domingo, 30 de setembro de 2018

Debate SBT completo

O amor vai acabando e as posições se cinsolidando, com cada um tentando marcar sua posição. O PT segue tentando dar uma de "coitadinho traído", e sem assumir ou refletir sobre os sérios e graves erros que cometeu. Também segue tentanfo conciliar o "bem e o mal", quando quer fazer o jogo do mercado e dos pobres, mas não há como. Além disso segue buscando a "paternidade do filho dos outros", ao se apropriar de várias propostas de Ciro. Ora, para implementa-las, nada melhor que o original. Tire suas conclusões.


sábado, 29 de setembro de 2018

Supertramp - It's Raining Again

O Supertramp acabou faz tempo, mas marcou época e deixou saudades. It's Raining Again é uma musica dos anos 80, gostosa, atemporal, que marcou o auge do grupo. E eu tinha o disco. A propósito, a banda emplacou vários sucessos.


quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Até em Portugal

Esta coluna foi veiculada no Diário de Notícias, jornal português. Não sem motivo o "Mito" é execrado por Fernanda Câncio, não sem motivo figuras como o "Mito" são combatidas severa, dura e incansavelmente pelos europeus. Eles existem, existiram e existirão, mas isso não significa que uma sociedade que padeceu os males das guerras promovidas por pessoas com este tipo de pensamento irão aceitar passivamente que eles retomem as rédeas de seus países.

O Brasil deveria pensar melhor antes de apoiar este tipo de solução tosca. Hoje grupos não se sujeitam sem luta.

Sim, eu censuro Le Pen. Dão licença?

O que devemos fazer perante discursos que execramos, senão tornar clara a nossa desaprovação? De que serve a liberdade de expressão, se não pudermos dizer não?






