O texto abaixo vale a leitura. Uma boa análise dos problemas do Brasil, mas ele passa muito tangencialmente pela questão do planejamento do Estado em termos de políticas econômicas e de investimentos, limitando-se ao exemplo de e diferenciação entre gastos com conta corrente (custeio) e investimentos.
Sim essa é uma diferenciação necessária de se fazer aos gastos públicos, até porque os investimentos estatais costumam se transformar em conta corrente (nem sempre) para o governo a posteriori, mas a não ser que você veja o governo apenas como sorvedor de recursos, então você deve pensar melhor como tratar tal assunto.
Vou usar o exemplo dado no próprio texto, em que colocam uma escola já em operação como custeio. Sim, ela consome energia, água, alimentos, salários, manutenção, etc. Então ela é um custo corrente.
Mas é ela que produzirá os cidadãos e a mão de obra que irá operar a economia e administrar o próprio país no futuro. São as pessoas que precisarão estar capacitadas para manterem e desenvolverem a sociedade no futuro, sob risco de ela deteriorar. Essa visão simplista e distorcida é o que justamente está destruindo a sociedade brasileira.
E a escola é um exemplo de como a visão é distorcida, porque o mesmo se aplica a hospitais, estradas, ferrovias, portos, aeroportos, etc, etc. Todos investimentos necessários para o desenvolvimento de uma sociedade, e que precisam ser encarados por esta como são, ou seja, investimentos, e não como custos, e muito menos como forma de aferir lucro a uma burguesia vesga.
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