Enquanto a União Europeia, os asiáticos, e até mesmo africanos (estes orientados pela China), aumentam seus entendimentos, sua aproximação, e tornam o mundo um lugar cada vez mais global (tudo sem abrir mão de suas nacionalidades e autodeterminações), o Brasil segue a contra-mão dessa tendênica, e nem mesmo o pífio acordo assinado entre a UE e o MERCOSUL, que tem enormes chances de não ser ratificado nem pelos parlamentos nacionais europeus, e mesmo dos sulamericanos, mudam essa perspectiva.
O Brasil tem conseguido a proeza de, com todo seu tamanho e importância, estar perdendo o respeito, a liderança, e a posição de destaque dentro do próprio MERCOSUL, porque tem promovido uma política externa desastrosa, baseada em ideologia que foi abandonada há mais de um século, e que apenas reemerge em regimes de exceção, e que comumente terminam em desastre para os que a seguem.
Por isso o país deveria buscar novos rumos urgentemente, algo que foi feito ao longo do último século, mas que foi estupidamente abandonado nos últimos dois anos, quando um posicionamento subserviente para alguns atores internacionais, e agressivo injustificavelmente agressivo para com outros, fez com que o país caísse de vez em descrédito, algo que já acontecia de forma mais sutil, quando da usurpação do poder por um grupo irresponsável em 2016.
Mas se o Brasil deve buscar novos rumos com urgência, isso não será feito com esse (des)governo, até porque ele já deixou muito claro que, de uma forma ou de outra, buscará sempre o caos, a desunião, e atingir objetivos pessoais, independentemente dos interesses do país, e de seu povo. E temos solução, porque se no caso de Dilma houve um impeachment sem crime, o que acaba por se configurar num golpe, na atualidade não faltam crimes, e dos mais variados possíveis, abrangidos por crimes comuns, de responsabilidade e constitucionais, que vão desde ataques à soberania nacional, a tentativa de intervenção em outros poderes, armar e sublevar a população, ataques a grupos, etc, etc, etc. A verdade é que todos estão descritos, e na mesa do Pres. da Câmara dos Deputados repousam ao menos 50 deles, com os respectivos pedidos de impeachment, que seguirão lá, seja qual for o eleito para suceder Maia, porque também estarão, ou diretamente aliados ao originador desses crimes, ou taticamente aliado ele.
Enquanto isso o Brasil empobrece, seu povo vê as perspectivas de melhoria e de ascensão se distanciarem cada vez mais, o país se isola, e apenas uma minúscula (cada vez mais) elite se refastela nesse lodaçal.
Ou o país muda, ou os mais terríveis pesadelos de seu povo se tornarão ainda mais comuns. A propósito, isso já está acontecendo.
A parceria estratégica entre a Europa e o Sudeste Asiático
Nesta semana realizou-se a 23.ª Reunião Ministerial de Negócios Estrangeiros entre a União Europeia (UE) e a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), cujo principal resultado foi a elevação do diálogo entre as duas organizações ao nível de parceria estratégica. É uma decisão muito importante, porque significa aprofundar o relacionamento e estendê-lo a áreas-chave como o ambiente, a economia e a segurança. A UE já dispõe de parcerias estratégicas com países como o Brasil ou a Índia, e será agora muito útil desenvolver estoutra com essa parte tão relevante da Ásia. Por várias razões.
A primeira é uma questão de dimensão. A ASEAN é composta por dez países do Sudeste Asiático, representando 650 milhões de pessoas e mais de um décimo do produto mundial. Entre esses países encontram-se alguns dos mais populosos do globo, como a Indonésia (270 milhões de habitantes), as Filipinas (108 milhões) ou o Vietname (96 milhões), ou um entreposto comercial e financeiro tão relevante como Singapura. Acresce que Timor-Leste é candidato à organização.
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