quinta-feira, 31 de março de 2022
Não confundam informação com opinião
quarta-feira, 30 de março de 2022
Um pouco desatualizado, mas ainda válido
Vamos lá, porque algumas situações têm que ser atualizadas. Só há duas hipóteses de Bolsonaro não estar nas eleições. A primeira é se houver uma hecatombe, e ele for afastado por um, ou vários, dos muitos crimes comuns e de responsabilidade que cometeu ao longo de seu governo. Isso é muito difícil de ocorrer, já que ele fez o favor de abrir mão do cofre e alugou sua permanência.
A outra hipótese é menos remota, mas ainda assim difícil, e é ele renunciar para tentar o Senado ou uma volta à Câmara, como forma de manter uma cadeira que lhe garanta foro privilegiado, e um pré-julgamento entre iguais.
Sim, Lula já fez declarações benéficas aos mandatários do país, e também para os mais pobres (picanha e cerveja). Mas o problema de Lula é que ele muda o discurso a depender do ambiente em que está, e promete tudo para todo mundo. O cumprimento dessas promessas dependerá do poder de lobby que cada grupo tenha nos gabinetes de Brasília, por isso os mais de R$ 4 Tri para a especulação financeira, enquanto foram menos de R$ 400 bi para os mais pobres.
Por isso vemos as ambiguidades marcantes em sua figura, que tenta acenos a grupos identitários e a fundamentalistas religiosos. Não que não possa haver diálogo, mas ele promete apoios e políticas favoráveis a esses grupos, políticas que se contrapõem, e com isso cria conflitos. Ele promete o que não pode cumprir, e previamente cria as cisões que traspassaram todos os governos petistas. Quando o dinheiro vem em boa quantidade, como no boom das commodities, essas ambiguidades são amenizadas, quando o dinheiro escasseia, elas afloram como as sérias cisões sociais que temos e não foram adequadamente tratadas, porque lhe serviram apenas de trampolim eleitoral.
A partir daí o texto de João Pedro Boechat não precisa de nenhum comentário a mais. Ele é claro, e correto. Vale a leitura, e o adendo de que Lula e o PT em nenhum momento tomaram ações concretas para o impeachment do pior presidente da história do país, e o que mais cometeu crimes, muitas vezes confessando esses crimes. Ao contrário, o próprio Lula disse ser contra a derrubada de Bolsonaro, e chegou a fazer acordos com o propósito de manter o atual mandatário no poder.
Por João Pedro Boechat – O ex-presidente Lula é, hoje, o líder absoluto nas pesquisas de intenção de voto em 2022. Tudo indica que a única chance de Lula perder a eleição é se Bolsonaro não conseguir estar no segundo turno – o que é bem possível, não só pela possibilidade de impedimento ou cassação de sua chapa, mas também pela sua péssima popularidade decorrente de sua responsabilidade direta pela morte de mais de meio milhão de brasileiros durante a pandemia do Coronavírus.
Infelizmente, tendo uma oportunidade única para ser eleito virtualmente com uma carta branca para fazer o que quiser, Lula se apoia nisso, ao invés de dizer ao povo o que pretende fazer quando chegar ao governo. Quando ele fala de projetos concretos, seu objetivo não é politizar as massas, e sim se reconciliar com a classe dominante. É por isso que, desde a retomada de seus direitos políticos, Lula já declarou ser contra o Imposto de Grandes Fortunas, a favor da abertura de capital da Caixa Econômica Federal e outros absurdos, ao passo em que acena para os movimentos sociais, que são verdadeiros motores da luta política popular, mas que não têm nenhuma garantia de terem suas demandas atendidas.
terça-feira, 29 de março de 2022
Jair Bolsonaro processado por improbidade
Na verdade demorou.
Sim, porque esses fatos são de conhecimento público ao menos desde a metade de 2018, quando as estranhas relações entre o então Deputado Federal e uma vendedora de açaí na pequena Angra dos Reis vieram a tona durante o período eleitoral.
As investigações sobre fatos desse tipo não são difíceis de serem realizadas, ainda mais para os recursos que MP e PF têm a sua disposição, e tal ação já poderia ter sido impetrada há muito mais tempo.
