quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Crescem notoriedade e rejeição

Vejam bem, o se a transferência de votos começou, o índice de rejeição também. Lula tinha enorme quantidade de votos indo a um segundo turno, dificilmente Haddad irá alcançar esse número, mas sendo de um partido enormemente antipatizado no momento, e tendo, ele mesmo certa rejeição, a tendência é que nesse quesito ele chegue próximo a Lula, mas sem atingir a popularidade do ex-Presidente.

Vou repetir aqui o que venho dizendo há algum tempo. Arrisca, no segundo turno, ganhar o que tenha menos rejeição, e não o que tenha mais apoio. E arrisca também termos o número de votos nulos e brancos mais alto da história.


Mais conhecido, Haddad vê rejeição subir em quase todas as faixas de eleitores

Bolsonaro ainda lidera, com 44%, lista de candidatos nos quais os brasileiros jamais votariam


Isabel Fleck
SÃO PAULO
Entre as pesquisas Datafolha realizadas na última segunda-feira (10) e no fim da semana, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, saltou de 9% para 13% nas intenções de voto e viu seu grau de conhecimento subir de 59% para 71%.
No entanto, a oficialização do nome do ex-prefeito como cabeça de chapa pelo PT na terça (11), depois de o partido defender publicamente por meses que seu único candidato ao Planalto era o ex-presidente Lula, levou também a um aumento da rejeição ao nome do petista.
Entre todos os 2.820 entrevistados entre quinta e sexta-feira, em 197 cidades, 26% disseram que não votariam de jeito nenhum em Haddad —quatro pontos a mais que no início da semana.
Se o ex-prefeito de São Paulo herdar, além dos votos, a rejeição do ex-presidente Lula, o índice ainda pode subir. Na pesquisa Datafolha de 20 e 21 de agosto, a última que fez essa medição para o líder petista, Lula tinha 34% de rejeição.
Entre os dois últimos levantamentos, feitos com quatro dias de diferença, a parcela de brasileiros que disse não votar de jeito nenhum em Haddad oscilou para cima em todas as faixas de idade, escolaridade e renda, com exceção dos que ganham mais de dez salários mínimos por mês. Neste caso, houve uma variação para baixo dentro da margem de erro de dois pontos, de 40% para 38%.
Em algumas faixas, como entre eleitores com ensino superior, com idades entre 25 e 34 anos ou com mais de 60 anos e com renda entre cinco e dez salários mínimos, o crescimento da rejeição foi superior a seis pontos.
Entre homens e mulheres, a rejeição ao petista subiu quatro pontos, sendo maior no eleitorado masculino (33%). 
Haddad também tem mais eleitores não dispostos a votar nele nas regiões Sul, Nordeste, Sudeste e Centro Oeste. Nesta última, o índice subiu dez pontos, para 32%. No Nordeste, onde ele cresceu sete pontos nas intenções de voto na última semana, para 20%, sua rejeição subiu seis, para 21%.
Outro grupo que agora rejeita mais Haddad é o que diz não ter partido de preferência: de 24%, eles passaram a ser 29%. Entre os que se identificam com o PSDB, a reação à candidatura do ex-prefeito foi mais forte, passando de 29% para 46% a rejeição de Haddad. 

O candidato mais rejeitado em praticamente todas as faixas do eleitorado, no entanto, segue sendo Jair Bolsonaro (PSL). No total de eleitores, 44% declaram que jamais votariam no capitão reformado. Entre as mulheres, o índice chega a 49%. 

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