Começa a 1ª Copa no Oriente Médio

O Catar começou ontem a receber oficialmente a 1ª Copa do Mundo no Oriente Médio. Sério mesmo, a análise que farei aqui não contém nada de preconceito, ainda que eu não concorde com várias facetas da cultura árabe moderna, mas isso não significa uma análise deturpada por isso.

O show de abertura

De modo geral achei muito fraco. Foi uma abertura rápida e, na minha opinião, com uma coreografia de modo geral bem fraca. Dois pontos altos que vi foi o retrospecto dos mascotes de todas as Copas, o que foi bem feito e trouxe um tom legal de nostalgia.

O outro ponto alto que vi foi a coreografia, que me pareceu holográfica, do "fantasminha", que é o mascote da Copa atual.

O resto foi muito batido e sem graça, mesmo com a presença do árabe com necessidades especiais. Um apelo ao respeito às diferenças. Achei interessante, mas não bem executado. Acho que poderia ter sido melhor desenvolvido.

O jogo de abertura

Que catástrofe. Tínhamos algo parecido com futebol em campo. Bem, ao menos tinham 11 atletas de cada lado, e uma bola em campo. Mas eu nunca tinha visto a bola ser tão maltratada numa copa do mundo. A quantidade de caneladas, passes errados, e jogadas bisonhas foi assustador.

Espero realmente que o nível dos jogos melhore, porque o de ontem foi tenebroso.

Mesmo assim...

Pois é, mesmo assim achei interessante a iniciativa de uma Copa no Oriente Médio. O problema é que Copa hoje ultrapassou a barreira de ser a festa do futebol, e se tornou um gigantesco negócio, que movimenta muitos bilhões de dólares em patrocínios, transmissões, obras, empresas fornecedoras de serviço de vários tipos, coberturas da imprensa, etc.

Com todo essa estrutura envolvida temos visto alguns problemas que mostram o enorme choque de cultura que existe entre o Oriente Médio e boa parte do resto do mundo. Muito respeito para entender, e há a necessidade de os dois lados cederem em alguns aspectos, afinal de contas, ninguém foi lá obrigar o Catar a sediar a Copa, mas o Catar teve sua candidatura aceita. Já se sabiam das diferenças culturais profundas entre os dois mundos que dividem o mesmo planeta.