O grande movimento politico da semana foi a Vaza-jato ou Morogate, que é como ficou conhecido os vazamentos das conversas secretas dos integrantes da operação Lava-jato pelo The Intercept. Como já era nítido, com as declarações públicas de apoio mútuo, o juiz julgador tinha ascendência e participava das estratégias da acusação, enquanto, por outro lado, sabotava as estratégias de defesa, chegando ao cúmulo de grampear advogados, etc. As ações jurídicas tomadas também foram, grande parte delas, ilegais, e mesmo criminosas, sempre contra os réus e as defesas. Se juntarmos as denúncias de Tacla Duran, então vemos uma série de desvios, crimes, e ilegalidades, que não apenas anulariam as condenações de Lula, mas outras também.
Tudo isso referendado por Cortes superiores. Não há como dissociar isso.
Outro grande fato da semana foi a Greve Geral contra a Reforma da Previdência. Os analistas de direita, ou tentaram desqualificar os atos, ou tentaram minimizá-los. Os analistas de esquerda buscaram enaltecê-los. Na média os de direita disseram que pararam cerca de 10 milhões de pessoas, os de esquerda chegaram a dizer em 45 milhões. Como ambas as partes exageram, ficaremos com 27,5 milhões parados, o que implica em uma greve respeitável, ainda mais se levarmos em conta o quadro de desemprego, desalento e informalidade implantadas no país pelas crise econômica, e pela destruição dos direitos trabalhistas. Mas não é algo que possamos chamar de movimento estrondoso contra a retirada de direitos da destruição da Previdência, mas certamente deixou a turma de Brasília em alerta.
Por último algo que tem passado despercebido a muita gente. A destruição da Previdência está em suas fases finais para ir a plenário. Ela já foi bastante desidratada, ela já foi bastante modificada em relação àquela que foi enviada pelo Governo ao Congresso, e já criou tensões com e para Paulo Guedes. Mas há espaço para maiores mudanças. porque enquanto categorias que lidam com agentes altamente nocivos perdem qualquer a contrapartida previdenciária a essa exposição, os privilégios previdenciários de juízes, procuradores, militares, e algumas outras categorias de funcionários públicos foram muito pouco mexidas, . O funcionalismo público não existe para criar uma casta de abastados com direitos acima do resto da população, ao contrário, eles são os primeiros que precisam dar exemplo do bom trato da coisa pública, e dos princípios humanos que estão espelhados em nossa Constituição. Isso se aplica também a suas aposentadorias.
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