Por isso me parece que tal ação tem um tom absolutamente eleitoreiro, ainda que os fatos para baseá-la estejam aí, e o próprio Bolsonaro já tenha dito que ela era sua funcionária parlamentar, mas que nunca esteve em Brasília. Ao mesmo tempo a própria Wal do Açaí já disse que prestava serviços particulares ao ex-Deputado, que nada tinham a ver com suas atividades na Câmara.
Em que vai dar isso? Na verdade, vai dar em alguma coisa?
segunda-feira, 28 de março de 2022
Entenda o mundo do petróleo
O mundo do petróleo é um mundo monopolista. Isso ocorre devido às imensas quantidades de recursos necessários para sua exploração, e por sua impressionante importância estratégica para o desenvolvimento de qualquer país.
Isso se traduz em cerca de 80% do petróleo do mundo ser transacionado por empresas estatais. Os outros 20% são transacionados por empresas privadas de cunho monopolista, e umbilicalmente ligadas aos Estados em que baseiam suas sedes.
Assim é que o Brasil "privatiza" suas reservas petrolíferas e infraestrutura de petróleo, e esses acabam por parar nas mãos de estatais estrangeiras.
E a visão de Marconi se confirma em fatos reais. Não há concorrência no mundo do petróleo - no máximo há na distribuição varejista, ou seja, o posto de gasolina - mas jamais na prospecção, transporte e refino.
E é por isso que a Petrobras precisa voltar a ter real controle estatal urgentemente. Porque não há concorrência de mercado nesse setor, e as políticas atuais impostas à empresa apenas beneficiam empresas estrangeiras (a maioria estatais), e prejudicam a população brasileira.
Sim, porque não se cria concorrência, mas tão somente a Petrobras está repassando o controle de nacos de mercado monopolistas a empresas estrangeiras, que passam a cotizar seus preços com esse espírito de monopólio.
O que pensa o conselheiro econômico de Ciro Gomes sobre a Petrobras
Nelson Marconi, professor da FGV, defende o fim da política de venda de ativos na estatal e a diminuição do lucro para aumentar investimento
atualizado 26/03/2022 9:17
Um dos principais conselheiros econômicos de Ciro Gomes, o professor da FGV Nelson Marconi, defende que a Petrobras interrompa a sua política de venda de ativos e modere seu lucro, reinvestindo parte dele em projetos que contribuam para o desenvolvimento do Brasil.
Marconi é um crítico do modelo atual adotado pela estatal, que vende ativos e foca a atuação na extração de petróleo, buscando a maximização dos lucros.
Para Marconi, a Petrobras continuaria sendo lucrativa, mas parte do lucro seria utilizado em novos investimentos.
O professor também é crítico ao acordo que a petroleira firmou com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que levou à venda de refinarias, entre outros ativos.
domingo, 27 de março de 2022
Um galáxia morrendo
Um processo incrível e ao mesmo tempo aterrorizante: uma galáxia morrendo. Se imaginamos a quantidade de matéria, de energia que compõem uma galáxia, e imaginarmos que isso se consome, ou se perde no espaço intergaláctico, e temos ideia (ou não) do tamanho do processo que envolve o fim de uma galáxia.
E não se preocupem, porque ainda que esse processo seja rápido para os padrões cósmicos, ele ainda leva ao menos muitas centenas de milhões de anos, talvez mais alguns bilhões de anos.
E estudar esse processo é interessante para sabermos como será o futuro de nossa galáxia, e talvez do próprio universo.
Mas a pergunta primordial segue sem resposta científica, e a única ideia que temos é a religiosa: "de onde vem tudo isso, e para onde vai?"
Galáxia no fim da vida é vista pela primeira vez no Universo
sábado, 26 de março de 2022
“Smoke on the Water” (Deep Purple) 1920s Cover by Robyn Adele Anderson
sexta-feira, 25 de março de 2022
Comentários
quinta-feira, 24 de março de 2022
Ciro é o único que difere da mesmice
Eu já digo isso faz tempo, agora isso foi dito na própria GloboNews. Vale a pena ver, porque o vídeo é bem curto, e muito elucidativo.
quarta-feira, 23 de março de 2022
A essência de todos é a mesma
Muito bom o artigo de Gilberto Maringoni veiculado no Portal Disparada. Mas eu vou fazer uns adendos a ele.
