segunda-feira, 19 de julho de 2021

O pastor, o palácio, vacinas, e a corrupção

Ótimo o artigo abaixo de André Barrocal veiculado pela Carta Capital. Parece até roteiro de conspiração em algum governo de república bananeira, mas é só o retrato do que acontece no Brasil do (des)Governo de Jair Messias Bolsonaro.

E sim, apenas um retrato, porque se passar um filme desse (des)Governo vão descobrir desvios e corrupção por todos os lados. Os sinais estão aí, não vê quem não quer.

A propósito, entrem no link abaixo, e vejam o artigo completo lá no site da Carta Capital.

O capítulo bíblico do ‘vacinogate’ é mais que uma história de lobby no governo

Amilton de Paula, o 'reverendo', faz negócios travestidos de ajuda humanitária

por ANDRÉ BARROCAL 17 DE JULHO DE 2021

Jair Bolsonaro foi ao Supremo Tribunal Federal na segunda-feira 12, chamado pelo comandante da Corte, Luiz Fux. Marco Aurélio Mello pendurava a toga naquele dia, e para a vaga o ex-capitão indicou o “terrivelmente evangélico” André Mendonça, advogado-geral da União. Não era disso, porém, que Fux queria tratar. Diante dos últimos disparates presidenciais sobre fraude eleitoral, o juiz desejava reunir os chefes dos Poderes. Seria dali a dois dias. A reunião acabou cancelada, devido à  à obstrução intestinal que levou Bolsonaro ao hospital. Na saída do encontro com Fux, o ex-capitão foi perguntado por jornalistas sobre certo evangélico, e não era Mendonça. “Se eu vir a cara dele, pode ser que eu lembre de algum lugar, mas num tô lembrado.”

Em 16 de março, o evangélico em questão, reverendo Amilton Gomes de Paula, havia escrito cedo no Whats­App: “Ontem falei com quem manda! Tudo certo! Estão fazendo uma corrida compliance da informação da grande quantidade de vacinas!” A mensagem do fundador da Igreja Batista Ministério Vida Nova dirigia-se ao PM mineiro Luiz Paulo Dominguetti, cujo celular foi apreendido pela CPI da Covid. Uma interlocutora do pastor, a misteriosa Maria Helena, deu a informação igual ao policial: “Ontem o rev esteve com o presidente”. Idem um empresário de Santa Catarina, Renato ­Gabbi, parceiro do religioso na tentativa de vender imunizantes a estados e prefeituras: “Ontem o Amilton falou com Bolsonaro, ele falou que vai comprar tudo”.



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