segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

População acelera suas ações pró-impeachment

Esta semana as ações a favor do impeachment do Presidente Jair Bolsonaro começaram a crescer. A imprensa tradicional passou a ostentar a palavra impeachment em suas páginas, as redes sociais aumentaram as críticas e os pedidos de impeachment, panelaços com gritos de "Fora Bolsonaro" foram organizados, e este final de semana aconteceram carreatas como forma de protesto e pressão contra o Presidente. As ações aconteceram por todo o país, e tendem a aumentar, porque existe planejamento de novas ações para a próxima semana.

Mas elas têm que aumentar de tom, têm que aumentar a participação da população, e têm que aumentar o alcance, porque é a única forma de mobilizar o até agora inerte Congresso.


Boletim da pesquisa Direitos na Pandemia - Mapeamento e análise das Normas Jurídicas de Resposta à Covid-19 no Brasil. O estudo é feito pela Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário da Faculdade de Saúde Pública da USP, e pela organização Conectas Direitos Humanos. No Boletim foram analisadas ações e medidas tomadas durante a pandemia, e ficou nítida a busca do Governo Federal em favorecer interesses econômicos, em detrimento da saúde da população.

Bom, sem querer desrespeitar o trabalho, até porque estão sendo recolhidos inúmeros dados do período, mas essa conclusão era mais do que óbvia, porque o próprio Presidente Bolsonaro disse inúmeras vezes que sua ordem era dar atenção à economia, e em diversas ocasiões disse que não faria nada em relação a crise sanitária, "porque não era coveiro, porque todos morrem, porque é coisa de bicha, e outras tantas". Também cansou de indicar medicamentos sem nenhuma comprovação científica de eficácia, tomar atitudes que incentivavam o ajuntamento de pessoas, a quebra das regras de isolamento, etc.

Claro que o estudo é importante, até porque baseará em fatos coletados toda essa responsabilidade, que no fim das contas recai sobre o Presidente e seus apoiadores mais próximos, porque quem não se alinhou com essa política caiu (menos o Moro, este caiu por outros motivos).


Segundo relatos conseguidos pela revista Carta Capital, o Presidente Bolsonaro proibiu seus colaboradores, e o próprio Governo Federal, de atender solicitações do Governo de São Paulo, comandado por João Doria. Bolsonaro já tinha feito isso em relação ao Nordeste, e a alguns estados que são comandados por partidos de oposição, notadamente os do campo progressista.

Isso é crime de responsabilidade, mas dependendo de seus desdobramentos pode dar origem a outros crimes, como a falta de atenção à saúde pública em Manaus, na atual crise da falta de oxigênio medicinal.

Tal atitude deve levar o estado do sudeste a se mobilizar de forma mais contundente contra o Presidente. 

Bolsonaro cava a própria cova. A dúvida é se vão jogá-lo nela ou não?

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