quinta-feira, 27 de junho de 2019

39 kg e um Sargento - atualizado


O fato serviu para desviar atenções dos últimos importantíssimos acontecimentos ocorridos no país, que foram as explicações de Moro no Senado, as de Glenn Greenwald na Câmara, e os julgamentos de dois Habeas Corpus para Lula no STF, em que o ex-Presidente foi mantido no cárcere.

Mais do que as declarações protocolares de autoridades, incluindo o Presidente Bolsonaro, condenando a atitude do militar, e pedindo sua apenação, temos que ter em mente algumas questões importantíssimas.

A primeira delas é: como um traficante se infiltra na comitiva do Presidente da República?

A segunda: onde estava a segurança presidencial, que não detectou uma carga de 39 kg de pasta de coca em um avião da comitiva?

A terceira: onde está a segurança presidencial, que não fez uma avaliação e um acompanhamento corretos dos membros de uma comitiva da Presidência da República?

A quarta: Alguém acredita que esse Sargento tenha entrado com 39 Kg de pasta de coca em um avião da comitiva da Presidência da República sozinho? Que não teve a ajuda de ninguém?

A quinta: o que mais é transportado nesses aviões?

Tudo isso são perguntas ao mundo todo, mas agora uma pergunta interna.

A sexta: onde está a tão propalada contenção de gastos, quando se mobiliza uma comitiva imensa, e ao  menos dois aviões numa viagem presidencial? Não seria isso um contrassenso?

A sétima: as informações dizem que esse Sargento trespassou os governos de Dilma, Temer, e agora está com Bolsonaro. Desde quando essas encomendas são transportadas por ele?

Independente de qualquer outra coisa, essa é, sem a menor sombra de dúvidas, a pior vergonha passada pela Presidência da República Brasileira da História. Nem mesmo a subserviência e as patéticas cenas já protagonizadas em Davos e nos EUA se comparam a esse episódio do tráfico.

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