Foi considerado o parlamentar mais influente nas redes sociais em 2017. Como candidato à presidência do quinto maior país do mundo, está em segundo nas intenções de voto. Praticamente tudo o que diz levanta ondas de choque. É sem dúvida um fenómeno.
Falo de Jair Bolsonaro, o político brasileiro que defende a esterilização dos pobres; que acha que as mulheres não devem ganhar o mesmo que os homens "porque engravidam"; que quando os pais suspeitam de que um filho é homossexual devem bater-lhe para o "curar" (igual se descobrirem que usa "drogas"); que a tortura é uma prática legítima ("o cara tem de ser arrebentado para abrir o bico"); que disse a uma deputada, no parlamento, "você não merece ser estuprada", explicando porquê depois: "É muito feia." Ah, e que defendeu também a censura (de Estado, a da bayer).
As últimas sondagens, divulgadas esta semana, revelam que os eleitores "núcleo duro" de Bolsonaro são "homens, pessoas com ensino superior, renda alta, evangélicos, brancos". Explica a responsável de uma das empresas de sondagens: "Tendem a ser menos voláteis do que os demais grupos de eleitores. É gente que já se informou, formou uma convicção e dificilmente deve mudar em massa." Quanto aos que ainda não têm um candidato na ponta da língua, são 19% os que o escolhem numa lista. Num país com mais de 200 milhões, é muita gente.
Agora imaginem que Paddy Cosgrove, que pediu ajuda para saber quem há de convidar para a próxima Web Summit depois de voltar atrás no seu convite a Marine Le Pen, se lembrava de Bolsonaro. Quem falou de "censura" a propósito da reação adversa ao convite a Le Pen, argumentando que temos de "a ouvir para compreender os seus argumentos" (sério? Não os conhecemos?); que "estaria na primeira fila para debater com ela porque assim é que pode ser derrotada"; que asseverou "não se combaterem estas ideias e estas pessoas desprezando-as mas tentando perceber os motivos de quem as apoia" (era para isso a WS? Não me gozem), iria então impante assistir a uma palestra do brasileiro. Ou pelo menos nada faria -- nem um abaixo-assinado, nem uma campanha nas redes, nem uma mostra pública de nojo -- para tal evitar. Porque, como li várias vezes na última semana e meia, não está em causa "normalizar" quando gente e ideias assim têm 20% dos votos, porque isso significa que já estão normalizados. Suponho que a conclusão é de que temos de os achar normais, quiçá até sorrirmos-lhes e oferecermos bar aberto.
Como se argumenta com a raiva, o ressentimento, a xenofobia, o racismo? Com a ideia de que se se fecharem as fronteiras e se expulsarem os "escurinhos" (ou estes forem reduzidos ao seu estatuto de inferiores) tudo volta a ser "como antes", haverá empregos bons e o sol brilhará para todos nós?
Pois discordo: quanto mais normalizados parecerem mais devemos insistir em que não podem sê-lo. Quanto mais poder têm mais devemos execrá-los. Se resulta? Não sei. Acho que ninguém sabe. Não sabemos mais do que os que assistiram, dentro e fora da Alemanha, à ascensão de Hitler. Houve os que não acreditavam que pudesse ser verdade, os que deram o benefício da dúvida, os que ficaram a observar e os que quiseram fazer acordos com. Sabemos como acabou; não se (e como) poderia ter sido evitado.
Dizem: é preciso compreender por que motivo tanta gente apoia bolsonaros, trumps e le pens e agir aí, argumentando. Certo. Bem tentamos. Mas como se argumenta com a raiva, o ressentimento, a xenofobia, o racismo? Com a ideia de que se se fecharem as fronteiras e se expulsarem os "escurinhos" (ou estes forem reduzidos ao seu estatuto de inferiores) tudo volta a ser "como antes", haverá empregos bons e o sol brilhará para todos nós? Ou de que matar prisioneiros sai muito mais barato que alimentá-los na prisão?
Claro que conseguir que o WS desconvide Le Pen - como no caso de um hipotético convite a Bolsonaro, ou, por que não, a um estratega de comunicação do Daesh, sem dúvida o maior fenómeno, nesse campo, do século XXI -- é só simbólico, "de nada serve" no sentido em que não convencemos um único dos seus apoiantes a desapoiá-la. Mas, desculpem, agora as posições éticas para serem defendidas têm de ter eficácia material? Não chega o objetivo de não credibilizar ideias que abominamos, não contribuirmos para o simbólico de lhes dar palco? E não pode ser porque é censura, ai Jesus? É censura, sim, e bem: no sentido de desaprovação - como em 1990, em carta aberta contra vinda do pai Le Pen, fizeram Freitas do Amaral, Lobo Xavier e o atual PM, entre muitos outros, da direita à esquerda (consenso que, como frisou Louçã na SIC, se parece ter quebrado em Portugal) -- não naquele que foi estultamente invocado, o da supressão do direito ao discurso.
Direito ao discurso é também, como livres cidadãos de um Estado democrático, dizermos: "Sabemos muito bem ao que vem, e não é bem-vinda". Era o que faltava que não pudéssemos usar a nossa liberdade de expressão para dizer isso: não.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Crescem notoriedade e rejeição

Vejam bem, o se a transferência de votos começou, o índice de rejeição também. Lula tinha enorme quantidade de votos indo a um segundo turno, dificilmente Haddad irá alcançar esse número, mas sendo de um partido enormemente antipatizado no momento, e tendo, ele mesmo certa rejeição, a tendência é que nesse quesito ele chegue próximo a Lula, mas sem atingir a popularidade do ex-Presidente.

Vou repetir aqui o que venho dizendo há algum tempo. Arrisca, no segundo turno, ganhar o que tenha menos rejeição, e não o que tenha mais apoio. E arrisca também termos o número de votos nulos e brancos mais alto da história.


Mais conhecido, Haddad vê rejeição subir em quase todas as faixas de eleitores

Bolsonaro ainda lidera, com 44%, lista de candidatos nos quais os brasileiros jamais votariam


