Vamos ao grande assunto da semana. Um Sargento da aeronáutica foi preso em Sevilha, Espanha, com 39 kg de pasta de coca, divididos em 37 pacotes, e encontrados em sua bagagem de mão.
O fato serviu para desviar atenções dos últimos importantíssimos acontecimentos ocorridos no país, que foram as explicações de Moro no Senado, as de Glenn Greenwald na Câmara, e os julgamentos de dois Habeas Corpus para Lula no STF, em que o ex-Presidente foi mantido no cárcere.
Mais do que as declarações protocolares de autoridades, incluindo o Presidente Bolsonaro, condenando a atitude do militar, e pedindo sua apenação, temos que ter em mente algumas questões importantíssimas.
A primeira delas é: como um traficante se infiltra na comitiva do Presidente da República?
A segunda: onde estava a segurança presidencial, que não detectou uma carga de 39 kg de pasta de coca em um avião da comitiva?
A terceira: onde está a segurança presidencial, que não fez uma avaliação e um acompanhamento corretos dos membros de uma comitiva da Presidência da República?
A quarta: Alguém acredita que esse Sargento tenha entrado com 39 Kg de pasta de coca em um avião da comitiva da Presidência da República sozinho? Que não teve a ajuda de ninguém?
A quinta: o que mais é transportado nesses aviões?
Tudo isso são perguntas ao mundo todo, mas agora uma pergunta interna.
A sexta: onde está a tão propalada contenção de gastos, quando se mobiliza uma comitiva imensa, e ao menos dois aviões numa viagem presidencial? Não seria isso um contrassenso?
A sétima: as informações dizem que esse Sargento trespassou os governos de Dilma, Temer, e agora está com Bolsonaro. Desde quando essas encomendas são transportadas por ele?
A sétima: as informações dizem que esse Sargento trespassou os governos de Dilma, Temer, e agora está com Bolsonaro. Desde quando essas encomendas são transportadas por ele?
Independente de qualquer outra coisa, essa é, sem a menor sombra de dúvidas, a pior vergonha passada pela Presidência da República Brasileira da História. Nem mesmo a subserviência e as patéticas cenas já protagonizadas em Davos e nos EUA se comparam a esse episódio do tráfico.
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