sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

E a guerra veio

Ontem, nos primeiros raios de sol, a Rússia iniciou sua ofensiva sobre a Ucrânia. Os bombardeios começaram ainda durante a madrugada, e a entrada das tropas nas províncias separatistas se iniciou no início da manhã.
´
Apesar de vários sinais de que ela não viria, apesar de ela ser absolutamente ilógica, apesar de já ser sabido há muito que não se pode confiar em determinadas promessas, a guerra veio.

A Ucrânia acusa a Rússia, os países ocidentais acusam a Rússia, os EUA acusam a Rússia, e a Rússia acusa todos eles. E todos eles estão certos.

Quebrando a promessa feita nos anos 90 de não se expandir para leste, quebrando o mínimo de bom senso de não interferir nos assuntos internos de outros países, quebrando o mínimo de bom senso de ao invés de achar que é dono do mundo buscar relações pacíficas e respeitosas com os outros, a OTAN vem provocando a Rússia desnecessariamente e a longo tempo.

Ao mesmo tempo a Rússia poderia ter aguardado bem mais, buscado uma solução diplomática, ter se posicionado melhor politicamente.

E assim nenhum dos lados tem razão, incluindo a própria Ucrânia, que vem apresentando não apenas uma tendência pró-ocidente, mas sim uma tendência anti-Rússia, que inclui a perseguição de cidadãos russos ou que apresentam simpatia aos russos.

No final todos estão errados, e espero muito que a OTAN finalmente tenha o bom senso de não se meter diretamente nas escaramuças, porque qualquer ação nesse sentido teria a possibilidade enorme da ampliação das ações para muito mais do que apenas à região da Ucrânia.

Enquanto isso, no Brasil temos um Presidente que tentou pegar uma carona na leve queda da tensão que houve enquanto fazia sua visita à Rússia, mas que não tem nenhuma condição de interferir no fluxo desses acontecimentos, e nem de gerir o país em tempos de calma, já tendo mostrado isso no desastre dos seus 3 anos de governo. Agora deve ser muito pior. Ciro foi muito benevolente ao dizer que o governo brasileiro é "frágil, despreparado e perdido". Isso era o governo da Dilma. Esse é muito pior.


Bombardeios foram registrados desde a madrugada desta quinta. A polícia da Ucrânia contabiliza ao menos 203 ataques. Em resposta, o presidente Volodymyr Zelenskiy distribuiu armas aos ucranianos. O mandatário russo, Vladimir Putin, disse que a ação militar visa proteger os separatistas no leste e ameaçou quem tentar interferir: “Levará a consequências nunca antes experimentadas na história”. A ONU (Organização das Nações Unidas) pede um recuo e a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) afirma que a Rússia pagará um preço econômico e político muito alto. O presidente americano, Joe Biden, falou que o ataque é “injustificado” e que “o mundo vai exigir contas”.

Estas alegações não são possíveis de verificar de forma independente por enquanto

O Exército russo disse nesta quinta-feira (24) que destruiu 74 instalações militares na Ucrânia, incluindo 11 aeródromos, como parte da invasão ordenada por Moscou esta madrugada.

“Após os ataques aéreos das Forças Armadas russas, 74 instalações mil... Leia mais em https://www.cartacapital.com.br/mundo/russia-diz-que-destruiu-74-instalacoes-militares-ucranianas-incluindo-11-aerodromos/. O conteúdo de CartaCapital está protegido pela legislação brasileira sobre direito autoral. Essa defesa é necessária para manter o jornalismo corajoso e transparente de CartaCapital vivo e acessível a todos

O ex-ministro e pré-candidato do PDT a Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou nesta quinta-feira que "não existe mais guerra distante e de consequências limitadas", ao citar a invasão russa à Ucrânia e pediu preparação para os reflexos desse conflito no País, "muito especialmente por termos um governo frágil, despreparado e perdido".


Nenhum comentário:

Postar um comentário