A primeira é uma crític, e é que as gestões petistas colocaram o projeto social na gestão. Na verdade as gestões petistas ampliaram alguns projetos sociais que foram iniciados pelo governo do PSDB, e incluíram alguns outros. Essa ampliação e acréscimo foram possibilitados pelo boom das commodities, como bem assinalou Maringoni, mas não dá para dizer que o PSDB não teria feito o mesmo, já que tivemos praticamente 4 anos de crise com eles, com o país tendo sido obrigado a recorrer ao FMI.
É verdade que a chapa representa um lado democrático da sociedade, mas é um lado bastante corroído pelo tempo. Não por sua longevidade, mas porque entendem democracia apenas como a eleição, onde decisões e acordos se fazem a portas fechadas, e sempre visando primeiro os ganhos financeiros de elites tradicionais. Ao povo restam as sobras. Quando elas escasseiam, o povo sofre para que as elites não sofram nada. Essa mesma consideração pode ser feita a quase todos os outros partidos e tentativas de coalizões do país.
Por último gostaria de destacar que essa chapa é importante, está no campo democrático, mas ela não rompe exatamente com a aliança nefasta que ele bem descreve no final de seu texto. Dois desses elementos se acomodaram com facilidade em todos os governos desde a redemocratização - Faria Lima e lumpesinato político - e Lula ainda acrescentou os pastores picaretas, que viraram figuras importantes desde o final de seu primeiro governo. Essa chapa mantém esses 3 atores políticos mais do que vivos.
Eu não tenho certeza se vão mandar os militares de volta aos quartéis, e os milicianos para a cadeia.
O incômodo de parte do PT com a indicação de Geraldo Alckmin para vice de Lula não se dá pelo fato do ex-governador ser empecilho para qualquer política emanada da agremiação. Ao longo de 13 anos, as gestões petistas nunca colocaram em xeque algum pilar do neoliberalismo. As políticas monetária e fiscal foram mantidas (câmbio flutuante, altos superávits primários e sobrevalorização cambial) e nenhuma privatização foi sequer ameaçada.
O forte dinamismo do setor externo entre 2006-10, possibilitado pela alta das commodities, garantiu excedentes que resultaram em boas iniciativas na área social e algum ativismo estatal (em especial nas lei de partilha no petróleo, na de conteúdo nacional e na mudança no perfil da dívida pública). Essas três políticas, juntamente com a lei do salário mínimo e a política externa dos dois governos Lula, formam o ponto alto das administrações do período e não são pouca coisa.
O que incomoda parte do petismo é que a aliança com Alckmin joga por terra o bordão de que as gestões tucanas e petistas seriam distintas entre si. Na essência não foram.
Os anos Lula colocaram conteúdo social no projeto neoliberal, mas não ultrapassaram seus marcos. A Carta aos Brasileiros (2002) foi integralmente cumprida, até com certo exagero. O ajuste fiscal de Dilma II, por exemplo, foi muito mais draconiano do que os de FHC. Basta checar os indicadores de PIB, emprego e renda para confirmar.
Repito: há diferenças entre os governos PSDB-PT, mas elas dizem respeito a lateralidades e não à essência do modelo. A aliança Lula-Alckmin confirma tais constatações.
Dito isso, é preciso repetir: as duas lideranças situam-se no campo democrático. A aliança é absolutamente essencial para nos tirar do pântano mortal do combo Faria Lima+milícias+forças armadas+ pastores picaretas+lumpesinato político.
O resto é marola.
terça-feira, 22 de março de 2022
Federação de Barracos
Bem, não mais. Mas o artigo abaixo mostra os problemas que uma possível federação do PSB como PT criavam para o partido sem se consolidar, e eu fico imaginando o que ocorreria caso tivesse se realizado? Sim, porque como o artigo deixa bem claro existiam conflitos sérios entre os interesses pessoais de alguns dos membros do partido - a maioria recém-chegados - e a visão mais ideológica de outros.
O problema é que isso tudo não era apenas uma questão de embates pessoais e ideológicos, mas do que o próprio PSB se tornou ao longo do tempo, com posições frequentemente conflitantes com a ideologia que baseia a fundação de um partido que se diz socialista.
E foi isso que fez com que o PSB aceitasse vários novos membros em suas fileiras, entre eles a liberal que se diz de esquerda Tabata Amaral, o ex-juiz que se diz comunista Flávio Dino, o identitário Marcelo Freixo, e agora o neoliberal Geraldo Alkimin, além de seus quadros mais antigos, que já juntavam suficientes incongruências.