Isabel Fleck
SÃO PAULO
Entre as pesquisas Datafolha realizadas na última segunda-feira (10) e no fim da semana, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, saltou de 9% para 13% nas intenções de voto e viu seu grau de conhecimento subir de 59% para 71%.
No entanto, a oficialização do nome do ex-prefeito como cabeça de chapa pelo PT na terça (11), depois de o partido defender publicamente por meses que seu único candidato ao Planalto era o ex-presidente Lula, levou também a um aumento da rejeição ao nome do petista.
Entre todos os 2.820 entrevistados entre quinta e sexta-feira, em 197 cidades, 26% disseram que não votariam de jeito nenhum em Haddad —quatro pontos a mais que no início da semana.
Se o ex-prefeito de São Paulo herdar, além dos votos, a rejeição do ex-presidente Lula, o índice ainda pode subir. Na pesquisa Datafolha de 20 e 21 de agosto, a última que fez essa medição para o líder petista, Lula tinha 34% de rejeição.
Entre os dois últimos levantamentos, feitos com quatro dias de diferença, a parcela de brasileiros que disse não votar de jeito nenhum em Haddad oscilou para cima em todas as faixas de idade, escolaridade e renda, com exceção dos que ganham mais de dez salários mínimos por mês. Neste caso, houve uma variação para baixo dentro da margem de erro de dois pontos, de 40% para 38%.
Em algumas faixas, como entre eleitores com ensino superior, com idades entre 25 e 34 anos ou com mais de 60 anos e com renda entre cinco e dez salários mínimos, o crescimento da rejeição foi superior a seis pontos.
Entre homens e mulheres, a rejeição ao petista subiu quatro pontos, sendo maior no eleitorado masculino (33%). 
Haddad também tem mais eleitores não dispostos a votar nele nas regiões Sul, Nordeste, Sudeste e Centro Oeste. Nesta última, o índice subiu dez pontos, para 32%. No Nordeste, onde ele cresceu sete pontos nas intenções de voto na última semana, para 20%, sua rejeição subiu seis, para 21%.
Outro grupo que agora rejeita mais Haddad é o que diz não ter partido de preferência: de 24%, eles passaram a ser 29%. Entre os que se identificam com o PSDB, a reação à candidatura do ex-prefeito foi mais forte, passando de 29% para 46% a rejeição de Haddad. 

O candidato mais rejeitado em praticamente todas as faixas do eleitorado, no entanto, segue sendo Jair Bolsonaro (PSL). No total de eleitores, 44% declaram que jamais votariam no capitão reformado. Entre as mulheres, o índice chega a 49%. 

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Será?

Tudo bem que lá as instituições são muito mais sólidas e respeitadas que aqui, tudo bem também que Trump as tem atacado seguidamente, criando o atual clima político no "berço da "democracia"", mas ele não deve estar dormindo muito tranquilamente ultimamente. Por sinal, seus correligionários republicanos também não, quando o bilionário que começou do nada com apenas um milhãozinho de dólares que o papai lhe deu começou a tomar atitudes francamente conflitantes com os princípios do partido dos ricos e endinheirados dos EUA, mesmo que essas atitudes impactem positivamente para esses mesmos ricos e endinheirados.

Vamos ver como isso acaba, porque está ficando interessante.


"Se eu sofrer impeachment, mercado entrará em colapso", diz Trump

por Deutsche Welle — publicado 23/08/2018 17h57
O presidente dos EUA afirma que "todos ficariam pobres" se ele fosse afastado do cargo
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"Se eu sofrer impeachment, mercado entrará em colapso", diz Trump
Trump estaria acuado?

Alvo de recentes acusações que trouxeram à tona discussões sobre um possível impeachment, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista divulgada nesta quinta-feira 23 que a economia norte-americana pode entrar em colapso se ele for afastado do cargo.
O republicano falou à emissora Fox Newsapós uma série de acontecimentos judiciais que podem trazer consequências legais e políticas à sua presidência.
"Eu vou dizer uma coisa: se eu sofrer um impeachment, acho que o mercado iria ruir, acho que todo mundo ficaria muito pobre", disse Trump ao "Fox and Friends", segundo ele seu programa de notícias favorito na televisão. "Você veria números nos quais você não acreditaria."
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Às vezes desconcertado, o presidente ainda afirmou não saber como é possível afastar "alguém que tem feito um ótimo trabalho". Segundo ele, nenhum outro chefe de Estado conseguiu tanto em tão pouco tempo, e a economia prospera como nunca.
Também descreveu como um "enorme sucesso" o encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e a cúpula com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que foi alvo de duras críticas, inclusive por parte de políticos republicanos.
Trump raramente menciona a possibilidade de um impeachment. Para a mídia norte-americana, a mera referência por parte do presidente reflete quão profundos seus problemas políticos se tornaram, apesar de analistas considerarem improvável qualquer medida legal contra o republicano por enquanto.
Na terça-feira 21, o ex-chefe de campanha Paul Manafort foi considerado culpado por um júri de cinco acusações de sonegação fiscal, três de fraude bancária, uma por não informar contas bancárias no exterior e duas por mentir para obter empréstimos.
No mesmo dia, Michael Cohen, ex-advogado do presidente, confessou ser culpado em oito acusações, incluindo a de ter comprado o silêncio de duas mulheres que supostamente tiveram relações sexuais com Trump, a pedido do então candidato à presidência.
Como os pagamentos tinham a intenção de "influenciar as eleições" presidenciais de 2016, conforme descreveu Cohen, eles violaram as leis dos EUS sobre as contribuições de campanha, podendo, assim, envolver Trump em um crime eleitoral.
Apesar de Cohen não ter mencionado os nomes das duas mulheres, os valores se referem a pagamentos já conhecidos feitos a Stormy Daniels, atriz de filmes pornográficos que alega ter tido uma breve ligação com Trump em 2006, e a Karen McDougal, ex-modelo da revista Playboy que afirma ter tido um caso com o magnata entre 2006 e 2007.
A versão do presidente sobre os pagamentos feitos por Cohen mudou diversas vezes ao longo do ano passado e, na entrevista à Fox News, ele tentou neutralizar as alegações.
Trump afirmou que seu ex-advogado "fez os acordos" com as duas mulheres e insistiu que as ações de Cohen "não são um crime", alegando que, "francamente, violações de campanha não são consideradas um grande problema".
O presidente disse ainda que a compra do silêncio foi feita com seu próprio dinheiro – ao qual Cohen tinha acesso –, e não com o dinheiro de campanha, e argumentou que não sabia sobre os repasses na ocasião. Mesmo assim, afirmou, desde então tem sido totalmente transparente sobre o assunto.
Ao se declarar culpado, Cohen, que fez um acordo com a Justiça, afirmou sob juramento que agiu "em coordenação e sob a direção de um candidato a um cargo federal", em clara referência ao atual presidente americano.
À Fox, Trump lançou críticas a seu ex-advogado, sugerindo que cooperar com o governo em um processo criminal em troca da redução da pena "quase deveria ser proibido". "Não é justo", afirmou, acrescentando que a ferramenta incentiva investigados a "falarem coisas ruins sobre outra pessoas, apenas inventando mentiras".
Por outro lado, o presidente teceu elogios a Manafort por ter enfrentado um julgamento em vez de negociar um acordo judicial – uma medida que gerou especulações de que o ex-chefe de campanha possa estar esperando um perdão presidencial.
Questionado se considera tomar tal decisão, Trump afirmou apenas ter "um grande respeito pelo que ele fez e pelo que ele passou". "Uma das razões pelas quais eu respeito tanto Paul Manafort é que ele passou por esse julgamento".
Ambos os casos são resultado, ao menos em parte, das investigações do procurador especial Robert Mueller, encarregado do inquérito sobre uma suposta ingerência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, num processo que Trump considera uma "caça às bruxas".

sábado, 22 de setembro de 2018

DiDo - & Youssou N'Dour - 7 Seconds

Já que falamos da talentosa Dido, ela não é intérprete original da música, mas nessa incrível parceria com Youssou N'Dour mostra que poderia ter sido. 7 Seconds é o nome da obra prima da dupla, que mistura 3 línguas, uma harmonia linda, e um swing de primeiríssima.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Ciro é o único que vence a todos no segundo turno

Essa simulação foi divulgada no dia 14/09, mas seus resultados já vêm se repetindo há algum tempo, quando o ex-Presidente Lula não era candidato. Agora que isso se confirmou, a simulação se manteve e, em alguns casos, se acentuou.

E Ciro é exacerbadamente contrário à maneira como a sociedade e a economia brasileiras se definem no momento, então ele se mostra vulnerável a vários ataques daqueles que defendem o status quo da estruturação brasileira.

