terça-feira, 24 de agosto de 2021

Falta conhecimento, sobra preconceito

A declaração do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, gerou muita confusão nas redes sociais na semana passada. Além de infeliz, demonstra muita ignorância, e ainda mais preconceito. Seria triste na boca de um qualquer, mas na do Ministro da Educação, que é responsável por produzir e implementar medidas inclusivas para essas pessoas dentro das atribuições de sua Pasta, a Educação, isso ganha ares de retrocesso, ignorância e preconceito. A estupidez dita por aquele que deveria ser o Ministro da Educação gerou também um belo bate-boca com o Senador Romário, do Rio de Janeiro, que tem a inclusão como uma de suas pautas.

As falas e as propostas defendidas pelo Ministro e pelo Governo Bolsonaro são desagregadoras e discriminatórias, e não se justificam, ainda que o Estado não tenha as condições de dar o suporte necessário para que as políticas de inclusão sejam eficientes ao máximo. Sim, porque é dever do Ministro é conseguir os recursos para isso, não atacar a política de inclusão baseadas em preconceito e reacionarismo.



Ribeiro: É 'impossível' conviver com crianças com certo grau de deficiência

Do UOL, em São Paulo 19/08/2021 16h07Atualizada em 19/08/2021 19h08 Quase uma semana após afirmar que os alunos com deficiência "atrapalham" o aprendizado dos demais, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, declarou que existem crianças com "um grau de deficiência que é impossível a convivência" nas escolas. Nas redes sociais, o ministro depois pediu desculpa "a quem se sentiu ofendido" e indicou que "algumas palavras foram utilizadas de forma não apropriada".

A declaração foi feita no Recife, após o ministro ser questionado de sua fala anterior, em programa da TV Brasil, sobre "inclusivismo", que gerou um bate-boca com o senador Romário (PL-RJ).

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