O Presidente da Câmara Arthur Lira, deve pautar a PEC do Voto impresso já para amanhã. Isso vem logo após a comissão que analisava a PEC ter dado um rotundo não (23x11), e os analistas entendem que essa tendência se transfere também ao plenário da Câmara.
Com isso a ideia seria dar um não a essa história de voto impresso, e já tem gente cobrando que o próprio Lira vote e assim se posicione sobre o tema, já que o voto será nominal. O voto de Lira é tido como uma pá de cal sobre as aspirações do Planalto numa pauta tão controversa.
Sobre o texto rejeitado na Comissão eu gostaria de destacar o seguinte trecho da PEC:
Isso mostra que o que querem é um retorno ao voto no papel, com apuração manual, mapas eleitorais, etc. Mas alguém acredita que teríamos ficais dos partidos em todas as seções eleitorais, nos rincões do país, nas áreas dominadas por tráfego, por milícias, etc?
De minha parte não vejo essa como uma discussão tão relevante no momento, mas vejo um enorme risco de termos um retrocesso de mais de século em nosso sistema eleitoral se colocarmos um texto absurdo desses para ser votado.
E lembrando que as fraudes ocorrem em muitos níveis, e as urnas são apenas um desses níveis. Claro que qualquer processo que venha a tornar as urnas ainda mais confiáveis será bem vindo, e o voto impresso pode ser um caminho, mas precisa ser muito bem pensado e implementado, proibindo inclusive os pedidos de revisão de urnas específicas, sendo a checagem obrigatória, mas por sorteio, contemplando todas as regiões, e limitadas em tempo. Essa checagem, aí sim, seria acompanhada por eleitores e fiscais dos partidos, tendo a Justiça Eleitoral de cada Estado da Federação os seus locais designados com acesso e segurança para garantir a lisura das apurações.
Arthur Lira prevê votação da PEC do voto impresso para terça-feira e agrada oposição
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