Interessantíssimo o fato do Ministro do STF Luis Roberto Barroso vir a público dizer que o impeachment de Dilma não foi devido a desvios técnicos em seu governo. Em outras palavras, não foi um problema de crime de responsabilidade, mas sim de simples perda de apoio político. E dizem boas e más línguas que essa perda de apoio político incluiu seu próprio partido e seu líder máximo, o PT e Lula. Com isso se confirma aquilo que o Blog dos Mercantes sempre disse, e que vários políticos sérios também: foi golpe.
Vejam, para o impeachment são necessárias duas condições concomitantes: o crime de responsabilidade e a falta de confiança política. Não é um ou outro, mas os dois ao mesmo tempo. Por isso Bolsonaro não cai, porque ele comete crimes de responsabilidade em série, mas o Congresso mantém sua credibilidades política. Dilma perdeu apenas a credibilidade, e isso não é suficiente para a derrubada de um Presidente. Nós não vivemos no regime Parlamentarista (sobre isso falarei semana que vem) onde isso é possível.
E com esse quadro inicial observamos algumas das movimentações políticas desde que Lula deixou a sede da PF em Curitiba. Começou com uma reaproximação com vários dos líderes do impeachment. Calheiros, Eunício (os dois cotados por Lula para presidirem as casas legislativas), Alckimin (apoiou fortemente o impeachment e agora cotado para vice de Lula), e paramos por aqui, mas são muitos outros encontros e até acenos não correspondidos.
Continuamos a sina com articulações estranhíssimas no Congresso, que inclusive ajudam o atual governo a se manter, mesmo que cambaleando, o PT nunca agiu fortemente pelo impeachment de Bolsonaro, e agora faz acenos a todos os espectros políticos do país, e muito menos do que construir se preocupa em destruir caminhos.
E mais recentemente, nas últimas semanas, Michel Temer disse que foi procurado por uma pessoa muito distinta do PT, e Lula (76 anos) tenta esconder Dilma (74 anos), seu legado, e diz que ela não participará de forma alguma de um seu possível governo, porque ele buscará gente mais jovem para auxiliá-lo. Ela não perdeu muito tempo em responder e disse que defenderá seu legado e não se esconderá na campanha.
Por último, após as notícias que vieram do Ministro do STF Barroso, e pasmem, de José Sarney, como está no link lá no primeiro parágrafo, mais se consolida a hipótese de que Lula e o PT participaram ativamente na derrubada da ex-Presidenta. Claro, não há uma prova cabal, mas essa participação tem rabo, focinho, orelha, enfim, tem tudo de porco.
E se não for um porco deve ser algo muito parecido.
Declaração de Barroso sobre Impeachmentde Dilma repercute nas redes sociais
2 min de leitura
O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, escreveu um artigo para a revista do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, dizendo que o "real motivo" do impeachment de Dilma Rousseff, do PT, foi a falta de apoio, e não as pedaladas fiscais.
"A justificativa formal da queda de Dilma foram as 'pedaladas fiscais' , que são as violação de normas orçamentárias, embora o motivo real tenha sido a perda de apoio político", disse ele à revista, que será lançada no dia 10.
intermediar o agenciamento dos executores e repassar o pagamento pelos crimes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário