O Ministro da Justiça, e ex-juiz, Sérgio Moro, prestou esclarecimentos sobre as conversas vazadas que teve com os procuradores da Operação Lava-jato, onde agia mais como líder e mentor, e menos como Juiz.
Pois bem, vamos a algumas observações. A primeira é que segue a tática do João-sem-braço. Primeiro a divulgação foi crime. Mas se não for crime não é ele, foi forjada. Por último, se não for crime nem forjado, então não tem nada de mais. É muita desculpa esfarrapada numa situação só.
Nos esclarecimentos prestados a situação foi a seguinte: os Senadores governistas bajulando, tentando abafar, tentando blindar, e tentando mudar a situação que pesava sobre o Ministro. Os Senadores de oposição, em sua maioria com acusações sérias e perguntas vagas.
Duas pérolas não poderíamos deixar passar. A primeira foi durante a intervenção do Senador Flávio Bolsonaro. Moro chamou o Presidente Bolsonaro de mentiroso, e o Senador Bolsonaro também, ao dizer que não havia acordo de indicação ao STF, algo que o próprio Presidente disse haver, e a Flávio ao afirmar que não pediu o Coaf, pedido esse que o Senador havia afirmado que presenciou.
A outra pérola foi ter afirmado que não tem apego ao cargo, e que o deixaria imediatamente se ficassem comprovados seus desvios.
Aí eu pergunto: ainda não deixou o cargo por que? Por situações análogas, mas menos frequentes, juízes são afastados nos EUA, país que Moro diz tirar muitas de suas práticas jurídicas. Nesse ponto as regras não são diferentes de lá.
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