Não que outros partidos não as tenham. O PT tem, o PDT tem, os PSDB, o agora União Brasil as tem de sobra, mas no nível que vemos no PSB eu não vejo em nenhum outro partido. O normal é você ter alguma dissidência dentro da própria proposta ideológica do partido, mas não de ideologias tão díspares como ocorre com os chamados socialistas.
A dúvida é o que ocorrerá com esse, que é um dos partidos mais tradicionais do campo progressista do país. Mas nada do que ocorrer será sem a colaboração da própria cúpula socialista, que tem descaracterizado o partido em nome de elegibilidade há anos. Algo que o PT fez com sucesso, e que os socialistas sofrem em aplicar.
Veremos no que dará essa política partidária do PSB.
Ah sim, a "federação de barracos" é porque a coisa esquentou várias vezes dentro do próprio partido, chegando a ponto de interesses pessoais minarem os interesses do partido e de possíveis aliados.
Telefone na cara, “infiltrado” e traições: aliança com PT bagunça PSB
Negociações por uma federação com o PT desencadeiam brigas em série no PSB e expõem a fragilidade dos laços que unem a esquerda no Brasil
A negociação para criar uma federação entre o PT e o PSB para a eleição deste ano rachou o PSB em dois grupos e mergulhou o partido numa crise de brigas e dedo na cara entre alguns dos principais atores que fazem oposição ao bolsonarismo.
O movimento favorável à federação no PSB é liderado pelos governadores Paulo Câmara, de Pernambuco, e Flávio Dino, do Maranhão, e por deputados federais, entre eles um que é pré-candidato a governador, Marcelo Freixo, do Rio de Janeiro. Integrantes do partido receosos de que o PSB vire um satélite do PT dizem que os três estariam mais preocupados com seus projetos pessoais, vinculados ao sucesso de Lula nas urnas neste ano.
https://www.metropoles.com/colunas/guilherme-amado/telefone-na-cara-infiltrado-do-pt-e-caos-no-rio-o-colapso-do-psb
segunda-feira, 21 de março de 2022
A verdade não é ataque
O artigo abaixo traz uma série de informações políticas, de movimentações de bastidores, de articulações e até de algumas especulações. Tudo isso normal, e mesmo as especulações são aceitáveis neste tipo de artigo, mas tem algo que realmente eu não entendo, e é o fato de tratarem fatos como ataque.
Sim, porque Ciro não atacou ninguém, mas tão somente relembrou fatos, que incluem as promessas feitas de não se sujeitarem e não aceitarem esses tipos de arranjos. Ciro apenas apresenta esses fatos, e diz que quebrará com isso, que tem como quebrar com esse sistema prejudicial ao país, e que irá efetivamente aplicar suas soluções, caso eleito.
E se, caso eleito, ele não cumprir com sua palavra, então que seja cobrado por isso, mas distorcer o sentido de seu discurso apenas busca desmoralizar suas declarações e posições. Não cabe à imprensa fazer isso
Ciro criticou que Bolsonaro tenha se filiado ao PL (Partido Liberal), gerido por Valdemar Costa Neto, um dos pivôs do Mensalão
O presidenciável Ciro Gomes (PTD) voltou a atacar o ex-mandatário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e as antigas gestões do petista e ainda afirmou que o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), sabe que ele pode tirá-lo do segundo turno no pleito deste ano. As declarações foram dadas em entrevista ao Manhã de Notícias, da TV Tiradentes, de Manaus.
Ciro criticou que Bolsonaro tenha se filiado ao PL (Partido Liberal), gerido por Valdemar Costa Neto, um dos pivôs do Mensalão - pelo qual foi preso e condenado. Costa Neto é um dos caciques do bloco conhecido como centrão, formado por partidos periféricos e que costumam remar de acordo com a maré.
Bolsonaro foi eleito em 2018 com críticas a essas siglas e ao ambiente de corrupção em Brasília.
O povão não sabe quem é Valdemar Costa Neto, mas eu sei. Valdemar Costa Neto é o presidente do partido PL, que o Bolsonaro se filiou, e é o homem que foi condenado no mensalão porque o Lula deu o Dnit [Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes] para ele roubar. O Lula também deu os Correios para o Roberto Jefferson roubar e agora ele parece ligado ao Bolsonaro."
