O principal responsável pelo programa de governo de Ciro Gomes fez esse twitter no último final de semana. Além de falar coisas óbvias, como o fato de que precisa haver estímulo governamental para retomarmos o crescimento econômico, que temos um seríssimo problema social que não pode ser resolvido com artifícios contábeis nas contas públicas, e que a quebra das regras impostas por eles mesmos apenas trará mais problemas econômicos, além de não resolver o problema, ainda deu a receita para começarmos a resolver esses problemas.
Uma carga fiscal mais equilibrada, justa e voltada para a diminuição da miséria no país, e à retomada do desenvolvimento e crescimento econômico em áreas que gerem emprego de qualidade.
E claro, um plano, um Projeto Nacional de Desenvolvimento, bem pensado, planejado, e executado.
O resto é tentar usar band-aid para curar fratura exposta.
E é por isso que, lá no título, eu perguntei onde está o homem da Faria Lima? Aquele, que é chamado de Posto Ipiranga, e que seria o Mestre Supremo das finanças públicas e economia política.
demorou, mas chegou o dia em que Bolsonaro mandou às favas o mercado e uma mínima previsibilidade fiscal em prol de suas ambições eleitorais. Não poderíamos esperar nada diferente vindo dele desde o primeiro momento.
bem, mas de toda forma temos um grave problema; o aumento da pobreza em decorrência da situação do país, que se deteriora há anos, agravada pela pandemia, requer uma programa para atenuar a miséria. Não basta retomar o crescimento. Mas como financiá-lo sem fazer essa lambança?
E com maior previsibilidade sobre o comportamento do cenário fiscal? primeiro, seria necessário eliminar uma parte dos subsídios e isenções fiscais. Segundo, a regra do teto deveria ser alterada de modo a torná-la crível. Excluir o investimento, alguns programas sociais,
possibilitar os chamados gastos anticíclicos. Com a redução das isenções, aliada à implementação da taxação sobre lucros e dividendos, e outra formas de riqueza como as grandes propriedades, assim como as heranças, haverá espaço fiscal para termos essas novas regras de despesas
E também controlar a evolução da dívida pública. Uma regra que as pessoas acreditem ser factível a longo prazo. Esse é o caminho correto. Não basta querer mudar o período de inflação observada que corrige o limite de gastos. Traria instabilidade maior ainda.
Furar o teto da forma como se anuncia e mostrar que o compromisso fiscal é zero só piorará o cenário: câmbio, juros, volatilidade e inflação poderão subir juntos. Mas como tudo nesse governo é feito de surpresa, sem planejamento, é o que temos para hoje.
Vai sobrar para quem mais precisa de ajuda neste momento, é lógico, e infelizmente
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