Dessa vez foi a Volkswagen, montadora alemã, que decidiu paralisar suas atividades no Brasil por algum tempo. A decisão atinge todas as plantas de montagem voltadas a carros de passeio e utilitários leves. Permanece em operação a planta de montagem de caminhões leves e pesados. Com a decisão da montadora alemã já são ao menos 4 as montadoras que suspendem temporariamente a produção no Brasil, sendo elas a General Motors (Chevrolet), Hyundai, Setellantis (Fiat/Peugeot).
Mas isso não é um problema das montadoras em si, mas da economia brasileira, e da leitura totalmente equivocada da crise pelo Governo Lula. Como qualquer historiador sabe, a História não se repete. Uma guerra não é igual a outra, uma eleição não é igual a outra, uma crise não é igual a outra, ainda que tenham elementos comuns, e que numa primeira e superficial análise pareçam ser as mesmas coisas. Apesar da aparência de crescimento, a verdade é que o Brasil regride ano a ano, desde 2014, e tem muito dedo do próprio PT e de Lula nisso, mas eles não são os únicos. tendo toda um amplo espectro de políticos e partidos contribuído para a atual situação brasileira.
E apesar de não ser economista, não é muito difícil indicar que o grande erro do país é apostar na economia de colônia moderna, que é baseada num modelo primário agro-pastoril-mineral exportador, que emprega pouca gente, concentra absurdamente a riqueza nas mãos de uma elite apátrida, e não gera a circulação de riqueza interna necessária para que a indústria de bens de consumo (duráveis ou de uso curto) se mantenha, ou mesmo cresça, no país.
Esse fenômeno fica claro quando vemos as comemorações de "crescimento do PIB", embora as indústrias sigam fechando, os empregos diminuindo, e as condições de vida da população indo pelo ralo. Sim, apesar de a propaganda do governo dizer ao contrário, porque ela é baseada na mesma falácia do primeiro governo Dilma, quando ele numa canetada disse que no Brasil a classe média era formada por gente que ganhava menos de 1 salário mínimo em média, R$ 300,00, quando o salário mínimo já estava em R$ 622.
Hoje essa tática nefasta vem com outras características, que considera um monte de vagas informais, do desespero de causa de fazer uma coxinha para vender na esquina, dos negociantes de bolo de pote, de vagas temporárias e com pouco ou nenhum direito, em "empregos". Mas uma rápida olhada nas ruas das grandes cidades brasileiras deixa bastante claro que a miséria graça pelo país. Claro, existem os bolsões de prosperidade, mas esses são cada vez mais raros e fechados.
É isso que dá fazer análises baseadas puramente num viés ideológico, sem atentar para a realidade, para o empírico.
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