"Isso é o que eu estou representando, a negação desse modelo político e econômico. E o Bolsonaro sabe que eu posso tirá-lo do segundo turno", acrescentou.
domingo, 20 de março de 2022
O Planeta Nove
Há alguns meses o chamado Planeta 9 teve bastante repercussão na mídia científica novamente. Se ele será realmente encontrado eu não sei, mas temos 3 opções mais simples para os fenômenos gravitacionais que se observam no Sistema Solar:
1 - A mais aceita é a existência do Planeta 9, e basta encontrá-lo para comprová-la;
2 - As órbitas dos objetos afetados foram mal calculadas (por erro de dados), e basta corrigir os cálculos para que suas órbitas se expliquem;
3 - Ocorreu algum evento dentro do Sistema Solar que desestabilizou as órbitas desses objetos, e elas ainda não se estabilizaram novamente.
E você, acha que pode haver outra explicação?
O Planeta 9 pode estar mais perto e ser mais fácil de encontrar do que se pensava – se existir
O “mapa do tesouro” de um novo estudo sugere que um planeta várias vezes mais massivo do que a Terra pode estar escondido no nosso sistema solar, camuflado pela faixa brilhante de estrelas que constituem a Via Láctea.
Alguns astrónomos acreditam que um planeta desconhecido, com cerca de seis vezes a massa da Terra, está escondido nos confins do sistema solar.
Entre os mistérios mais intrigantes do sistema solar está um enorme planeta gelado que teoricamente vive nas regiões externas da nossa vizinhança cósmica, muito para além da órbita de Neptuno. Este hipotético mundo, apelidado de “Planeta Nove” por alguns dos cientistas que o procuram, gerou polémica desde que foi proposto pela primeira vez.
A existência deste planeta prevê-se com base na sua aparente influência gravitacional sobre um grupo de pequenos objetos que têm um aglomerado de órbitas estranhas. Mas, até agora, as investigações que procuram este mundo não surtiram resultados e os críticos afirmam que os indícios da sua presença são apenas fantasmas que surgem nos dados.
Agora, uma nova análise prevê que, se este planeta existir, pode estar mais perto, é mais brilhante e mais fácil de localizar do que se pensava anteriormente.
sábado, 19 de março de 2022
Chris Isaak - Wicked Game (Violet Orlandi COVER)
sexta-feira, 18 de março de 2022
Comentários sobre a guerra
Rússia vai devagar por opção
Muita gente falando sobre a ferrenha defesa do território ucraniano por parte de seus combatentes. De forma alguma quero desfazer da coragem e gana de seus combatente, mas a grande verdade é que os russos estão avançando com certa lentidão por opção. Opção de dar tempo às conversas, e opção por minimizar as baixas entre os civis.
Esta última parte é justamente o que o presidente ucraniano não fez, ao impedir a saída de todos os homens entre 18 e 60 anos de seu território, e dizendo que eles precisam lutar. Com isso ele transformou alguns milhões de civis em militares e possíveis alvos dos russos, e isso mesmo muitos possam não ter o treinamento militar necessário.
E digo isso porque os russos têm poderio militar para invadir com muito mais velocidade do que tem acontecido, mas isso certamente causaria um número muito maior de baixas civis.
Mercenário Brasileiro não "sabia o que era guerra"?
Viralizou esta semana o vídeo de um brasileiro que foi como mercenário para a Ucrânia para defender o país do inacreditável Zelensky, mas rapidamente perdeu a bravura e parece que já está voltando para o Brasil.
O que ele pensou que era a guerra? Aqueles joguinhos de vídeo que alguém cai numa ilha de paraquedas, acha armas pelo chão e sai matando outros amiguinhos virtuais?
Na guerra as balas são de verdade, as explosões também, e todas elasdestroem, alejam, matam.
Aonde isso vai parar?
Os russos e chineses vêm propagando uma amizade sólida e duradoura. Pois bem, através dessa amizade os russos pretendem driblar boa parte das sanções impostas pelo Ocidente ao país devido à guerra na Ucrânia. Distribuição de boa parte da produção russa, fornecimento de equipamentos, materiais, e até mesmo inclusão no sistema chinês de movimentação monetária internacional.
Só que essa possibilidade já gerou uma resposta acalorada do Ocidente, e os EUA ameaçaram a China de sanções tão duras quanto aquelas aplicadas à Rússia, caso essa ajuda se concretize.
