quarta-feira, 16 de março de 2022

A situação política atual

Algumas movimentações políticas ocorridas na última semana movimentaram as redes sociais e achei que deveria comentá-las aqui.

PDT convida Datena

Mas não foi somente o PDT. Dória e o Republicanos também convidaram o apresentador, o que mostra que ele tem bastante potencial para turbinar qualquer partido, ao menos em São Paulo. 

Quanto ao convite do PDT parece que incluiu também a possibilidade de ele vir a ser Vice na chapa de Ciro Gomes. E isso dá a entender que o PDT já trabalha fortemente com a possibilidade de não conseguir fazer aliança com ninguém nesta eleição.

Essa situação se explica de forma muito simples. Ciro tenta levar algumas coligações regionais exitosas para o âmbito nacional, mas como ele mesmo já disse as situações são distintas. Regionalmente são muito mais importantes o conhecimento regional e a capacidade administrativa do que estruturação economica.

Mas para o governo federal isso se inverte, e todos os partidos que tiveram coligações exitosas com o PDT são neoliberais (vocês lembram? "Qualquer um, menos o Ciro"). Os poucos que escapam dessa armadilha ideológica tosca estão lutando desesperadamente pela sobrevivência, e pensam (equivocadamente a meu ver) que uma aliança com o PT lhes renderá melhores frutos políticos. 

O único que rompe com tudo isso é Ciro e o PDT. É a única verdadeira oposição, e os outros são todos facções que lutam apenas pelo poder, e por colocarem as mãos diretamente nos cofres publicos.

Federação PT-PSB mixou

O PSB anunciou que não participará da federação entre PT-PV-PCdoB, e possivelmente o PSOL. A Rede também negocia, mas deve fechar acordos sem criar a federação, algo que o próprio PSB deve fazer também.

No caso dos socialistas isso é até mais sério, porque ele buscam a Vice na chapa encabeçada pelo PT, além de algumas composições estaduais.

Mas quem perderá será o PSB. Não porque irá se juntar a outro partido, mas porque, na ânsia de ter o apoio de um partido forte em vários estados do país, ficará mais uma vez restrito a Pernambuco, e terá uma oposição velada em outras partes, e o apoio de nenhum dos partidos médios com os quais poderia ter se juntado.

Bolsonaro cresce, Lula cai

As últimas pesquisas vêm indicando uma leve reação do Presidente Jair Bolsonaro e uma leve queda também do ex-Presidente Lula. Nada que chegue a inverter ou ameaçar inverter suas posições nas pesquisas pela corrida presidencial até o momento, mas o suficiente para impedir Lula de vencer no primeiro turno e para desidratar a chamada 3ª via e Ciro Gomes, embora Ciro também tenha crescido um pouco.

Só que a campanha eleitoral ainda não começou, e o que tanto a 3ª Via, como Ciro Gomes esperam é que durante a campanha oficial eles possam minar essa base petista e bolsonarista, e que ao menos um deles dê lugar no segundo turno a eles. 

Também esperam que o povo consiga pensar fora da caixinha, e que observem melhor outras opções.

Enquanto isso os dois líderes das pesquisas se retroalimentam, uma hora falando mal do outro, e outra ajudando a posição do principal adversário, até explicitamente.

Se a campanha eleitoral será suficiente para quebrar essa polarização eleitoral, bem isso saberemos em breve.


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