Em 02 de outubro tivemos mais uma rodada de manifestações contra o (des)Governo Bolsonaro, e a favor do impeachment do atual Presidente. Algumas cidades tiveram grandes concentrações de manifestantes, notadamente Rio de Janeiro e São Paulo, assim como algumas outras capitais e cidades médias do interior também. Mas apesar dessas concentrações consideráveis, como eu já havia dito, as manifestações perderam um pouco da força que tinham há alguns anos. Os motivos que eu vejo para isso estão nesse post, e não vejo motivos para voltar diretamente a eles.
Mas apesar de menos intensas do que já foram - e até do que poderiam ser - as manifestações de ontem também mostraram alguns outros pontos que deixam em suspensão suas reais intensões. A verdade é que erradamente Jair Bolsonaro já está sendo considerado carta fora do baralho nas próximas eleições, o que faz com que essas manifestações sejam vistas e usadas por alguns partidos muito mais para tentar angariar votos do que para realmente extirpar a maior ameaça à democracia que o Brasil tem desde que promoveu sua abertura política nos anos 80 do século passado.
O problema é que enquanto deixam de focar no principal problema do país no momento, a força que esses mesmos partidos admitem ser o maior problema atual do país tem tempo para tentar se reorganizar e ressurgir das cinzas em que se encontra. Até agora pudemos contar com a imbecilidade do líder dessa força para que isso não aconteça. Acontece que ele é o atual líder, mas não é a força, e mesmo no cargo pode ser colocado de lado em prol da recuperação da ideologia que ele mesmo destrói.
Temos que nos lembrar que a ideologia, a democracia do povo é comida no prato, é emprego decente, é perspectiva de futuro, e quem tem a caneta na mão sempre estará em posição de melhorar essas condições. Hoje Bolsonaro não se reelege, e nem é força em condições de ganhar a disputa, mas nada garante que ele permanecerá assim até 2022. Até Lula já reconheceu o perigo que há nisso.
Bolsonaro precisa ser afastado da Presidência pelo bem do Brasil, e pelo bem da democracia, que muitos dizem defender, mas poucos agem efetivamente para isso, preferindo atuar em prol de seus interesses eleitoreiros.
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