segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Portugal em 30 anos?

Bem, antes de tudo precisamos dizer que que é factível e vou mostrar isso nessa postagem. Temos que ter em mente que Portugal é um dos países mais pobres da Europa, mas é muito mais rico que o Brasil, e isso apesar de toda a propaganda que fazem da economia brasileira com seu agronegócio, e de viverem repetindo que Portugal é um país muito pobre. Só que pobreza e riqueza, pujança econômica ou estagnação, são todos conceitos relativos, e não se pode comparar de forma total, então uso o parâmetro que considero mais adequado, que é a renda per capita. A do Brasil em 2020 foi de USD 6796,84, enquanto a de Portugal foi de USD 22439,88. Ou seja, hoje Portugal é quase 3,5x mais rico que o Brasil.

Se o Brasil crescer a taxas de 5%, ou 5,5% anuais por 30 anos será possível que o país chegue à renda per capita portuguesa. Isso mesmo descontando um crescimento português também, caso nossos irmãos sigam com as mesmas taxas de crescimento, e nada indica que isso se alterará muito. Quem pode alterar bastante suas taxas de crescimento é o Brasil, tal o imenso mar de potencialidades que temos, e que só serão alcançados com intervenções governamentais, como aconteceu no mundo inteiro.

E quem conhece Portugal sabe que essa considerável diferença no PIB per capita em favor de Portugal também se reflete em condições de vida da população. Isso não significa que os lusitanos tenham uma vida abastada, ou extremamente confortável, mas apenas que serviços prestados pelo Estado à população, se não são perfeitos, ao menos são muito superiores aos prestados no Brasil. Educação, Saúde, Segurança, Transporte, todos esses serviços são de qualidade, e atingem a toda a população. Sim, existem alguns problemas, mas eles são irrisórios se comparados aos mesmos serviços no Brasil.

Mas para isso o país precisa deixar de lado as interdições geradas por ideologias baratas, e começar efetivamente a trabalhar para isso. E é isso que as propostas de Ciro trazem à discussão. As reformas fiscal e previdenciária têm por objetivo melhorar a poupança interna, possibilitando o aumento do investimento e da infraestrutura do país.

As reformas na Saúde e Educação são o investimento em gente. Uma população melhor preparada, com mais saúde, e com mais entendimento de cidadania e do mundo, o que permitirá aos brasileiros fazerem melhores usos dos recursos, e concretizarem potencialidades do país.

As reformas Trabalhista e a melhora na Segurança Pública e na infraestrutura objetivam a melhora do ambiente de negócios, diminuindo custos em ações trabalhistas, sem que isso impacte na segurança e na qualidade dos empregos gerados, melhorando a renda dos trabalhadores, e diminuindo perda por desvios e contravenções.

Por fim lembro que Portugal ainda tem muito a evoluir, mas que os portugueses lograram avanços sensíveis, importantíssimos exatamente nesses 30 anos que Ciro propõe. A grande diferença é por volta de 1985 que Portugal iniciou seu processo de investimento no país, ao invés de em sua elite. O Brasil segue investindo em sua elite, ao invés do país. Assim, os portugueses saíram de uma renda per capita de USD 2705,10 para os números acima, e para indicadores sociais muito melhores, enquanto o Brasil saiu de USD 1648,08 para os apresentados no primeiro parágrafo, enquanto nossos indicadores sociais pouco avançaram. Eles multiplicaram seu PIB per capita por 8,3, e nós por apenas 4,1. 

Se observarmos indicadores sociais, aí percebemos que esses números são muito melhores em favor de Portugal.


Ciro Gomes propõe que, em 30 anos, Brasil atinja padrão de vida de Portugal

Segundo ele, se o Brasil crescer a uma média de 4,5% ou 5%, o Brasil vira Portugal em termos de indicadores sociais e econômicos. "É um prazo largo", disse Ciro.

O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, propôs hoje (2) que o Brasil atinja, em 30 anos, o padrão de vida existente em Portugal. "Portugal é o país mais pobre da Europa ocidental, então isso não é nenhuma tarefa impossível", disse durante evento organizado pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP).

Segundo ele, se o Brasil crescer a uma média de 4,5% ou 5%, o Brasil vira Portugal em termos de indicadores sociais e econômicos. "É um prazo largo", disse Ciro.

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"O teto de gastos está servindo para tão somente uma coisa: ser a ferramenta escorchante da taxa de investimentos [públicos] que, pela primeira vez na história do país, está próxima a zero", comentou o candidato. "Isto evidentemente condena o Brasil".

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