Ora, muito mais do que a guerra, as sanções impostas aos russos vêm causando enormes estragos na economia mundial, e a Rússia está muito distante da China em termos de importância econômica no mundo. Eles pretendem o que, um caos profundo e generalizado na economia do planeta?
No mínimo isso pode ser chamado de irresponsável.
quinta-feira, 17 de março de 2022
Fausto Oliveira dá show no Segunda Chamada
quarta-feira, 16 de março de 2022
A situação política atual
terça-feira, 15 de março de 2022
Interessante pelo potencial
Antes de tudo, para quem acha que a fonte é suspeita, a informação também foi divulgada por grandes veículos, como O Globo, Estadão, etc.
A informação abaixo é interessante porque dá ideia de que o presidenciável do PDT realmente tem maior potencial de crescimento eleitoral que seus concorrentes, principalmente entre aqueles que tentam quebrar a polarização entre o PT e Bolsonaro. E apesar de não ser o mais conhecido dos candidatos, não me parece que esse baixo índice de menções negativas seja pelo desconhecimento, já que após 3 candidaturas, ter sido ministro 2 vezes, Governador, Prefeito de Capital, e Deputado Federal ele não chega a ser um desconhecido.
Por outro lado isso impõe ao pré-candidato um trabalho hercúleo, que é o de ultrapassar ao menos um dos dois preferidos (até o momento) para estarem no segundo turno das eleições. A campanha de Ciro mudou, o candidato e a campanha tomaram um tom mais jovial, isso sem perder o foco nas grandes mazelas nacionais, e a candidatura começa a recuperar algum terreno perdido desde o aparecimento de Sérgio Moro no páreo. Se isso será suficiente para a reversão do quadro, as urnas dirão.
Levantamento aponta Ciro como o candidato com menor taxa de menções negativas
Levantamento feito pela pela plataforma Torabit. mostra o pré-candidato à presidência pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, como o candidato com menor taxa de menções negativas (17%) do país nas rede.
O ex-governador do Ceará somou mais menções positivas (39%) nas redes sociais em fevereiro do que seus adversários Sergio Moro (Podemos) e João Doria (PSDB), também pré-candidatos ao Planalto.
A iniciativa acompanha a evolução do tema das eleições presidenciais de 2022 nas redes sociais e divulga recortes mensais, sendo o segundo mês consecutivo em que Ciro é o menor rejeitado nas redes.
O presidenciável do PDT obteve engajamento desafiando seus rivais nas redes, conforme demonstra o levantamento.
O governador de São Paulo, João Doria, em contrapartida, lidera o ranking de menções negativas (70%), seguido pelo ex-juiz Sérgio Moro (54%). Na sequência aparece o ex-presidente Lula citado 42% das vezes relacionado ao tema ‘corrupção’, dois terços das vezes de forma negativa.
Bolsonaro foi relacionado a coronavírus (34,2%), educação (29,6) e corrupção (15%). No tema corrupção, o percentual negativo foi de 86% das menções, feitas por pessoas que criticam a posição do presidente com relação ao enfrentamento à pandemia.
segunda-feira, 14 de março de 2022
André Roncaglia foi perfeito, mas só a curto prazo
O fio que o Prof. e Economista André Roncaglia divulgou no twitter foi perfeito. Mas ele não pode ser tomado como a solução definitiva da situação dos derivados de petróleo no país, porque não é. O próprio Roncaglia diz que "trata-se de uma solução emergencial", como diz que a Petrobras precisa definir sua posição como empresa pública ou privada, e não pode continuar sendo pública nos "prejuízos" e privada nos "lucros".
Sim, porque ainda que tenhamos alguns poucos importadores de derivados, e já termos uma refinaria importantíssima doada (vendida por preço muito abaixo do mercado) pelo governo para a iniciativa privada, o mercado do petróleo atua como um monopólio (oligopólio se pensarmos em mais de uma empresa). E isso é como tende a operar o capitalismo em qualquer área, porque a ideia de gestores empresariais jamais é aplicar teorias liberais e capitalistas puras, de forma transformar em prática as aspirações de seus teóricos, mas maximizar os lucros de suas empresas, e isso é conseguido com combinação de preços, ações antissindicais conjuntas, lobbies junto ao governo para conseguir facilidades, etc.
