Sugiro a entrada no link abaixo e leiam o texto completo de Gustavo Castañon para o Disparada. Além de ser bastante claro, também é bastante direto em mostrar o engodo que é o fim da PPI.
De minha parte vou apenas aclarar algumas informações que fazem falta à maior parte das pessoas que são afligidas pelos exorbitantes preços dos combustíveis no Brasil, e que não entendem os mesmos.
Para isso é importante entender que o setor do petróleo é monopolista por natureza. Os custos e recursos envolvidos na prospecção e refino do chamado ouro negro são responsáveis por isso, e a regra é que isso seja assim por todo o mundo. Claro, na distribuição final (o posto de gasolina) pode haver alguma concorrência, mas não na cadeia principal de produção e distribuição a granel.
Nessa perspectiva a Petrobras se organizou como uma monopolista, criando as refinarias para atenderem regiões, e matando a concorrência pela cobrança pelo custo mais baixo, resultado de ser ela a produtora e refinadora do próprio óleo. Aos poucos essa lógica foi deturpada, e criou-se uma "concorrência" artificial, em que a Petrobras aumentou seus preços, lucros e passou a remunerar regiamente seus acionistas, e possibilitando com isso a entrada de produtos importados. Tudo a custa do consumidor final brasileiro, ou seja, você que coloca gasolina ou diesel em seus carros e caminhões, ou precisa de gás para mover fábricas, carros, ou mesmo fazer o mais básico para a sobrevivência, cozinhar.
Em outras palavras, quando você privatiza partes da Petrobras, você apenas privatiza monopólios, que imediatamente maximizam lucros exorbitantes. Quando você cria essa "concorrência", na verdade você está apenas aumentando a quantidade de atores no mercado, que passam a atuar como cartel, e não como concorrência. Tudo isso colabora com o aumento de preços e os valores exagerados que os brasileiros vêm nos postos e nas contas hoje em dia. A queda se deu muito mais pela queda nos preços internacionais do que por mudanças na política de preços da Petrobras, e essas quedas nem ao menos refletiram as quedas nos preços internacionais dos produtos.
Essa é a situação. De resto sugiro perderem mais 5min para lerem o artigo de Castañon, porque ele traz outras informações sobre a questão.
Ninguém que ama o Brasil realmente esperava nada de um governo Lula, a não ser, a interrupção da doação do patrimônio nacional.
Mas até para os padrões de traição e comércio de Lula, o que está acontecendo na Petrobrás é surpreendente e ultrajante.
Enquanto a esquerda oportunista fingia esperar um presidente nacionalista e desenvolvimentista na Petrobrás, Lula cumpriu seu acordo com os irmãos Marinho, seus principais acionistas individuais, e nomeou Jean Paul Prates presidente da nossa mais importante companhia.
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