Bem, vamos a algumas ponderações importantes de serem feitas, porque apesar de bom, o artigo abaixo também é tendencioso. A primeira situação que acho interessante o fato de terem pego um período de 10 dias e arredondado para duas semanas, embora o período esteja mais perto de uma. Bobagem? Talvez, mas era mais fácil dizer que foi um período de 10 dias e comparar a outros períodos de 10 dias do próprio ano.
Mas apesar de a reportagem buscar uma justificação desnecessária, a verdade é que a câmara acionada independetemente da vontade do policial tende sim a diminuir a violência e a letalidade das forças de segurança pública, seja no Brasil, seja em qualquer lugar do mundo. Isso se torna mais verdade quanto mais sério seja o sistema jurídico-legal do país.
Só que não podemos esperar que as mortes em ações policiais acabem totalmente, porque em situações de conflito, que muitas vezes descambam para o uso de armas de fogo, ou brancas, eventualmente teremos realmente situações em que os policiais precisarão defender suas vidas, e uma morte ou outra ocorrerá. Entretanto, algumas que vieram a beneficiar determinadas figuras da República, e também alguns endinheirados, talvez não tivessem ocorrido. Isso sem contar a carnificina que se vê nas comunidades pobres e favelas do país.
Ou seja, as câmaras podem fazer com que os policiais atuem como policiais, não como justiceiros a cargo do erário público, como muitas vezes acontece.
Câmera na farda: Rota, uma das tropas mais letais da PM de SP, zera mortes após uso do dispositivo
A Rota, uma das tropas da Polícia Militar (PM) que mais matam em São Paulo, passou a usar câmeras nos uniformes dos agentes para tentar flagrar possíveis desvios de conduta, desde o último dia 4
Até o dia 14 de junho, quase duas semanas depois, não foi registrado nenhuma morte em decorrência de intervenção policial envolvendo policiais da Rota
O último caso de morte com a participação de policiais militares da Rota foi registrado no dia 31 de maio, quando a tropa ainda não usava as câmeras
As Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), uma das tropas da Polícia Militar (PM) que mais matam em São Paulo, passaram a usar câmeras nos uniformes dos agentes para tentar flagrar possíveis desvios de conduta, como abusos de autoridade e violência policial, desde o último dia 4.
Até o dia 14 de junho, quase duas semanas depois, não foi registrado nenhuma morte em decorrência de intervenção policial — nome dado pelas forças de segurança para mortes envolvendo agentes do estado — envolvendo policiais da Rota.
A informação foi inicialmente divulgado pelo portal "Notícia Preta" e confirmada pela reportagem do Yahoo! Notícia junto à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).
A Rota foi o batalhão que mais matou suspeitos de crimes em 2019 no estado de São Paulo, sendo considerada a tropa mais letal da Polícia Militar paulista, de acordo com dados da Ouvidoria da Polícia Militar. Naquele ano, foram registradas 101 mortes causadas por policiais durante confrontos.
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