Então há necessidade de intervenção estatal sim, não para impedir ninguém de investir ou de ganhar dinheiro, mas para impedir o abuso e o prejuízo da grande maioria da população em prol de alguns pouquíssimos afortunados.
Essa intervenção passa necessariamente pela redução drástica da participação de cotistas privados na Petrobras, mudança na política de composição de preços da empresa, retomada de ativos importantes doados criminosamente, e uma política mais geral, que é criação do imposto sobre lucros e dividendos.
Sim, porque apesar de as ações tomadas de forma emergencial serem corretas, mais uma vez elas estarão sendo pagas pelo pobres, porque o dinheiro sairá dos impostos que são pagos por eles, enquanto o lucro, que vai para os mais abastados via lucros e dividendos, segue isento de impostos.
Aqui também podem acessar outro fio de André Roncaglia, onde ele mostra porque esses aumentos atingem muito mais forte e diretamente os mais pobres.
Claro, e sempre lembrando que toda essa confusão econômica mundial não se dá porque a Rússia está em guerra com a Ucrânia, mas porque o mundo Ocidental resolveu aplicar sansões econômicas sem pensar nas consequências das ações que tomavam, e o reflexo veio para cima dos próprios ocidentais. A Rússia não é Cuba.
... beneficiará os mais ricos, que gastarão algumas centenas de reais a menos com gasolina. Não me parece que ricos consumirão mais combustível pq está mais barato. Neste nível de renda, literalmente NÃO HÁ RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA efetiva. Rico gasta o quanto quiser em gasolina.
A coisa muda de figura conforme descemos os degraus da distribuição de renda. No andar de baixo, o peso direto e indireto dos combustíveis sobre o orçamento familiar é enorme. Há restrição orçamentária efetiva. A elevação do preço força famílias a escolhas difíceis...
Seja pelo custo direto do combustível sobre transporte individual e coletivo, seja pelo encarecimento indireto de bens pelo maior custo de frete. Num país com predominância de malha rodoviária, já dá pra imaginar que este custo não é desprezível.
Em níveis de renda muito baixos, o subsídio implica a escolha pelo botijão de gás em vez da perigosa improvisação de lenha com álcool em gel; significa a viabilidade da atividade do motorista e do entregador de aplicativo e menor elevação da tarifa de transporte coletivo.
É claro que as formas de "financiar" esta política são relevantes e precisam ser discutidas, para que os pobres não paguem pela política que deveria favorecê-los. Por isso, a ideia de absorver parte dos lucros da Petrobras ou mesmo dos dividendos distribuídos ao gov federal...
parece fazer sentido. Os dividendos já distribuídos serão, salvo engano, direcionados a reduzir a dívida pública, que é majoritariamente detida pelos... RICOS. Não seria este um uso regressivo dos lucros EXTRAORDINÁRIOS da Petrobras?
É preciso que se decida se a Petrobras é uma empresa estatal ou não. Não dá pra ser SÓ empresa privada quando o tema é distribuição de dividendos aos acionistas minoritários e SÓ estatal quando o assunto é usar os recursos PÚBLICOS da empresa para fazer política pública emergencial.
Há varias outras questões e inúmeros detalhes neste problema que dizem respeito ao processo de fragmentação produtiva da Petrobras no processo de desestatização que a empresa vem sofrendo. A falha no raciocínio de liberais é a presunção de que o preço elevado da gasolina...
conduzirá o mercado a efetuar a transição energética de forma espontânea, a golpes de investimento na categoria ESG. Duvido que isso ocorra a partir das oscilações no preço internacional do petróleo motivadas por geopolítica e pela especulação financeira com commodities
Esta transição dependerá de muito subsídio estatal a inovações e ao uso de fonte de energia alternativa (será que pobres usarão carros híbridos pra se beneficiar dos subsídios?). Mas o problema atual não tem a ver com transição energética, mas sim com o curtíssimo prazo.
Trata-se de uma correção emergencial de um preço fundamental da economia que está se comportando de forma socialmente disfuncional, jogando parcelas enormes da população na penúria material enquanto uma pequena parcela mais rica (nacional e estrangeira) acumula lucros anormais.
A solução "ótima" aqui é aquela que no curtíssimo prazo alivia a restrição orçamentária de quem é imediata e irrecorrivelmente esmagado pela elevação dos preços dos combustíveis, qual sejam os mais pobres. Se houver, que a transferência de renda ocorra entre os ricos. FIM