O mundo do petróleo é um mundo monopolista. Isso ocorre devido às imensas quantidades de recursos necessários para sua exploração, e por sua impressionante importância estratégica para o desenvolvimento de qualquer país.
Isso se traduz em cerca de 80% do petróleo do mundo ser transacionado por empresas estatais. Os outros 20% são transacionados por empresas privadas de cunho monopolista, e umbilicalmente ligadas aos Estados em que baseiam suas sedes.
Assim é que o Brasil "privatiza" suas reservas petrolíferas e infraestrutura de petróleo, e esses acabam por parar nas mãos de estatais estrangeiras.
E a visão de Marconi se confirma em fatos reais. Não há concorrência no mundo do petróleo - no máximo há na distribuição varejista, ou seja, o posto de gasolina - mas jamais na prospecção, transporte e refino.
E é por isso que a Petrobras precisa voltar a ter real controle estatal urgentemente. Porque não há concorrência de mercado nesse setor, e as políticas atuais impostas à empresa apenas beneficiam empresas estrangeiras (a maioria estatais), e prejudicam a população brasileira.
Sim, porque não se cria concorrência, mas tão somente a Petrobras está repassando o controle de nacos de mercado monopolistas a empresas estrangeiras, que passam a cotizar seus preços com esse espírito de monopólio.
O que pensa o conselheiro econômico de Ciro Gomes sobre a Petrobras
Nelson Marconi, professor da FGV, defende o fim da política de venda de ativos na estatal e a diminuição do lucro para aumentar investimento
atualizado 26/03/2022 9:17
Um dos principais conselheiros econômicos de Ciro Gomes, o professor da FGV Nelson Marconi, defende que a Petrobras interrompa a sua política de venda de ativos e modere seu lucro, reinvestindo parte dele em projetos que contribuam para o desenvolvimento do Brasil.
Marconi é um crítico do modelo atual adotado pela estatal, que vende ativos e foca a atuação na extração de petróleo, buscando a maximização dos lucros.
Para Marconi, a Petrobras continuaria sendo lucrativa, mas parte do lucro seria utilizado em novos investimentos.
O professor também é crítico ao acordo que a petroleira firmou com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que levou à venda de refinarias, entre outros ativos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário