terça-feira, 25 de setembro de 2018

Será?

Tudo bem que lá as instituições são muito mais sólidas e respeitadas que aqui, tudo bem também que Trump as tem atacado seguidamente, criando o atual clima político no "berço da "democracia"", mas ele não deve estar dormindo muito tranquilamente ultimamente. Por sinal, seus correligionários republicanos também não, quando o bilionário que começou do nada com apenas um milhãozinho de dólares que o papai lhe deu começou a tomar atitudes francamente conflitantes com os princípios do partido dos ricos e endinheirados dos EUA, mesmo que essas atitudes impactem positivamente para esses mesmos ricos e endinheirados.

Vamos ver como isso acaba, porque está ficando interessante.


"Se eu sofrer impeachment, mercado entrará em colapso", diz Trump

por Deutsche Welle — publicado 23/08/2018 17h57
O presidente dos EUA afirma que "todos ficariam pobres" se ele fosse afastado do cargo
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"Se eu sofrer impeachment, mercado entrará em colapso", diz Trump
Trump estaria acuado?

Alvo de recentes acusações que trouxeram à tona discussões sobre um possível impeachment, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em entrevista divulgada nesta quinta-feira 23 que a economia norte-americana pode entrar em colapso se ele for afastado do cargo.
O republicano falou à emissora Fox Newsapós uma série de acontecimentos judiciais que podem trazer consequências legais e políticas à sua presidência.
"Eu vou dizer uma coisa: se eu sofrer um impeachment, acho que o mercado iria ruir, acho que todo mundo ficaria muito pobre", disse Trump ao "Fox and Friends", segundo ele seu programa de notícias favorito na televisão. "Você veria números nos quais você não acreditaria."
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Às vezes desconcertado, o presidente ainda afirmou não saber como é possível afastar "alguém que tem feito um ótimo trabalho". Segundo ele, nenhum outro chefe de Estado conseguiu tanto em tão pouco tempo, e a economia prospera como nunca.
Também descreveu como um "enorme sucesso" o encontro com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e a cúpula com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que foi alvo de duras críticas, inclusive por parte de políticos republicanos.
Trump raramente menciona a possibilidade de um impeachment. Para a mídia norte-americana, a mera referência por parte do presidente reflete quão profundos seus problemas políticos se tornaram, apesar de analistas considerarem improvável qualquer medida legal contra o republicano por enquanto.
Na terça-feira 21, o ex-chefe de campanha Paul Manafort foi considerado culpado por um júri de cinco acusações de sonegação fiscal, três de fraude bancária, uma por não informar contas bancárias no exterior e duas por mentir para obter empréstimos.
No mesmo dia, Michael Cohen, ex-advogado do presidente, confessou ser culpado em oito acusações, incluindo a de ter comprado o silêncio de duas mulheres que supostamente tiveram relações sexuais com Trump, a pedido do então candidato à presidência.
Como os pagamentos tinham a intenção de "influenciar as eleições" presidenciais de 2016, conforme descreveu Cohen, eles violaram as leis dos EUS sobre as contribuições de campanha, podendo, assim, envolver Trump em um crime eleitoral.
Apesar de Cohen não ter mencionado os nomes das duas mulheres, os valores se referem a pagamentos já conhecidos feitos a Stormy Daniels, atriz de filmes pornográficos que alega ter tido uma breve ligação com Trump em 2006, e a Karen McDougal, ex-modelo da revista Playboy que afirma ter tido um caso com o magnata entre 2006 e 2007.
A versão do presidente sobre os pagamentos feitos por Cohen mudou diversas vezes ao longo do ano passado e, na entrevista à Fox News, ele tentou neutralizar as alegações.
Trump afirmou que seu ex-advogado "fez os acordos" com as duas mulheres e insistiu que as ações de Cohen "não são um crime", alegando que, "francamente, violações de campanha não são consideradas um grande problema".
O presidente disse ainda que a compra do silêncio foi feita com seu próprio dinheiro – ao qual Cohen tinha acesso –, e não com o dinheiro de campanha, e argumentou que não sabia sobre os repasses na ocasião. Mesmo assim, afirmou, desde então tem sido totalmente transparente sobre o assunto.
Ao se declarar culpado, Cohen, que fez um acordo com a Justiça, afirmou sob juramento que agiu "em coordenação e sob a direção de um candidato a um cargo federal", em clara referência ao atual presidente americano.
À Fox, Trump lançou críticas a seu ex-advogado, sugerindo que cooperar com o governo em um processo criminal em troca da redução da pena "quase deveria ser proibido". "Não é justo", afirmou, acrescentando que a ferramenta incentiva investigados a "falarem coisas ruins sobre outra pessoas, apenas inventando mentiras".
Por outro lado, o presidente teceu elogios a Manafort por ter enfrentado um julgamento em vez de negociar um acordo judicial – uma medida que gerou especulações de que o ex-chefe de campanha possa estar esperando um perdão presidencial.
Questionado se considera tomar tal decisão, Trump afirmou apenas ter "um grande respeito pelo que ele fez e pelo que ele passou". "Uma das razões pelas quais eu respeito tanto Paul Manafort é que ele passou por esse julgamento".
Ambos os casos são resultado, ao menos em parte, das investigações do procurador especial Robert Mueller, encarregado do inquérito sobre uma suposta ingerência da Rússia nas eleições presidenciais de 2016, num processo que Trump considera uma "caça às bruxas".

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