Bom, vamos afirmar e sem medo de errar. Não é bem assim.
Exatamente o que você leu aí em cima. Digital é a moeda que circula de forma virtual, e essa é a acachapante maioria da moeda que circula no país, que vai de uma conta a outra sem o intermédio do papel moeda. É o caso quando se faz um pix, uma transferência ou se usa um cartão de crédito. O dinheiro sai da sua conta e vai para a conta de outro sem que se use o papel moeda, ou seja, a moeda física.
No caso o que o atual presidente do Bacen quer fazer é criar novas formas de pagamento e transferências bancárias, possibilitando compras sem os intermediários, ou mesmo uma transferência para o exterior sem essa etapa.
A diferença é que até agora o real digital pode ser convertido em papel moeda, e essa nova forma impediria tal conversão. Na prática é uma maneira de controlar tudo o que o cidadão faz, porque toda a sua movimentação financeira, em tese, poderá ser rastreada.
E não dá para comparar isso com as chamadas criptomoedas como o bitcoin, porque estas nada mais são do que uma espécie de cota de um fundo de investimento, apenas não são transacionadas dentro do sistema financeiro tradicional e controlado, mas em espaços e ambientes sem controle nenhum, possibilitando uma série de fraudes e evasões fiscais.
Além disso tudo o novo sistema possibilitaria aos bancos privados emitirem "debêntures" atrelados a essa moeda. A questão é se isso não dará margem a fraudes, e se isso não tirará do Estado o monopólio da impressão de moeda, o que pode dar margem a ainda mais fraudes. Mais para a frente teremos essas respostas.
Banco Central prepara moeda virtual para ano que vem
Tecnologia a ser utilizada ainda não foi definida, mas o blockchain, que é usado nas criptomoedas, como o bitcoin, é o caminho mais provável
Programar uma geladeira inteligente para comprar sozinha os produtos que estão faltando ou ter os itens cobrados automaticamente quando são colocados no carrinho do supermercado sem precisar passar pelo caixa podem parecer cenas de um filme futurista. Mas são promessa do Banco Central para uma realidade não muito distante.
Depois do sucesso do Pix, o BC quer ampliar as formas de pagamento no País com o real digital, ou a versão virtual da moeda brasileira. A instituição lançou na semana passada um laboratório para avaliar possibilidades de uso e a capacidade de execução de projetos com o real digital e prevê começar testes com grupos específicos até o fim de 2022.
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