democrático. Sua omissão é a digital de seu envolvimento.

Mesmo assim a reação foi dura, não apenas fisicamente contra os manifestantes, mas também politicamente contra Trump e seus aliados. Os pedidos de impeachment e de aplicação da 25ª emenda dão o tom, assim como o cancelamento de contas nas redes sociais.

E isso teria sido absolutamente aceitável, caso tivessem sido tomadas as medidas legais que o momento requeria, e a situação voltasse simplesmente à normalidade. Mas tal não ocorreu.

Primeiro, segundo Monica De Bolle (vide o vídeo a partir de 23min15seg), o único que tem poder para convocar a Guarda Nacional em Washington é o Presidente. Pois bem, que o fez foi o Vice-presidente Mike Pence. Além disso, segundo relatos, Trump hoje não passa de um "objeto decorativo" na Casa Branca, sem nenhum poder de mando. 

Ora, lhe foram revogados os poderes constitucionais e legais de forma informal? Sim?

Então tivemos um contra-golpe, onde Trump, apesar de permanecer na cadeira, já não é mais o Presidente Americano, porque lhe foram quitados os poderes. Paralelo a isso, caciques do partido republicano abandonam o barco, e o que parece que ficará é um capitão, que afundará sozinho com alguns ratos.

As forças tradicionais tentam refundar o partido republicano, com o que de minimamente racional sobrou nele, enquanto tentam destruir o trumpismo através de seu líder máximo, restaurando o bipartidarismo empírico que se observava em terras de Tio San.

Como a tendência é que Trump afunde realmente nesse processo, resta saber se o trumpismo sobreviverá sem Trump. Mas em o fazendo, a divisão será feita por três, com os democratas sendo o maior partido nessa largada, o trumpismo o segundo, e os republicanos tentando recuperar o terreno que perderam ao buscar o poder através de um tresloucado, que acabou por ruir as bases históricas do partido.

Quanto ao golpe de Estado americano, ele acaba dia 20 de janeiro, mas ele ocorreu, mesmo que por pouco tempo.

Para quem acha que golpe de Estado só se dá com tanque nas ruas, aí estão duas definições para a situação.

Golpe de Estado, também conhecido internacionalmente como Coup d'État (em francês) e Putsch ou Staatsstreich (em alemão), consiste no derrube ilegal, por parte de um órgão do Estado, da ordem constitucional legítima.[1] Os golpes de Estado podem ser violentos ou não, e podem corresponder aos interesses da maioria ou de uma minoria.

golpe de Estado
• .Ação de uma autoridade que viola as formas constitucionaisconquista do poder político por meios ilegais.




sábado, 9 de janeiro de 2021

Nightwish

 Meia hora de Nightwish ao vivo na Alemanha, no Festival Taubertal. Meia hora com Tarja Turunen, uma das melhores intérpretes do Heavy Metal.




 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Confusão ou Golpe?

Os acontecimentos de ontem na Capital dos EUA não são tão graves, mas são. Entendam, isoladamente eles não preocupam, mas num contexto histórico, e num contexto de tempo mais amplo, eles preocupam sim, e muito. Com todo esse quadro já há muitos que consideram a tentativa de um golpe por parte do atual ocupante da Casa Branca. Ainda que se possa falar nisso, realmente não vejo, no momento as condições efetivas para a concretização de uma ação como essa, o que não significa que ela não possa ser realmente criada. Situações são momentâneas, e podem mudar com o tempo. A assunção de Biden não parece estar sob risco.

E a forma de fazer com que eles não preocupem é com as instituições da nação do Norte tomando as ações necessárias, no momento certo, ou seja, assim que ele deixe a Presidência do país.

As Leis americanas são diferentes das brasileiras, mas se há uma coisa que todos os juristas têm sido unânimes em dizer é que ele cometeu inúmeros crimes durante seu período na Presidência.

Mas a grande verdade é que, se as instituições ianques tivessem agido realmente no tempo correto, isso tudo teria sido evitado, porque o atual presidente americano nem mesmo teria concorrido nas eleições de 2016.

Algo muito parecido com o que ocorre no Brasil, onde uma permissividade excessiva se permite a determinadas figuras, e isso tem cobrado seu preço. Que não cheguemos ao mesmo desfecho que ao Norte do Continente.

Confusão ou Golpe? Isso apenas a própria sociedade e suas instituições poderão definir, com suas ações e omissões.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Brexit complicado

Desde janeiro de 2020 o Reino Unido já não era mais membro da União Europeia, mas as regras que regiam sua presença na UE seguiram vigendo até o final do ano, quando seriam suspensas definitivamente. Por isso era tão importante que o RU alcançasse um bom acordo com o Continente, mas o Continente também tinha interesse nesse acordo. 

O grande problema é que, como sempre, um lado queria ter mais vantagens que o outro, e com isso o acordo foi protelado ao máximo, mas acabou por sair no apagar da luzes.

