sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

O preconceito e a mídia

Marilene Felinto escreveu um texto bastante interessante para a Folha, mas eu gostaria de fazer algumas ressalvas. Vejam, eu concordo com o texto de Felinto, mas isso não significa que eu não ache que alguns pontos precisam ser melhor explicados.

Começo pela definição de racismo: "Racismo é a discriminação social baseada na falsa ideia de que a espécie humana é dividida em raças e que uma é superior às outras. Trata-se de uma atitude depreciativa e discriminatória não baseada em critérios científicos, já que do ponto de vista biológico é incorreto falar em raças humanas.

Há diversos tipos de preconceito, como o social, o religioso, o cultural, linguístico, de gênero, quanto à orientação sexual e racial (racismo). A xenofobia é também um tipo de preconceito originado da repugnância em relação a pessoas estrangeiras."

Outro ponto importante é um que vem da História. As características que definem um determinado período histórico convivem com outras características principais de outros períodos.

Com isso em mente precisamos entender que o fato de episódios isolados de racismo de pretos contra brancos, ou de alguns homens tratarem as mulheres como iguais e com respeito não fazem com que nossa sociedade não discrimine gravemente os pretos, ou que não seja machista, tampouco não significa que esses casos isolados não ocorram.

Para completar, uma das formas de dominação é a imputação de características que tendem a inferiorizar, ou criminalizar raças, gêneros, grupos étnicos ou sociais, etc. Foi assim com os índios brasileiros, os pretos escravizados, religiões diversas, etc. Essa máquina de difamação, na verdade, tem o objetivo de justificar a dominação, a exploração, e privilégios.

Hoje temos bastante consciência fezes mecanismos, e cabe a nós combatermos esses abusos para buscarmos relações mais justas. Talvez um dia isso seja possível, mas há muito trabalho a ser feito até esse dia.




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