Após abertas as urnas no último domingo, e ter sido confirmado o segundo turno entre Lula e Bolsonaro, começaram as articulações pelos apoios dos derrotados no primeiro turno. Lula conquistou os apoios, ainda que sob algumas ressalvas, de Ciro Gomes e de Simone Tebet, enquanto Bolsonaro recebe os apoios de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol.
Ou seja, os apoios serão aqueles que já se esperavam mesmo, mas os apoios de pouco servirão aos finalistas dessa corrida eleitoral. Os 48,43% conquistados por Lula, contra os 43,20% no primeiro turno praticamente selaram os rumos dessa eleição. Dificilmente Lula não conquistará seu 3º mandato, já que os eleitores de Ciro e Tebet têm por tendência majoritária migrarem o voto para Lula, ou nulo, e pouca coisa para Bolsonaro. E as primeiras pesquisas de 2º turno já apontam essa tendência. Somente um fato muito inusitado poderia inverter essa tendência dando a vitória a Bolsonaro.
E por isso dizíamos que qualquer um venceria Bolsonaro no 2º turno. O 2º turno é, acima de tudo, uma eleição de rejeição, não de simpatias (aqui entendidas como relacionadas aos programas e formas de governar), e Bolsonaro é o mais rejeitado de todos os candidatos.
Mas o que os brasileiros ainda não entenderam é que, entre esses dois, ganhe quem ganhar, o país seguirá dividido. Os assassinatos e brigas absolutamente estúpidas que vimos durante esta campanha mostram isso, e Lula não será capaz de reunir o país, porque o próprio Lula incentiva essas divisões, e até mesmo ações mais violentas, como ficou claro em alguns vídeos e entrevistas dele durante essa campanha. Bolsonaro então nem se fala, já que é a única coisa que sabe fazer.
Então é isso, só uma hecatombe tira essa eleição de Lula, mas sua eleição, assim como a de Bolsonaro, não será solução para o país, e apenas acirrará todas as tensões que já vivemos.
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