O resultado foi um acordo que parece ter contemplado a todas as partes, e nenhum lado conseguiu vantagens a mais. Só que o RU pode perder mais, porque boa parte de seu PIB tem se baseado no setor financeiro, e o livre fluxo de capitais entre as Ilhas e o Continente foram restringidos, e tiveram seu controle aumentado. Mas isso já era esperado.

Só que nem todos estão contentes nas Ilhas, tanto que a Primeira Ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, diz que pretende regressar seu país à UE como Estado Independente. Na oportunidade ela também criticou duramente o processo de saída da Federação Continental. A propósito seu parttido é nacionalista, e prega independência em relação a Londres.

Talvez o Brexit venha a criar ainda mais problemas às autoridades de Sua Majestade.


Às 23h00 (hora de Portugal continental) do dia 31 de janeiro de 2020, o Reino Unido deixou de ser um Estado-Membro da União Europeia. Nesse momento, entrou em vigor o Acordo de Saída, garantindo uma saída ordenada desse país da União Europeia, e iniciou-se um período transitório, que terminou no dia 31 de dezembro de 2020. Durante esse período, o direito da União continuou a aplicar-se ao Reino Unido e a situação dos cidadãos, consumidores, empresas, investidores, estudantes e investigadores manteve-se, por isso, inalterada tanto na União Europeia como no Reino Unido.

Em paralelo, decorreram as negociações para um acordo que enquadrasse a relação futura entre a União Europeia e o Reino Unido. Esse acordo foi, por fim, alcançado a 24 de dezembro de 2020 entre a União Europeia e o Reino Unido, tendo sido decidida a sua aplicação provisória a partir de 1 de janeiro enquanto decorrem as necessárias etapas para a sua ratificação. O acordo prevê, nomeadamente, zero tarifas e zero quotas para a generalidade dos bens e inclui um capítulo dedicado aos serviços, assim como disposições em matéria de contratação pública, transportes aéreos e rodoviários, investimento, comércio digital, pescas, energia, cooperação policial e judicial, coordenação de sistemas de segurança social, cooperação em matéria de segurança sanitária e cibersegurança, a participação do Reino Unido em programas da União Europeia, entre outros.


sábado, 2 de janeiro de 2021

Biden confirmado sem sustos

Joe Biden foi confirmado como o 47º Presidente dos EUA pelo colégio eleitoral. Apesar das inúmeras ações impetradas por republicanos com acusações de fraudes em diversos estados que compõem a Federação Americana. E o próprio Donald Trump ordenou o início da passagem de governo, o que indica que Biden tomará posse no próximo dia 20 de janeiro.

Tudo estaria bem caso o ainda ocupante da Casa Branca tivesse realmente assumido sua derrota e parado de atacar as bases do que os americanos chamam de democracia. Mas ele não fez, não faz, e provavelmente não fará isso.

Sua postura colabora para a cisão do país, e já existem discussões sobre a saída de alguns estados da Federação.

Claro que tudo isso não deverá passar de confusões, mas há que se olhar muito seriamente para tal situação, não apenas pelos sérios problemas momentâneos que causam como também porque, se não tratados com a seriedade que merecem, podem realmente levar a problemas ainda mais graves. E a História nos deixa isso muito claro, em vários de seus momentos.

"-Mas você está preocupado com os EUA?"

Sim e não. Realmente não me importa pessoalmente o futuro dos EUA, mas eles ainda são a nação mais poderosa do planeta, e o que acontece lá afeta o mundo todo, e mais seriamente aqueles que se curvam subservientemente a suas vontades.

Além disso, o processo que ocorre no Tio San não é exclusivo, mesmo que em várias partes do mundo as cabeças pensantes já tenham colocado tais práticas em seus devidos lugares. Mas tem um país em que isso persiste e, a princípio, pouquíssimo se faz para tirá-la do cenário político.

Vocês sabem qual é esse país?




Colégio Eleitoral confirma eleição de Biden e enterra queixas de Trump

Representantes dos seis estados onde o Presidente dos EUA se queixou de fraude eleitoral confirmaram a vitória de Joe Biden. No mesmo dia, o Supremo Tribunal do Wisconsin, de maioria conservadora, infligiu mais uma derrota a Trump.

As queixas de fraude lançadas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, contra a vitória de Joe Biden na eleição presidencial de 3 de Novembro foram enterradas, esta segunda-feira, na votação do Colégio Eleitoral, uma cerimónia tão antiga como a independência do país mas raramente tão escrutinada como este ano.



Don't Stop Believin'

Porque sábado é dia de música por aqui.

E mesmo que a música já tenha estado aqui no Blog dos Mercantes na gravação original da banda Jorney, agora volta numa ótima versão do Halocene, Violet Orlandi, Lauren Babic, e Cole Rolland. 

Bom sábado, e um ótimo primeiro final de semana de 2021.

Não sei porque, mas estou com um ótimo pressentimento para este ano.


sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Folga com música

Relaxar e começar o Ano Novo com ótimos fluídos. Nada melhor do que uma ótima música. Fiquemos com o:

Organ Concerts at Temple Square | December 30, 2020