Boulos fez uma crítica a Lula. Racha na "aliança" de mão única da dupla? Não, nada disso, mas política é briga que gera cisões o tempo todo, principalmente quando alguém não quer ceder nada e acha que precisa ser o centro do universo.
Esse alguém é Lula e seu partido. Claro que eles têm direito a achar e tentar isso, mas trouxa é quem cai nesse canto de sereia, mais que desafinado, e mais do que conhecido.
Sim, porque essa história de Alkimin vice de Lula para a Presidência não é para viabilizar a eleição, não é para dar um aceno à direita, e nem para balancear direita e esquerda. Na pior das hipóteses Lula é tão neoliberal quanto Alkimin, mas talvez seja mais.
Não acredita em mim? É só buscar aí nos seus buscadores, e vocês vão achar Lula dizendo que é de direita, que é liberal (de direita), defendendo políticas neoliberais, dizendo que o Brasil não precisa se industrializar, etc.
Então para que Lula convida Alkimin para ser seu vice?
Ora, é muito simples. Alkimin é o mais forte candidato ao governo de São Paulo. Lidera as intensões de voto no primeiro turno, e tem ótimas chances de se viabilizar no segundo turno. O que Lula tenta é tirar Alkimin da disputa, abrindo espaço para seu pupilo Haddad. Na pior das hipóteses ele mina a posição de Alkimin, já que este cogitou aceitar o convite de ser vice na chapa petista, afinal de contas, se ele aceita a vice é porque estão todos juntos, e um não difere do outro (o que não deixa de ter um pouco de verdade).
Boulos sabe disso tudo. Por isso as críticas.
Boulos critica possível aliança entre Lula e Alckmin: "Mau sinal"
Do UOL, em São Paulo 04/12/2021 00h07
O pré-candidato ao Governo de São Paulo Guilherme Boulos (PSOL) criticou a eventual aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), como o seu vice, para as eleições à presidência da República no ano que vem.
Em entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira (3), Boulos considerou a ideia um "mau sinal" para a campanha eleitoral do petista, tendo em vista o "simbolismo negativo" da gestão do tucano em São Paulo, segundo ele.
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