sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Se não é porco é o que?

Interessantíssimo o fato do Ministro do STF Luis Roberto Barroso vir a público dizer que o impeachment de Dilma não foi devido a desvios técnicos em seu governo. Em outras palavras, não foi um problema de crime de responsabilidade, mas sim de simples perda de apoio político. E dizem boas e más línguas que essa perda de apoio político incluiu seu próprio partido e seu líder máximo, o PT e Lula. Com isso se confirma aquilo que o Blog dos Mercantes sempre disse, e que vários políticos sérios também: foi golpe.

Vejam, para o impeachment são necessárias duas condições concomitantes: o crime de responsabilidade e a falta de confiança política. Não é um ou outro, mas os dois ao mesmo tempo. Por isso Bolsonaro não cai, porque ele comete crimes de responsabilidade em série, mas o Congresso mantém sua credibilidades política. Dilma perdeu apenas a credibilidade, e isso não é suficiente para a derrubada de um Presidente. Nós não vivemos no regime Parlamentarista (sobre isso falarei semana que vem) onde isso é possível.

E com esse quadro inicial observamos algumas das movimentações políticas desde que Lula deixou a sede da PF em Curitiba. Começou com uma reaproximação com vários dos líderes do impeachment. Calheiros, Eunício (os dois cotados por Lula para presidirem as casas legislativas), Alckimin (apoiou fortemente o impeachment e agora cotado para vice de Lula), e paramos por aqui, mas são muitos outros encontros e até acenos não correspondidos.

Continuamos a sina com articulações estranhíssimas no Congresso, que inclusive ajudam o atual governo a se manter, mesmo que cambaleando, o PT nunca agiu fortemente pelo impeachment de Bolsonaro, e agora faz acenos a todos os espectros políticos do país, e muito menos do que construir se preocupa em destruir caminhos.

E mais recentemente, nas últimas semanas, Michel Temer disse que foi procurado por uma pessoa muito distinta do PT, e Lula (76 anos) tenta esconder Dilma (74 anos), seu legado, e diz que ela não participará de forma alguma de um seu possível governo, porque ele buscará gente mais jovem para auxiliá-lo. Ela não perdeu muito tempo em responder e disse que defenderá seu legado e não se esconderá na campanha.

Por último, após as notícias que vieram do Ministro do STF Barroso, e pasmem, de José Sarney, como está no link lá no primeiro parágrafo, mais se consolida a hipótese de que Lula e o PT participaram ativamente na derrubada da ex-Presidenta. Claro, não há uma prova cabal, mas essa participação tem rabo, focinho, orelha, enfim, tem tudo de porco. 

E se não for um porco deve ser algo muito parecido.


Declaração de Barroso sobre Impeachmentde Dilma repercute nas redes sociais

·2 min de leitura

Neste artigo:
  • Luís Roberto Barroso
    Jurista, professor e magistrado brasileiro, ministro do STF e presidente do TSE
Luís Roberto Barroso, ministro do STF, admitiu que Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment por
Luís Roberto Barroso, ministro do STF, admitiu que Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment por "falta de apoio político" - Foto: GEORGES GOBET/AFP via Getty Images

O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, escreveu um artigo para a revista do Centro Brasileiro de Relações Internacionais, dizendo que o "real motivo" do impeachment de Dilma Rousseff, do PT, foi a falta de apoio, e não as pedaladas fiscais.

"A justificativa formal da queda de Dilma foram as 'pedaladas fiscais' , que são as violação de normas orçamentárias, embora o motivo real tenha sido a perda de apoio político", disse ele à revista, que será lançada no dia 10.

intermediar o agenciamento dos executores e repassar o pagamento pelos crimes.



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