Mas ele parece estar vencendo parte da resistência a sua candidatura, já que o psdbista não decola, e o petista e pslista mantêm larga margem de rejeição junto ao eleitorado.

Situação difícil os defensores do status quo. 

Ciro Gomes venceria todos adversários no 2º turno, diz Datafolha

Segundo instituto de pesquisas, Haddad é derrotado por todos, menos por Bolsonaro, com quem empata; deputado também tem empate com Alckmin e Marina

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Melhora no uso da capacidade instalada não é sintoma de melhoria

A primeira vista a notícia abaixo é muito interessante, mas com uma olhada mais cuidadosa fica claro que não há nada a ser comemorado. Vejam bem, a grande verdade é dito no que não foi dito e explicitado naquilo que a própria notícia se encarrega de divulgar, e é o fato de que o emprego na indústria segue subindo.

Dentro desse quadro apenas uma coisa chama a atenção positivamente, que é a intenção de investimento ter aumentado, ainda que muito timidamente. 

Mas ao menos aumentou.

Sim, porque o fato de aumento da capacidade instalada é muito dúbio para ser considerado como melhora apenas pelo artigo abaixo. Isso porque assim como os empregos no setor, as indústrias também seguem fechando, o que explicaria ao menos parte da produção das que fecham passar para as que ficam. 

Outro fato que não ajuda a comemorar é que, mesmo com o pequeno aumento da produção das indústrias pesquisadas, está havendo aumento do estoque das mesmas, o que mostra que a demanda não aumentou absolutamente nada, ao contrário, é possível de diminuir ainda mais.

Então, por mais que se queira esperançar com as informações abaixo, um olhar minimamente mais atento mostram que elas indicam apenas que esse carro segue patinando na lama. E no momento, quanto mais o governo cortar gastos para fazer sobra para a transferência financeira, mais esse quadro irá se agravar.



Uso da capacidade instalada da indústria sobe para 68% em julho

Foto: Agência Brasil
O indicador de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira subiu de 66% em junho para 68% em julho. É o maior percentual verificado no mês de julho dos últimos quatro anos, segundo a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada hoje (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O uso da capacidade instalada foi maior nas grandes empresas, alcançando 73%. Nas médias, ficou em 66% e, nas pequenas, em 60%.
Segundo a CNI, a queda na ociosidade é resultado do aumento da produção no setor. Conforme a pesquisa, o índice de evolução da produção alcançou 52,2 pontos em julho. Foi o segundo mês consecutivo que o índice ficou acima dos 50 pontos, o que indica o aumento da produção, depois da forte queda registrada em maio, por causa da greve dos caminhoneiros. O indicador de produção varia de zero a cem pontos. Quando está acima de 50 pontos, mostra aumento da produção.
No entanto, o emprego no setor continua caindo. O indicador do número de empregados ficou em 48,5 pontos e continua abaixo da linha divisória dos 50 pontos que separa a queda do aumento do emprego.
A Sondagem Industrial mostra ainda que as indústrias estão com um pequeno acúmulo de estoques. O índice de nível de estoque efetivo em relação ao planejado subiu para 50,8 pontos em julho e ficou acima da linha divisória dos 50 pontos, mostrando que os estoques estão levemente maiores do que o planejado.
Perspectivas
Segundo a CNI, todos os indicadores de expectativa ficaram acima dos 50 pontos em agosto, mostrando que os industriais esperam o aumento da demanda, da compra de matérias-primas, do número de empregados e das exportações nos próximos seis meses.
Diante de um cenário mais positivo, aumentou a disposição dos empresários para investir. O índice de intenção de investimento subiu para 51 pontos, 1,6 ponto acima do verificado em agosto, o que recupera apenas em parte a queda de 4,2 pontos registrados nos últimos cinco meses. O indicador de intenção de investimentos está 3,1 pontos acima do de agosto do ano passado.
A Sondagem Industrial foi feita entre 1º e 13 de agosto com 2.257 empresas. Dessas, 932 são pequenas, 798 são médias e 527 são de grande porte.